Jeff Machado em diferentes fasesreprodução/ instagram/ facebook
Assassinado aos 44 anos, ator trabalhou com Grazi Massafera em início de carreira e foi funcionário da irmã de Angélica.
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Ator de 44 anos foi encontrado após quatro meses desaparecido, concretado dentro de um baú em Campo Grande
Assassinado de forma cruel, em sua segunda tentativa de ganhar a vida no Rio, Jeff Machado sempre foi movido por sonhos e desejos. Mas também foram a homofobia e o medo os responsáveis por ele mudar tanto de cidade. A primeira vez foi aos 18 anos, quando resolveu contar para a família que estava apaixonado por um amigo da sua idade. Não foi aceito muito menos acolhido. Da cidade de Araranguá, em Santa Catarina, onde cresceu, foi morar em Porto Alegre, deixando para trás a bolsa que tinha conquistado na faculdade de Direito por ter passado em primeiro lugar.
Jeff Machado com Helena Fernandes (loira) na novela "Bom sucesso" — Foto: reprodução
Jeff Machado — Foto: reprodução/ facebook
"Eu não tinha como viver aquela paixão e fui trabalhar como modelo em Porto Alegre, na agência Elite. Eu não conseguia me assumir integralmente, era uma pressão muito grande. Eu tinha perdido um irmão mais velho e achava que cabia a mim casar, ter filhos e reestruturar minha família. Passei novamente em primeiro lugar para cursar Direito na PUC, mas não completei o curso e decidi me mudar para o Rio", contou ele numa entrevista ao programa "Momento de expressão", em 2021, no YouTube.
Jeff Machado — Foto: reprodução
Jeff Machado chegou ao Rio no início dos anos 2000 com o sonho de ser ator e trabalhar na televisão. Essa seria sua primeira temporada na cidade. Com poucas oportunidades para atuar, acabou trabalhando como gerente de loja e produtor de moda. Além disso, cursava a faculdade de Jornalismo. "Eu fazia pós-graduação em Cinema na Fundação Getúlio Vargas quando uma amiga me indicou para trabalhar como assessor de imprensa com a irmã da Angélica", contou.
Foi nesse período que ele conheceu de perto os encantos e desilusões de uma carreira artística. Jeff Machado trabalhou na área de assessoria, durante um ano, no escritório da empresa Destaque, de Márcia Marbá, irmã da apresentadora, e cuidava de atrizes como Juliana Silveira, Dani Valente e Grazi Massafera em início de carreira.
"Fui eu que consegui o registro para a Grazi estrear como atriz na novela 'Páginas da vida'. Ela estava começando na época", disse ele em uma entrevista ao programa "Personalidades", transmitido por uma canal local de Santa Catarina, em 2013, quando já tinha voltado a morar em sua terra natal, desiludido com a profissão de ator no Rio.
Jeff Machado na entrevista em 2013 — Foto: reproduçã
De volta à cidade de Araranguá, Jeff Machado viveu seus melhores momentos, trabalhando como produtor, jornalista e colunista. Namorou um tempo um psicólogo, sendo esse um dos dois relacionamentos sérios que teve em seus 44 anos de vida. Mas a homofobia ainda o cercava. Ofensas em restaurantes, vizinhos ameaçando matar seus cachorros e a falta de apoio da família.
"Eu podia ganhar um Oscar que nada mudava. Se tem uma coisa que eu não conseguir vencer foi o preconceito. Ninguém da minha família, por exemplo, me visita. A sensação é que querem me esconder. A homofobia dói muito. Muitas vezes não consegui ser forte, mas botei a cara para bater", disse ele.
Jeff Machado com clientes em Santa Catarina — Foto: reprodução/ facebook
Em 2014, o catarinernse voltou a morar no Rio, mas deixou saudades. "Que falta Jeff nos faz! Nosso Menino de Ouro virou Menino do Rio", disse uma amiga, a apresentadora Claudia Felippe, logo depois de sua despedida de lá.
Em sua nova temporada na Cidade Maravilhosa, Jeff Machado trabalhou como ator fazendo participações em novelas como "Reis", na Record, e "Bom sucesso", na Globo, protagonizada pela mesma Grazi Massafera , já consagrada.
