O cantor Naldo Benny divulgou nesta quinta-feira um vídeo em que aparece chorando, pedindo perdão à mulher, Ellen Cardoso, pelas agressões físicas. Ele foi preso na tarde desta quarta-feira por porte ilegal de arma de fogo após ser denunciado por Moranguinho, que afirma ter apanhado do marido no último sábado. Segundo ela, durante uma briga, Naldo a agrediu com socos, chutes e puxões de cabelo. A ex-dançarina disse que as agressões do cantor já acontecem há sete anos, desde antes do casamento, e seriam motivadas por ciúmes.
"Quero incansavelmente pedir perdão à minha mulher. Eu amo muito a minha mulher. Quem me conhece sabe o cara de bem que eu sou. O quanto estou buscando me cuidar com profissionais, com situações que ela mesma falava para mim. Estou aqui morrendo de saudade da minha filha, da minha mulher. Estou aqui no quartinho dela olhando todas fotos nossas, arrependido, destruído, sem a menor vergonha de falar. Eu sei que as pessoas vão me bater, me julgar...", disse ele, aos prantos.
O cantor está em casa, no Rio, enquanto Moranguinho deixou o imóvel com a filha do casal, Maria Vitória, de 2 anos. No vídeo, ele se diz arrependido:
"Mas eu creio que Deus vai fazer um milagre, e eu quero agradecer a Ele em público pela restituição da minha família. Quero deixar muito claro para a minha mulher que eu estou arrependido e acabado, que eu a amo muito. Não queria que isso tudo tivesse acontecido".
Naldo também falou sobre a acusação de porte de arma de fogo, após a polícia encontrar uma pistola calibre 7,65 sem registro e munição em sua casa. A própria Ellen contou à polícia, em depoimento, que o cantor tinha uma arma na residência.
"A arma não teve nada a ver com a briga. Ela estava aqui em casa por conta de assalto que eu tive aqui. Eu nem sabia onde estava a arma. A Ellen fala isso no depoimento dela", garante Naldo no vídeo.
O cantor falou até que já está buscando tratamento psicológico. "Vou lutar pela família incansavelmente. Estou disposto a melhorar e dar isso como exemplo para as pessoas que passam por isso, para que eu possa ajudar com o meu testemunho, a minha mudança de postura. Porque isso é horrível demais. Quem tem a sua família, quem ama a sua família sabe o que eu estou passando agora".
Naldo foi preso na tarde da última quarta-feira e deixou a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) em Jacarepaguá, logo depois, após pagar fiança. A juíza Ana Paula Delduque Migueis Laviola de Freitas, do 3º Juizado de Violência Doméstica de Jacarepaguá, determinou, com base na Lei Maria da Penha, que o artista fique afastado da mulher, de seus familiares e das testemunhas do caso, mantendo distância mínima de 100 metros. Naldo também foi proibido de ter qualquer contato com Ellen por quaisquer meios de comunicação, inclusive pela internet.
O morador Paulo Vicente Sparn, que estava na parte reservada a famílias do condomínio, segurava uma folha de sulfite com os dizeres “obrigado, Lula” durante o discurso de Temer. O ex-presidente do PT foi responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do qual faz parte o condomínio da cidade.
A reportagem do LIBERAL observou o momento em que um segurança da comitiva de Temer abordou o morador. Depois, um outro segurança arrancou a folha das mãos do morador, que teve o cartaz de volta ao final do evento.
“Apenas me manifestei. A gente sabe que [a obra do Vida Nova] é do presidente Lula e que foi dado sequência no governo Dilma”, comentou, ao ser questionado pela reportagem.
SEGURANÇAO esquema de segurança no evento incluiu, além de policias militares e guardas municipais, soldados do exército e agentes da Polícia Federal. Apenas a imprensa, autoridades e famílias contempladas com os apartamentos puderam acompanhar a cerimônia, que ocorreu sob uma tenda montada dentro do condomínio. A entrada era controlada por servidores da Prefeitura de Americana.
Os trabalhadores franceses fizeram uma Greve Geral e foram às ruas nessa terça-feira, dia 12, contra a reforma trabalhista do governo Macron que flexibiliza os contratos de trabalho e facilita as demissões. Segundo as centrais que organizaram a jornada de lutas, cerca de 400 mil pessoas protestaram contra os ataques do governo francês em todo o país.
