sexta-feira, 26 de maio de 2023

A esquerda brasileira não entendeu a mensagem da Teologia da Libertação

(Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

O PT abriu mão da formação de base, abriu mão dos núcleos de base, abriu mão da relação com os movimentos que ousavam questionar a governabilidade.

Uma das razões - entre tantas outras - que explicam a dificuldade da esquerda brasileira em compreender o fenômeno da votação da extrema direita, é o afastamento da esquerda das bases religiosas. Até aqui, a esquerda consegue chegar e até reconhece isso. Mas não consegue avançar a partir desta premissa. 

Então, como não compreendem, também não conseguem associar, que o afastamento destas bases, que foram fundamentais na organização dos primórdios do PT e nesse sentido, das esquerdas no pós golpe de 1964, geram um vácuo no alicerce entre a esquerda e a organização popular nas periferias, deixando uma estrada livre para a direita “pintar e bordar”, como dizia minha amada avó. 

Então, quem não é ligado a essa questão, faz valer uma visão estereotipada e generalista sobre evangélicos e católicos, deixando de enxergar que os religiosos têm uma relação umbilical com a organização popular nas periferias e que, sem eles, não se consegue mobilizar as massas populares, no campo e na cidade. 

Após o surgimento do PT, todos os outros partidos de esquerda, que nasceram das entranhas do PT, como exemplo o PSTU em 1992 e o PSOL em 2005 são casos clássicos do afastamento desta relação com a religiosidade. Com a diferença de que o PSOL tem uma nova geração que vem retomando, com muita qualidade, o contato com a religiosidade do povo, haja vista a presença de lideranças como o Pastor Henrique Vieira no Rio de Janeiro, várias lideranças jovens em São Paulo e o engajamento político de muitos militantes da PJMP (Pastoral da Juventude do Meio Popular) no norte e nordeste e PJ (Pastoral da Juventude) no sudeste brasileiro, além da identificação com as religiões de matizes africanas. 

Para compreender isso mais claramente, a última geração religiosa formada no PT, que ocupa cargos de direção nas instâncias partidárias ou tem cargos eletivos, é uma geração formada nos anos 90, portanto, tem entre 45 e 55 anos de idade. As outras lideranças que fazem parte da fundação do PT e são as mais expressivas, têm entre 55 e 75 anos de idade, logo foram formadas entre os anos 60 e 80 do século passado. 

Ou seja, a partir dos anos 2000, o PT, ao mesmo tempo que se distanciou dos católicos, não conseguiu se aproximar dos evangélicos e de quebra não conseguiu renovar suas lideranças que compunham o campo religioso do partido. 

A tão necessária governabilidade foi um dos fatores mais relevantes para esta situação. Ao final do governo Lula 2, a popularidade dos governos do PT eram tão altas que era comum ouvir lideranças do partido dizer que a relação com a sociedade não dependia mais de organização religiosa ou movimentos populares. Era uma relação direta do governo com o povo. Deu no que deu. O PT abriu mão da formação de base, abriu mão dos núcleos de base, abriu mão da relação com os movimentos que ousavam questionar a governabilidade.

Aliás, para muitos, em nome desta governabilidade movimentos populares como o MST e MTST, ao agir para reivindicar direitos ocupando fazendas ou prédios abandonados, “atrapalhavam o governo”. O mesmo acontecia com sindicatos, particularmente dos servidores públicos e dos trabalhadores rurais. Basta ver a situação do sindicalismo brasileiro para entender as consequências desta visão política. Pois, estas mesmas lideranças fizeram acreditar que os ganhos - que foram reais - do poder de compra dos salários dos trabalhadores e a melhoria de vida “da soleira pra dentro” (lembram dessa frase) das casas, seria o suficiente para que a classe trabalhadora reconhecessem o PT como sua proteção integral. 

O que não percebiam, embora tenham sido avisados, é que no campo religioso, desde o primeiro governo de Lula, setores conservadores da extrema direita, jamais deixaram de atacar, mentir e usar a fé do povo como instrumento de luta política. As fake news contra o PT, com relação a um suposto comunismo, fechamento de Igrejas entre outras sandices, jamais teve respostas no campo da formação de base do PT. Havia respostas indignadas contra a mentira que religiosos perpetuam desde o início do século XIX, mas formação de base, não.