Jeff Machado com Helena Fernandes (loira) na novela "Bom sucesso" — Foto: reprodução
Nos últimos anos, adotou um estilo de vida saudável, virou surfista e naturista ( “Não visto roupa em casa e só saio vestido porque não posso sair nu”, disse). Vivia mais recluso com seus oito cachorros batizados como seus ídolos na música brasileira, de Cazuza a Tim Maia. Também reclamava da solidão: “Se fico doente não tem ninguém para cuidar de mim. Não posso ficar doente e por isso me cuido muito. Tenho medo de morrer sozinho”
Jeff Machado — Foto: reprodução/ instagram
Tinha poucos amigos. Um deles era Bruno Rodrigues, seu algoz, suspeito do crime. É com ele que Jeff aparece numa foto postada em seu perfil no Facebook, no dia 13 de dezembro, num restaurante de frutos do mar em Barra da Guaratiba, próximo a sua casa, onde seria estrangulado, assassinado friamente, menos de 30 dias depois. “Almoço com meu grande amigo”, escreveu o ator na foto. Uma amiga comentou na mesma postagem: “Lindo, meu artista. Ter amigos verdadeiros e uma bênção”. “Amém”, respondeu Jeff.
Jeff Machado com Bruno Rodrigues — Foto: reprodução/ instagram
Em entrevista à jornalista Hildegard Angel, cantor e compositor refletiu sobre política, cultura e direitos autorais.
Neste sábado, o renomado cantor e compositor Ivan Lins concedeu uma entrevista à jornalista Hildegard Angel, da TV 247, em que abordou temas como extremismo, perseguições que enfrentou ao longo de sua carreira e o significado de sua música em eventos políticos. Na entrevista, ele enfatizou que "qualquer extremista é uma pessoa pela metade, uma vez que nega o outro". O cantor também revelou que já foi alvo de extremistas quando expressou seu amor pelo Brasil. "Durante a ditadura militar, a palavra 'país' ficou queimada", lembrou. Lins relembrou com pesar os momentos em que foi patrulhado.
Um dos momentos mais marcantes da entrevista foi quando Ivan Lins mencionou a canção "Novo Tempo" e sua execução durante a recepção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China. Ele expressou sua emoção ao ver uma de suas músicas representando o país nesse contexto político. Ivan Lins também criticou as plataformas digitais, afirmando que são o retrato de um capitalismo selvagem e frio. O cantor ressaltou a remuneração insuficiente que os artistas recebem por seu trabalho, chegando a classificá-la como ofensiva. Para Lins, essa situação "beira o furto", uma vez que os artistas não são devidamente compensados pelo valor que sua música gera. Assista:
Manual assinado pela Frente Parlamentar Agropecuária treina deputados com argumentos que atacam direitos dos povos indígenas.
Manual assinado pela Frente Parlamentar Agropecuária treina deputados com argumentos que atacam direitos dos povos indígenas.
O LOBBY DO AGRONEGÓCIO pela aprovação do Marco Temporal, aprovado nesta terça na Câmara dos Deputados, incluiu cartilhas distribuídas às vésperas da votação com argumentos em defesa do PL 490/07 – considerado um ataque frontal ao direito dos povos indígenas do Brasil. O Intercept obteve a íntegra de dois documentos que ensinam os deputados a argumentarem a favor do projeto. Os dois são assinados pela Frente Parlamentar Agropecuária, a FPA, grupo conhecido como bancada ruralista.
Um deles contém ‘talking points’, uma lista com a indicação de diferentes estratégias e argumentos para defesa do Projeto de Lei do Marco Temporal. Por exemplo, segundo a cartilha, os deputados deveriam dizer que os objetivos do projeto são “proporcionar segurança jurídica em relação ao direito de propriedade e evitar conflitos para todos os envolvidos nas demarcações de terras indígenas”. Não por acaso, a expressão “segurança jurídica” apareceu nos discursos dos deputados pró-Marco Temporal, do extremista Zé Trovão, do PL catarinense, ao “moderado” Arthur Maia, do União Brasil da Bahia, relator do texto.
O material da FPA cita ainda os “benefícios” do projeto que deveriam constar na fala dos deputados. Entre eles, repete o mantra da “segurança jurídica”, dizendo que o PL vai “encerrar o litígio de processos administrativos ainda inconclusivos e trazer segurança jurídica para todos os envolvidos”. O material vai além e aposta na desinformação. Sem qualquer base factual, afirma que “sem a segurança do projeto de lei, qualquer área do território nacional pode ser questionada sem nem um tipo de indenização relacionada à terra”.