A mobilização retoma o processo de lutas contra os ataques aos direitos trabalhistas que o então governo Hollande tentou impor em março de 2016. O recém-eleito presidente Emannuel Macron tenta agora se aproveitar do início de seu mandato para impor a reforma. Para isso, utiliza-se de um dispositivo legislativo que prescinde de debates e emendas no parlamento, promovendo uma espécie de aprovação expressa. Macron pretende impor as medidas já no final de setembro.
Como se não bastasse a medida autoritária, Macron ainda atacou os trabalhadores contrários à reforma chamando-os de “preguiçosos” (fainéants). O xingamento acabou sendo usado de forma irônica pelos manifestantes, que empunharam cartazes escritos “Prequiçosos em greve”, “Preguiçosos do mundo, uni-vos”, ou “Macron, você está ferrado, os preguiçosos estão nas ruas”.
No total, cerca de 180 marchas ocorreram em várias partes do país, e greve em 4 mil empresas, afetando sobretudo os transportes. “Vamos perder tudo aquilo que nossos antepassados conquistaram, essa lei foi feito pelos patrões e para os patrões“, afirmou uma enfermeira aposentada à imprensa.
Assim como aconteceu no Brasil na Greve Geraldo dia 28 de abril, a imprensa e o governo francês também tentaram minimizar o impacto da jornada de lutas.
Mesmos ataques daqui A reforma trabalhista do governo Macron fixa um teto para as indenizações por demissão, até agora decidido pela Justiça. Facilita as demissões pelas multinacionais em caso de crise, e também abre espaço para os acordos por empresas em questões como jornada de trabalho e remuneração. Nas empresas com menos de 50 funcionários, não vai ser preciso que a negociação passe pelos sindicatos. É uma flexibilização que vai na mesma lógica do “negociado sobre o legislado” que por aqui virou um mantra entoado por empresários e políticos picaretas.
Qualquer semelhança com o Brasil e a reforma trabalhista de Temer não é mesmo mera coincidência. É a receita da cartilha dos capitalistas para jogar o custo da crise nas costas dos trabalhadores, aumentando a exploração para manter os lucros dos grandes empresários e multinacionais. Assim como aqui o governo Temer rasga a CLT, na França o governo Macron continua a política de Hollande para desmontar o Código de Trabalho, de 1910.
Assim como no Brasil, porém, a classe trabalhadora francesa mostra grande disposição de luta. Já está marcada uma nova Greve Geral para o próximo dia 21 de setembro. Falta marcar uma data por aqui.
O governo Temer gastou R$ 20 milhões numa massiva propaganda de mídia para convencer a população sobre a necessidade da reforma da Previdência. Mentem dizendo que a reforma vai fazer a economia crescer e gerar empregos como num passe de mágica, sem explicar como o fato de dificultar a aposentadoria e, consequentemente, forçar a mais pessoas manterem-se no mercado de trabalho por mais tempo (grande parte até morrer) vai abrir mais vagas de emprego.
A reforma da Previdência, na verdade, faz parte de um processo de destruição da Seguridade Social e da Previdência pública, do qual dependem justamente os mais pobres, tudo em nome do pagamento da dívida aos banqueiros. Veja abaixo as principais mentiras que estão espalhando por aí sobre essa reforma.
Não vai afetar os pobres O principal item dessa reforma, o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, afeta principalmente os mais pobres.
É só levar em conta a expectativa de vida em várias partes do país. No Maranhão, por exemplo, é de pouco mais de 70 anos. Imagine você contribuir a vida toda para usufruir de só cinco anos de aposentadoria? E em vários municípios do interior do Brasil mal chega aos 65 anos, como é o caso de Cacimba (PB), de 65,3 anos; Joaquim Nabuco (PE) de 65,5 anos e Paulo Ramos (MA) de 65,6 anos. São apenas alguns de muitos exemplos onde o trabalhador, em média, nem vai ter a oportunidade de se aposentar. Vai morrer trabalhando. (Dados PNUD 2010)
Agora, se pegarmos o caso da população que sobrevive nas grandes periferias, aí a situação piora ainda mais. No Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, a expectativa de vida é de apenas 56 anos. Nove anos abaixo da idade mínima que o governo quer impor. (Dados do Mapa da Desigualdade 2017)
Isso mostra que essa reforma da Previdência atinge sim os pobres, principalmente os mais pobres dentre os pobres.