 Retomar esta discussão sobre a importância de dialogar com os setores religiosos da sociedade é, então, uma das tarefas mais importantes que o PT e os partidos de esquerda precisam fazer para combater o bolsonarismo reinante entre os mais pobres, que são as mais afetadas pela falta de políticas públicas e assim desmascarar as falsidades dos religiosos que agem como fariseus, vendendo o povo para os poderosos. 

Para isso, é necessário ouvir coletivamente e não apenas indivíduos. O PT precisa fazer o que o Papa Francisco está fazendo. Um processo de escuta. Para superar essas visões individualistas, é necessário ouvir o conjunto dos religiosos, que vão desde os militantes de base, passando pelos simpatizantes e chegando aos que são contrários ao PT ou à esquerda, dando ênfase particularmente à juventude que está inserida no meio religioso. 

As gerações religiosas dos anos 70,80 e 90, que militam no campo de esquerda, tem uma visão de mundo e por consequência da Igreja, que já não existe mais. Nem aquela Igreja, nem aquele mundo. Portanto, também não temos mais “aquele PT”. Aliás, o próprio comunismo se reformulou, haja vista, o sistema econômico chinês. 

Curiosamente, o Papa atual é mais “progressista” até mesmo que parte da base progressista da Igreja e tem mais coragem em enfrentar os conservadores da Igreja em discussões como da diversidade sexual e temas como Terra para os agricultores, Teto para as famílias e Trabalho para os pobres e é o mais eloquente defensor de sair deste lugar comum de demonizar o suposto comunismo que não existe mais.

Diante deste diagnóstico, pelo lado da Sé Romana neste mesmo período, passou Igreja Católica, os Papas João Paulo II e Bento XVI, que em razão de suas experiências pessoais que testemunharam os horrores das guerras em solo europeu, decidiram combater com a mesma ênfase com que combateram o comunismo ditatorial do Leste Europeu, combate as CEB´s no Brasil e a Teologia da Libertação na América Latina. 

Então a premissa - que é verdadeira - que o mundo que existiu nos anos 70 e 80, não existe mais, o mesmo se aplica e deve ser ouvido também pela Igreja, pois CEB´s, CEBI, CJP, Pastorais Sociais, como Pastoral da Ecologia Integral, do Menor, da Criança, Carcerária, da Terra, da Mulher Marginalizada, dos Negros e Negras e tantas outras, são a base mais coerente que esta Igreja tem com o Evangelho, que leva e levou necessariamente a defesa dos direitos dos trabalhadores e excluídos, ontem e hoje e continuará assim, no amanhã.

E esta é uma tarefa de esclarecimento e educação política que cabe aos setores de formação da esquerda como um todo e do PT em particular, em compreender, estudar e formar no sentido de combater a mais duradoura fake news política que temos na América Latina. Eis aqui, outra premissa cristã. Onde há escuridão, que se leve à luz.

O PT, que foi fruto desta Teologia da Libertação, tinha uma proposta clara para responder os anseios do povo brasileiro tendo como uma de suas bases, a religiosidade do povo. A Teologia da Libertação continua firme e se atualizou. 

O PT, neste ponto, ainda não. A TdL inseriu e aprofundou temas como Ecologia Integral, mundo do trabalho, economia solidária, inserção da diversidade religiosa e acolhimento da diversidade humana, nos campos da moralidade, sexualidade, conceitos de evolução e vem dialogando cada vez mais nas dimensões das periferias geográficas e humanas do nosso povo, inclusive para além do cristianismo, e assim tem aprendido com a teologia indigena, africana e oriental, buscando assim o amor universal, pois como diz a canção de Taizé:

“Onde reina amor, fraterno amor.

Onde reina amor, Deus aí está”.

O PT e sua direção, por alguma razão, com suas raras e essenciais exceções, em algum momento entendeu que não precisava mais destas reflexões da tridimensionalidade humana, onde o intelecto, a matéria e a fé se juntam. Acabou ficando na dependência do centrão com seu setor religioso venal e corrompido dos valores mais elementares do Evangelho e de todas as religiosidades do nosso povo, que buscam compreender e se comprometer com essa tridimensionalidade. 

