Assassinato de casal gay, espancado até a morte por multidão em país africano, gera comoção nas redes
Segundo informações do portal de notícias Star Observer, testemunhas alegaram ter percebido o carro balançando, o que levou a multidão a se aproximar e supostamente descobrir os homens em um momento íntimo. A agressão, que foi registrada em vídeo e vem sendo compartilhada nas redes sociais, gerou indignação internacional e aumentou a preocupação com a crescente violência contra pessoas LGBTQIAPN+ na África.
Após a multidão forçar os homens a saírem do carro, a polícia foi chamada e deteve rapidamente o casal. No entanto, os homens foram liberados após supostamente pagarem um suborno, uma prática comum no sistema de justiça de Camarões, onde LGBTs frequentemente são extorquidos. Mesmo após a liberação, os homens tentaram retornar ao veículo, mas foram novamente atacados pela mesma multidão, que os despiu e os espancou até a morte. A brutalidade do ataque destacou a hostilidade contra indivíduos LGBTQIAPN+ em um país onde a homossexualidade é criminalizada, com penas de até cinco anos de prisão.
Este caso se soma a um contexto de crescente violência contra a comunidade em Camarões e em outros países africanos, onde leis discriminatórias e o preconceito social alimentam ataques constantes. A prática homofóbica é endossada por códigos penais, como o de Camarões, que não só pune relações entre pessoas do mesmo sexo, mas também perpetua um ambiente de hostilidade contra qualquer forma de identidade LGBTQIAPN+. O caso, além da morte dos dois homens, gerou condenações de organizações de direitos humanos, que exigem mudanças urgentes nas políticas e atitudes em relação à comunidade na África.
No mesmo país, defensores dos direitos LGBTQIAPN+ também têm sido vítimas de perseguição. Recentemente, 13 membros da organização Alternatives-Cameroun, uma das principais defensoras dos direitos LGBTQIAPN+ no país, foram detidos durante uma batida policial. Enquanto alguns foram liberados, outros continuam presos, sendo submetidos a “exames” invasivos e forçados, uma prática considerada tortura por ativistas.
As autoridades e organizações internacionais de direitos humanos condenaram esses atos, exigindo a liberação imediata dos detidos e a cessação de tais violações contra os direitos humanos. O caso reforça a luta contínua pela igualdade e proteção dos direitos das pessoas LGBTQIAPN+ em Camarões e em toda a África.
Fonte. Jornal Extra
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