Vai combater privilégiosA propaganda mentirosa do governo diz ainda que a reforma vai “combater privilégios”. Essa mensagem é direcionada aos servidores públicos, para passar à população a ideia de que servidor é marajá e se aposenta cedo com uma série de privilégios. Mas isso tudo também é uma grande mentira.
Os servidores não têm privilégios em relação a quem trabalha no setor privado. Quem ingressou após 2003 no serviço público já não tem a integralidade nem a paridade (não se aposentam com o salário que ganhavam nem recebem, quando aposentados, os mesmos reajustes de quem está na ativa). E já existe a idade mínima para a aposentadoria: 60 anos para os homens e 55 para mulheres. Professores têm um regime especial com a exigência de 5 anos a menos, que o governo ameaça acabar agora.
Já os servidores públicos não têm o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para sacar quando se aposentar, ao contrário de quem está no RGPS (Regime Geral da Previdência Social). A contribuição à Previdência, por sua vez, pode superar os 11% do regime privado.
A verdade é que, se os deputados que querem aprovar a reforma contam com uma série de privilégios e mordomias, como um salário de R$ 33 mil, quase R$ 100 mil de verba de gabinete, auxílio-moradia e passagens aéreas, essa não é a realidade da grande massa de servidores públicos. Esses sofrem com a precarização, o corte de gastos, assédio moral, até chegar no caso dos servidores do estado do Rio de Janeiro que, com salários atrasados e parcelados, sobrevivem com a distribuição de cestas básicas.
Leia mais aqui sobre a mentira dos “privilégios” dos servidores.
Fonte. PSTU
Vai reduzir o rombo na PrevidênciaSe você ligar a televisão ou abrir o jornal esses dias, com certeza vai estar lá: o enorme rombo da Previdência. Tanto a propaganda do governo quanto as matérias da imprensa afirmam que há um grande déficit (prejuízo) nas contas das aposentadorias e que, se não houver reforma agora, daqui a alguns anos não vai haver dinheiro para pagar os aposentados. Dizem que em 2016 esse déficit foi de R$ 149 bilhões, será de R$ 184 bilhões este ano e R$ 202 bilhões ano que vem.
Mas isso também é uma grande mentira. Como os movimentos sociais denunciam há anos, o déficit da Previdência é geralmente criado através de uma manobra contábil do governo. Isso se faz desconsiderando a Previdência como parte da Seguridade Social (que incluem a Saúde e Assistência Social), e os vários mecanismos que desviam os recursos que deveriam sustentar esse sistema.
Esse argumento do governo e da imprensa desconsidera as renúncias fiscais às empresas que, só em 2016, foram de R$ 271 bilhões. Ou a DRU (Desvinculação das Receitas da União que desvia 30% do orçamento para o pagamento da dívida) que, também em 2016, desviou R$ 99,4 bilhões da Seguridade. A verdade é que, historicamente, a Seguridade sempre teve superávit, ou “lucro”. Em 2015, por exemplo, o sistema de Seguridade Social teve superávit de R$ 11,2 bilhões. Foi só em 2016 que o governo conseguiu transformar esse superávit em déficit (prejuízo) de R$ 57 bilhões, através da DRU, da política de desonerações e da inadimplência dos grandes empresários, que devem R$ 450 bilhões à Previdência. (Dados da Anfip e da CPI do Senado sobre a Previdência)
O verdadeiro rombo está no pagamento da dívida pública aos banqueiros. Só no ano passado foram pagos R$ 962 bilhões através de juros e amortizações da dívida, quase metade do orçamento da União. E é para manter isso que o governo quer aprovar a reforma da Previdência ainda em dezembro. Mas esse rombo você não vai ver ser denunciado pela Globo
A reforma da Previdência já apresentada pelo governo ao Congresso Nacional, caso seja aprovada (ainda que somente em 2018), propõe acabar com o fator previdenciário e a Fórmula 85/95, hoje usados como formas de cálculo das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Assim, serão criados novos critérios que vão exigir um tempo maior de trabalho antes de sair da ativa. Essa proposta mais enxuta de reforma inclui um modelo de cálculo dos benefícios que diminuirá a renda de quem se aposentar mais cedo em até 30%.