O que substituiu isso foi a promessa da obscuridade trazida pela teologia da prosperidade, que tem como resultado um povo passa fome porque seus pastores e lideranças se transformam em lobos.  

Sobre o autor.

Toninho Kalunga

Ex-vereador do PT em Cotia. Foi coordenador Estadual de Formação Política do Diretório Estadual do PT/SP. Cristão católico ligado aos Orionitas no Santuário São Luís Orione

Fonte.brasil247.com

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Festival de Artes de Nova Iguaçu continua nesta sexta (26) com diversas atrações


O Festival de Artes de Nova Iguaçu, que reúne atrações musicais, teatrais e de artes plásticas e visuais, continua nesta sexta-feira (26). A programação terá exposições, apresentações, exibição de um filme e uma mostra de artes visuais. O evento acontece a partir das 14h, no Teatro Sylvio Monteiro do Complexo Cultural de Nova Iguaçu, na Rua Getúlio Vargas, 51, Centro.

A partir das 14h acontecem exibições dos curtas: “Teatro Iguaçuano Arcádia”; “Neguinho”;” Cigarra e Formiga”; “Julgamento”; e por último “Joyce”. No mesmo horário serão realizadas duas exposições fotográficas. Uma delas será do fotógrafo e cineasta Getúlio Ribeiro, com a exposição Foto Grafia BXD, um ensaio fotográfico que nasce da vontade de democratizar a arte e a cultura local como também de prestar homenagem a criadores e mestres da escrita baixadense, capazes de deixar mais suave, reflexivo e vivo o cotidiano de quem vive na região.

A segunda exposição “Estações de Iguaçu Novo”, de Mateus Carvalho, é um projeto de fotografia autoral que direciona o olhar para a cidade de Nova Iguaçu por meio de suas estações de trem.A mostra convida os visitantes a refletirem sobre a evolução dessas estações e a sua influência na identidade e dinâmica de Nova Iguaçu. Todos os eventos são gratuitos sujeitos à lotação do teatro.

Logo em seguida, às 15h30, serão feitas diversas atividades, como um Break Dance, esquete teatral: soldado, poeta e rei; música com Suelen Soares, outra esquete teatral, desta vez com Daiana Martins, poesia com Janaína Tavares e Liz Córdova, exibição do Circo Chrisan, música com o Dj Diego Bion, Marcos Rosa e a rapper Lisa Castro. 

O encerramento do dia acontece às 20h com o filme “Viva”, de Aílton José. O filme trata da história de uma viúva e um viúvo. Glória, apesar dos problemas da vida, procura sempre dar a volta por cima, aproveitar a vida e ajudar ao próximo.  Além de contar a história de Torres, militar aposentado, síndico do prédio onde ambos vivem, que é uma pessoa rígida, egoísta e rancorosa. Sempre de mal com a vida pela perda da mulher e seu filho natural, só lhe restou o filho adotivo.

O Festival de Artes é promovido pelo Ministério da Cultura e pela Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (FENIG), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura ( SEMCULT) , Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SEMAM), e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SEMDETTUR). Todos os eventos são gratuitos. A programação semanal pode ser consultada em www.novaiguacu.rj.gov.br/fenig/festivaldeartes.

Fonte.https://www.novaiguacu.rj.gov.br/


Projeto Escolas Seguras é realizado em mais uma unidade escolar de Nova Iguaçu


O Projeto Escolas Seguras: Desenvolvendo a Resiliência através da Educação, voltou a ser realizado em uma unidade escolar de Nova Iguaçu, nesta quarta-feira (24). Desta vez, alunos, professores e funcionários da Creche Nossa Senhora da Luz, no bairro Figueira, participaram do evento. Desenvolvido na cidade desde 2017, o projeto da Secretaria Municipal de Defesa Civil em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e o Centro de Estudo e Pesquisa sobre Desastres da Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi retomado em abril deste ano e ainda vai passar por outras cinco escolas.

A próxima edição do Projeto Escolas Seguras vai acontecer em junho, na Escola Municipal Agroecológica Vale do Tinguá.

