Bruno Rodrigues, suspeito de ter cometido os crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver Reprodução
Em troca de mensagens com a proprietária, Bruno de Souza Rodrigues se apresenta como Jefferson e negocia locação.
A casa onde o corpo de Jeff Machado estava enterrado foi alugada em 12 de dezembro de 2022. O contrato foi feito informalmente, apenas por mensagens de texto entre a proprietária e o inquilino, que se apresentou a ela como "Jefferson". Contudo, depoimentos obtidos com exclusividade pelo GLOBO mostram que, na verdade, a locação foi feita por Bruno de Souza Rodrigues, produtor de TV foragido por envolvimento na morte do ator.
De acordo com as investigações da polícia, o produtor, há pelos menos 50 dias do assassinato de Jeff, já demonstrava interesse no aluguel e entrou em contato com a proprietária se passando pelo artista. Bruno Rodrigues inicia a locação usando um número de telefone diferente ao do ator e, em março, usa outro numeral, identificado por outras testemunhas como sendo dele.
Locação
Bruno Rodrigues era amigo de longa data do antigo morador da quitinete, que viveu no imóvel por seis anos. O ex-inquilino ligou para a proprietária perguntando se a casa estava vazia, pois um amigo tinha interesse no aluguel. A mulher confirmou e permitiu que seu contato fosse compartilhado com o interessado.
Foi assim que, em 1° de dezembro, uma pessoa se apresentou a ela como Jefferson, pedindo mais detalhes sobre a casa. Os dois nunca se encontraram e toda a negociação foi feita por texto no WhatsApp. A locação ficou em R$ 300 e o primeiro pagamento aconteceu em 12 de dezembro. Este foi o único aluguel pago durante os cinco meses de contrato. As chaves estavam com uma antiga inquilina, que as entregou no dia 20 para o suposto Jefferson.
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Toda a contratação foi feita a partir de um número de celular que não era o de Jeff Machado e que, inclusive, foi identificado por outras testemunhas como sendo de Bruno. Esse mesmo número ligou para o taxidog que levou os cachorros de Jeff para um imóvel em Santa Cruz, onde foram abandonados. O motorista reconheceu o produtor.
Em 1° de fevereiro, de acordo com depoimentos, o suposto Jeff teria avisado à proprietária que a quitinete precisava de obras. Depois dessa data, a pessoa por trás do número parou de responder à mulher e não pagou mais os aluguéis.