Na prática, segundo especialistas, o governo manteve a regra da aposentadoria por idade atual, que exige um mínimo de 15 anos de contribuição (mais 60 anos de idade, mulher, e 65, homem, hoje). Porém, o cálculo proposto para quem se aposentar com esse mesmo tempo de recolhimento ficou menos vantajoso. Atualmente, para a aposentadoria por idade, calcula-se a média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994. O INSS paga 70% dessa média mais 1% para cada ano de contribuição. Ou seja, se trabalhar o mínimo (15 anos), o segurado recebe 85% da média. Se contribuiu por 30 anos, por exemplo, o benefício é de 100% da média.
Pelas novas regras propostas agora — consideradas até mais brandas pela equipe técnica do governo, em relação ao primeiro texto da reforma aprovado pela Comissão Especial, em maio —, quem cumprir o tempo mínimo de 15 anos de contribuição terá direito a apenas 60% da média dos salários de contribuição. Depois disso, haverá uma tabela progressiva, em que o percentual a receber aumentará à medida que o trabalhador adiar o pedido de aposentadoria.
— Na prática, quem resolver se aposentar com 15 anos de contribuição (além da idade exigida), terá uma regra desvantajosa, que pagará apenas 60% da média. É uma estratégia para fazer com que o trabalhador contribua mais. Mas, em relação à regra atual, há perda real na renda na casa de 25%, 30% — disse Adriane Bramante, advogada do Instituto de Direito Previdenciário (IBDP).
Regra terá tabela progressiva
De acordo com o texto apresentado pelo governo, quem ganha mais do que o piso nacional (R$ 937) terá direito a 60% do salário de contribuição ao cumprir os 15 anos de recolhimento e, a partir daí, obterá ganhos progressivos, se continuar na ativa. Nesses casos, será acrescentado 1 ponto percentual sobre a média dos salários a cada ano adicional, entre 16 e 25 anos de contribuição. Depois, passará a somar 1,5 ponto percentual a cada ano entre 26 e 30 anos de contribuição; 2 pontos percentuais ao ano entre 31 e 35 anos de contribuição; e 2,5 pontos percentuais a partir dos 36 anos de contribuição. Para conseguir obter o benefício integral, serão necessários 40 anos de recolhimento para o INSS.
O novo desenho da regra de cálculo continua impedindo que qualquer benefício seja pago abaixo do salário mínimo. Ou seja, quem recebe o piso precisará apenas cumprir as exigências de tempo de contribuição (15 anos) e idade (65 anos, para homem, e 62, para mulher, se a reforma passar) para requerer aposentadoria equivalente a um piso nacional.
O argumento do governo, para endurecer as regras e diminuir consideravelmente o valor inicial do benefício, se ancora na expectativa de vida do brasileiro, que cresce a cada ano. A ideia é aumentar o tempo do segurado na ativa, e assim, diminuir a quantidade de benefícios pagos por muitos anos.
Hoje, a Previdência Social exige, no mínimo, 35 anos de recolhimento, para o homem — e 30 anos, para a mulher —, no caso de aposentadoria por tempo de contribuição. O segurado que atinge essa condição tem duas possibilidades. Primeiro, pode dar entrada no pedido pela Fórmula 85/95. Neste caso, o INSS concede o benefício se a soma da idade e do tempo de recolhimento der 85 (mulher) ou 95 (homem). Se a pessoa não chega a essa pontuação, ainda assim pode requerer a aposentadoria, mas o cálculo sofre a aplicação do fator previdenciário, que pode reduzir a renda mensal inicial em até 40%. Isso tudo vai acabar.
Aos 43 anos, o auxiliar de almoxarifado, Marcos Paulo Quadros, teme receber um benefício pequeno ao se aposentar, mesmo tendo 23 de contribuição:
— Com a reforma, terei que trabalhar muito para ganhar um benefício razoável. Ainda nem parei para fazer as contas.