“A aplicação do Projeto nas creches municipais tem sido um grande e prazeroso desafio. Nossas equipes, com o auxílio de profissionais da Secretaria de Educação de Nova Iguaçu, têm aprendido a lidar com crianças de 2 e 3 anos de idade. Um exercício de aprendizado contínuo e de adaptação da linguagem que permite transmitir todo o conteúdo sobre segurança aos pequenos com qualidade, de forma lúdica, agradável e cativante, afinal, “brincadeira é coisa séria! “”, afirmou o secretário de Defesa Civil de Nova Iguaçu, tenente coronel Jorge Ribeiro.

Na Creche Nossa Senhora da Luz, 45 alunos, seis professores e dez funcionários participaram de um exercício simulado de desocupação durante um incêndio. Durante a semana, eles ainda passaram por oficinas e treinamentos. O objetivo é desenvolver junto aos participantes a capacidade de resiliência e reduzir o risco de desastres nas unidades. A creche é a 31ª unidade a receber o projeto na cidade.

Em agosto, a visita vai acontecer na EM José de Anchieta (Tinguazinho). Em setembro, a simulação será na EM Aminthas Pereira (Figueira) e, em outubro, na EM Professora Izabel dos Santos Soares Melo (K11). Em novembro, a Secretaria de Defesa Civil de Nova Iguaçu ainda realiza um exercício simultâneo nas 36 escolas que já receberam o projeto, numa alusão ao Dia Estadual para Redução de Riscos de Desastres.

Fonte.https://www.novaiguacu.rj.gov.br/

Quem é o principal suspeito da morte do ator Jeff Machado

Desaparecido desde janeiro, corpo do artista foi achado dentro de um baú concretado nos fundos de um terreno, na Zona Oeste do Rio.

O ator Jeff Machado, na novela Reis da emissora Record TV

O ator Jeff Machado, na novela Reis da emissora Record TV Reprodução / Redes sociais

Há cerca de quatro anos, o ator Jefferson Machado da Costa, de 44 anos, apresentava para uma amiga de infância um novo colega. A amizade repentina dos dois começou a partir de uma proposta de emprego melhor, despertando no ator, segundo a mulher, um sonho antigo: tornar-se reconhecido no meio artístico. Foi com essa promessa que o "novo amigo" se aproximou de Jeff, como Jefferson era chamado. Em pouco tempo, ele já frequentava a casa do artista e, aos poucos, “tomou conta da rotina do ator”, revelou a amiga ao GLOBO. Para a Polícia Civil, ele é o principal suspeito de matar a vítima.

O ator estava desaparecido desde o dia 27 de janeiro deste ano e só foi encontrado pela polícia na última segunda-feira, cujo corpo estava enterrado e concretado nos fundos de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Segundo a esteticista Cintia Helsendeger, o "novo amigo" se apresentou como produtor e fotógrafo. O primeiro encontro ocorreu porque os dois frequentavam locais em que conheciam pessoas em comum. O suspeito, segundo ela, é branco, de estatura média, usa barba e tem cerca de 40 anos. À amiga, Jeff apresentou o "produtor" como a pessoa que o “ajudaria a crescer na vida”.

— Ele me confidenciou que conheceu um homem que poderia ajudá-lo a entrar numa novela que o faria famoso. Jefferson chegou a ficar incomodado com a maneira como ele estava se aproximando. Ele me disse que o rapaz frequentava a casa dele e ficava deslumbrado com os pertences. Parecia ter inveja do Jeff — afirmou Cintia.

Cintia contou que ele era visto constantemente na casa de três andares de Jeff, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, onde o ator morava com oito cachorros. Já o "novo amigo" morava em Campo Grande, também na Zona Oeste, mesmo bairro em que a polícia localizou o corpo do ator, na última segunda-feira. O artista estava amarrado, dentro de um baú trancado e enterrado a dois metros de profundidade. Sobre o baú, havia uma grossa base de concreto, na qual os investigadores precisaram usar uma máquina de perfurar. O corpo estava escondido nos fundos da casa.

Baú em que corpo de Jeff Machado foi encontrado pertencia ao ator  — Foto: Divulgação

Baú em que corpo de Jeff Machado foi encontrado pertencia ao ator — Foto: Divulgação


  • Segundo os investigadores da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o corpo estava em posição fetal e em estado de decomposição. Apesar disso, foi possível fazer o reconhecimento por meio de suas impressões digitais.

    Viagem para São Paulo

    Quando o ator despareceu, o suspeito chegou a informar para a família que Jeff teria viajado para São Paulo a trabalho, pois a mãe do ator, Maria das Dores Machado, estava achando estranho o silêncio do filho. O artista costumava conversar com a mãe frequentemente por mensagens de voz ou ligações. Na mesma semana do sumiço, ela recebeu mensagens por escrito do número do filho, mas desconfiou da forma e dos termos usados nos diálogos.

    O ator era conhecido, segundo Cintia, como alguém que “não via maldade nas pessoas”. De acordo com a amiga, o suspeito fazia questão de demonstrar que tinha interesse amoroso pelo artista. No entanto, Jeff confidenciou à amiga que só o via como amigo, pois "não fazia seu tipo".

    — A última vez que nos falamos foi no dia do aniversário dele, em 19 de janeiro. Ele estava desconfiado desse amigo (por conta da rápida aproximação). Estava preocupado. Algo estava acontecendo. Ele não se sentia confortável com o jeito dele. Parecia que ele tinha inveja do Jeff. Esse amigo sempre falava mal do Jeff quando ele não estava por perto. Depois que a verdade veio à tona, eu não consegui mais contato. Ele desapareceu — disse Cintia.

  • Fonte.G1.com

Bem-estar mental dos idosos é melhor do que há 30 anos


Pessoas na faixa entre os 75 e 80 anos apresentam menos sinais de depressão que gerações anteriores.

O Centro de Pesquisa em Gerontologia e a Faculdade de Esportes e Ciências da Saúde da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, acabaram de divulgar estudo comparando sintomas depressivos e o nível de satisfação com a vida de dois grupos: idosos que estão entre os 75 e 80 anos e pessoas que estavam nessa mesma faixa etária na década de 1990.
Pessoas na faixa entre os 75 e 80 anos apresentam menos sinais de depressão que gerações anteriores — Foto:  Mariza Tavares

Pessoas na faixa entre os 75 e 80 anos apresentam menos sinais de depressão que gerações anteriores — Foto: Mariza Tavares

O resultado é favorável aos velhos do século XXI: eles apresentam menos sinais de depressão que gerações anteriores, uma diferença que, em parte, é explicada por terem melhor saúde e nível educacional.

Os pesquisadores já haviam se debruçado anteriormente sobre outros indicadores, constatando que os velhos de hoje exibem condições físicas e cognitivas superiores como, por exemplo, força muscular, velocidade de caminhada, rapidez de reação, fluência verbal e raciocínio – é como se tivessem ficado mais jovens! O estudo foi ampliado com a inclusão de aspectos relacionados ao bem-estar mental. O interessante é que, embora os sintomas de depressão atualmente sejam menos expressivos, no quesito “satisfação com a vida”, idosos do século XX e XXI se igualam.

“Os homens nascidos em 1910 viveram numa época dura, o que pode explicar a satisfação com suas vidas em 1990. Os indivíduos se adaptam às condições que enfrentam, o que vale para os idosos de 1990 e os de hoje”, explicou a pesquisadora Tiia Kekäläinen.

É verdade que, em 2023, a Finlândia foi eleita o país mais feliz do mundo pelo sexto ano consecutivo, de acordo com um ranking da Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, nas últimas décadas, inclusive em países menos desenvolvidos, foi significativa a evolução em áreas como higiene, nutrição, assistência à saúde, acesso à educação e direitos trabalhistas.

O trabalho compreendeu duas coortes – em estatística, isso significa um conjunto de pessoas que têm em comum um evento que se deu no mesmo período de tempo. Nesse caso, a primeira coorte reuniu 617 indivíduos nascidos entre 1910 e 1914 que participaram de um grande estudo entre 1989 e 1990. A segunda coorte tinha 794 nascidos entre 1938-39 e 1942-43, e o levantamento se deu entre 2017 e 2018.

    Fonte.g1.com

    quarta-feira, 24 de maio de 2023

    Terceira edição da Festa Literária de Nova Iguaçu acontece até o próximo sábado (27)

    Começou hoje (23) e vai até sábado (27), a terceira edição da Festa Literária de Nova Iguaçu (FLINI). A abertura do evento, que também celebra os 190 anos da cidade, aconteceu no auditório do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Este ano, os escritores homenageados são Luiz Coelho Medina e Ivone Landim.

    A programação terá bate-papo com autores; lançamentos de livros independentes e editoriais, sarau, ocupação literária, apresentações artísticas, exposição fotográfica, doação de livros, plantio literário fortalecendo a sustentabilidade e atividades voltadas para a valorização da cultura local. Entre as atividades mais interativas estarão oficinas de escrita criativa, ilustração, mediação de leitura e cartonera (confecção de livro artesanal). Todos os eventos são gratuitos e em diversos locais de Nova Iguaçu, descentralizando as ações e democratizando a participação de toda sociedade na festa.

    “Será uma semana com vários debates e oficinas que contribuirão para agregar ações ao nosso Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Nova Iguaçu, que já vem sendo executado. A importância do desenvolvimento da leitura e da escrita é fundamental”, comentou o presidente da Fenig, Miguel Ribeiro.

    A FLINI é uma realização da Comissão do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Nova Iguaçu (PMLLLB), integrada pela Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig), da Secretaria Municipal de Cultura (Semcult), da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e por representantes da sociedade civil, através da Rede Baixada Literária. O objetivo é democratizar o acesso de qualidade à leitura e ao desenvolvimento literário, com a união de diversas expressões artísticas valorizando o território e a cultura iguaçuana.

    A programação completa está no Instagram @flini.festaliteraria e no site novaiguacu.rj.gov.br/fenig/flini/

    Fonte.https://www.novaiguacu.rj.gov.br/

    Nova Iguaçu inicia escavação no Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha


    Dona de um patrimônio histórico e cultural riquíssimo, acumulado desde sua fundação em 1833, a Prefeitura de Nova Iguaçu _ que recentemente criou a Superintendência de Pesquisas Arqueológicas com o objetivo de descobrir, pesquisar e preservar relíquias encontradas no município _, iniciou a escavação na área da Câmara e Cadeia da antiga Vila de Iguassú, que pertence ao Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha. Em dois dias de trabalho já foram encontrados fragmentos de louças, garrafas, metais, vidros e cerâmicas. Todo o material será levado para um laboratório montado na antiga estação ferroviária de Tinguá, também restaurada pela prefeitura, para ser higienizado e analisado, identificando a origem e época dele.

    A superintendência, comandada por Diogo Borges, mestre em arqueologia pelo Museu Nacional, iniciou a escavação após autorização dada em abril pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha, na região de Tinguá, há a expectativa de encontrar objetos arqueológicos indígenas, que ocuparam a Baixada Fluminense há aproximadamente 10 mil anos.

    “Estamos no início da etapa da pesquisa arqueológica no parque. A escavação acontece num terreno de 120 metros quadrados, que está dividido em quadrados de dois metros quadrados para os trabalhos de pesquisa. Escavamos 10 centímetros de cada vez e já estamos em 40 centímetros escavados. Usamos ferramentas manuais, como enxada, colher de pedreiro, pá e alavanca. Depois, esse material passa por um processo de refinamento em uma peneira para ser separado”, afirmou Diogo Borges.

    Ainda segundo ele, assim que a escavação for concluída na área da Câmara e Cadeia da antiga Vila de Iguassú, ela será iniciada em outros pontos, como o Porto da Praça do Comércio de Iguassú, Torre Sineira da antiga Igreja Matriz, cemitério de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e outros portos existentes no antigo leito do rio Iguaçu, que foi retificado no início do século XX.

    Segundo o secretário de Cultura, Marcus Monteiro, a Cidade de Nova Iguaçu, possui diversos fatos históricos marcantes, como a construção da Igreja Nossa Senhora da Piedade de Iguassú (1699); a abertura da Estrada Real do Comércio, partindo da antiga Freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Iguassú (1811-1822) e a criação da Vila de Iguassú (1833), bem como a existência de dezenas de aldeamentos indígenas que existiram até o século XVI, antigos engenhos e fazendas, bem como diversos quilombos que datam dos séculos XVII ao XIX, o que com absoluta certeza fará com que este trabalho encontre farto e rico material arqueológico, ajudando a enriquecer a história da Baixada Fluminense.

    Fonte.https://www.novaiguacu.rj.gov.br/

    Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

    A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...