“Ou seja, alguém que tem o título da terra, pagou por ela, produz alimentos e gera empregos só será indenizado pelas benfeitorias existentes (casa, galpão), e sem prazo para tal. Com o advento da Lei, isso irá mudar”, desinforma o folheto da FPA.
O texto ainda avisa os deputados sobre “pontos de atenção”, citando argumentos de associações indígenas e entidades da sociedade civil e ambientalistas contrários ao projeto. “Entidades e organizações indígenas condenam a proposta do marco temporal. Afirmam que é um golpe e um retrocesso aos direitos dos índios”, diz a cartilha.
O outro documento tem um desenho que mostra o suposto drama que o Marco Temporal causaria aos proprietários de terra. Na ilustração, um personagem branco diz “obrigado, vô”, dando a entender que a propriedade é herdada, e um indígena ameaça reivindicar essa herança de família.
O Intercept acessou os metadados dos documentos e detectou que a autoria é do Instituto Pensar Agropecuária, o IPA, uma entidade privada que reúne 38 associações e sindicatos de empresários do agronegócio, criada justamente para assessorar a Frente Parlamentar de Agropecuária.
Segundo o site do IPA, o instituto “tem papel singular no processo de institucionalização da agenda do setor com o objetivo de garantir o respaldo técnico e das ações específicas que tramitam no Congresso Nacional, além de promover a interlocução com os poderes Judiciário e Executivo”.
O principal investimento da entidade é uma sede no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, onde realiza convescotes semanais entre deputados, senadores e ruralistas.
Um relatório publicado pelo projeto De Olho nos Ruralistas mostrou que o Instituto Pensar Agro é financiado por várias multinacionais do agronegócio, como Bayer, Basf e Syngenta, Cargill, Bunge, JBS, Marfrig, Nestlé e Danone, por meio de entidades de classe e outros intermediários.
Tom de ameaça contra o STF
O outro documento cita a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal derrubar o PL do Marco Temporal na Câmara. Mesmo com a aprovação de terça, o STF deve manter na pauta uma ação que analisa o tema, prevista para ir a julgamento na semana que vem.
Em tom de ameaça, a cartilha cita quatro “impactos econômicos estimados” caso a Corte contrarie o plano dos deputados: 1,5 milhão de empregos a menos; R$ 364,6 bilhões em produtos agrícolas que não serão produzidos no país; aumento significativo do preço dos alimentos; USS$ 42,7 bilhões em exportações agrícolas não geradas.
É o mesmo discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se opôs à derrubada do Marco Temporal no ano passado. Às vésperas da primeira tentativa de votação no STF, o então presidente disse que, se a tese fosse derrubada, o agronegócio poderia “acabar” e o Brasil poderia ter que importar alimentos. Para ele, era uma “política que vem de fora para inviabilizar o agronegócio”.
A pressa dos ruralistas em aprovar o PL foi uma reação direta ao novo julgamento do caso no Supremo. Ao aprovar o texto, Câmara tentou se antecipar para evitar que o STF regulamente o assunto. A previsão, porém, é que o ritmo seja mais lento no Senado. Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, do PSD mineiro, o texto deve passar por comissões antes de ir ao plenário.
Além da mudança na demarcação, o texto aprovado ainda prevê outras alterações que podem impactar profundamente os direitos dos povos indígenas, como autorização para garimpos e transgênicos dentro de terras indígenas e a flexibilização da política de não contato com povos isolados.
Na noite de terça, com a aprovação do Marco Temporal na Câmara, os deputados escolheram o Brasil que querem: o da mansão do Lago Sul, com suas “seguranças jurídicas” da cartilha, e não o da terra indígena.
O ator Jorge Florêncio interpreta Jesus em “Amor perfeito”João Miguel Júnior/Rede Globo
O ator Jorge Florêncio interpreta a figura divina na novela das seis
O ator Jorge Florêncio interpreta Jesus em “Amor perfeito”, e, a partir da próxima semana, a figura divina se revelará para Marcelino (Levi Asaf), estabelecendo uma relação de amizade com o menino. No capítulo de terça-feira, dia 6, Jesus se transfigurará em um trabalhador e orientará Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida) na busca pelo filho deles. É que Marcelino acaba escapando de Gilda (Mariana Ximenes) e Lucília (Kênia Bárbara), que armam um plano de levar a criança para um piquenique, na tentativa de se aproximarem dele.