Transição e pedágio para trabalhadores
O novo texto da reforma criou outra regra de transição para os contribuintes do INSS, fixando uma idade mínima para aposentadoria: se a proposta for aprovada, as mulheres poderão se aposentar pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) a partir dos 53 anos de idade, e os homens, a partir dos 55. Porém, a cada dois anos, a partir de 2020, essa idade mínima necessária será acrescida em um ano, até atingir 62 anos, para elas, e 65, para eles, em 2038. Além disso, foi criado um pedágio de 30%, que o trabalhador precisará pagar sobre o tempo que faltar para se aposentar, na data em que o texto for promulgado pelo Congresso Nacional.
Pelas regras atuais, um homem que hoje tem 53 anos de idade e 20 de contribuição teria que recolher ao INSS por mais 15 anos para se aposentar, já que o mínimo exigido agora é de 35 anos de recolhimento (sem exigência de idade mínima). Assim, ele poderia pedir o benefício em 2032. Com a nova regra de transição, esse segurado terá que acrescentar 30% ao período que faltar para se aposentar (além de cumprir a idade mínima). Imagine que a reforma seja aprovada em 2018. Neste caso, ele terá que trabalhar por mais 4 anos e 5 meses (30% a mais sobre os 15 anos que faltariam antes da reforma), requerendo o benefício somente em 2037.
— As novas regras, que incluem a transição fará com que os trabalhadores, especialmente os que ganham menos, peçam o benefício antes de cumprir os 40 anos de recolhimento que garantiria a integralidade. Isso fará, no curto prazo, crescer a quantidade de benefícios próximos do mínimo, que hoje já são cerca de 70% do que é pago pela Previdência Social — disse o advogado previdenciário Fábio Zambitte.
Os organizadores da Parada LGBT de Madureira, na Zona Norte, entregarão um abaixo-assinado ao prefeito Marcelo Crivella pedindo para transformar a Rua Almerinda Freitas, que, há 22 anos, recebe o desfile, em... Rua da Diversidade. O evento, assim como o de Copacabana, não teve apoio da prefeitura este ano. Aliás, a turma de Madureira chama para si o título de “Maior Parada LGBT do Rio” já que teve, domingo passado, pelos seus cálculos, mais gente do que a da Zona Sul, no dia 19.
Luan latino Luan Santana, o cantor, está de malas prontas para Miami. O artista vai gravar com a banda de pop latino CNCO. Serão duas músicas: uma em português, para o mercado brasileiro, e outra em espanhol, para América Latina e EUA, onde o grupo faz sucesso entre os jovens hispânicos.
Mais uma pilantragem permitida nesse país de mentiras onde o objetivo é enganar as pessoas . Esse lixo " top game " vai ao ar ao vivo na band e ilude as pessoas com prêmios que ninguém ganha. Pois em 10 segundos eu encontrei a diferença . Letra A n° 6 . O cavalinho não tem cabeça . Qualquer criança acha . Mas só participam pessoas com respostas erradas sendo impossível não achar a diferença . A ligação custa R$ 5,99 o minuto . E ti seguram na linha até tu desistir . A band Curitiba tirou o programa do ar. Mi dei o desprazer de assistir por uma hora e todos que participam erram . Somos um país de idiotas ? Ou seriam respostas prontas ?
A professora e historiadora Luana Tolentino sobre racismo viraliza nas redes sociais
A professora e historiadora Luana Tolentino viralizou nas redes sociais após relatar um caso de racismo sofrido em Belo Horizonte. Na quarta 19, a docente caminhava pela rua quando foi abordada por uma senhora branca que perguntou se ela fazia faxina. Luana escreveu um depoimento sobre o caso, refletindo sobre os impactos do racismo na sociedade.
Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.
Altiva e segura, respondi:
– Não. Faço mestrado. Sou professora.
Da boca dela não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.
Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.
O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.
No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.
É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.
Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:
“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre, (…) não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”
É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.
O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.
É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.
É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”
É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.
É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.
É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.
É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.
É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.
O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.
A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo.