terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Médico preso em rinha de cães em SP é de Goiás e teve que pagar quase R$ 60 mil de fiança



Leônidas Bueno Fernandes Filho foi preso em rinha de cães em SP e teve que pagar quase R$ 60 mil de fiança  — Foto: Reprodução/CremegoLeônidas Bueno Fernandes Filho foi preso em rinha de cães em SP e teve que pagar quase R$ 60 mil de fiança  — Foto: Reprodução/Cremego
Leônidas Bueno Fernandes Filho foi preso em rinha de cães em SP e teve que pagar quase R$ 60 mil de fiança — Foto: Reprodução/Cremego
O médico Leônidas Bueno Fernandes Filho, que foi preso suspeito de participar de rinha de cães em São Paulo, é goiano e precisou pagar uma fiança de 60 salários mínimos - R$ 59.880,00 - para ser solto. A informação consta no Termo de Audiência de Custódia ao qual o G1 teve acesso. Vereadores de Goiânia aprovaram requerimento para que ele tenha o registro suspenso junto ao Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego).
G1 tenta localizar a defesa do médico. Um parente dele, que preferiu não se identificar, disse à reportagem que Leônidas já deixou a prisão e está a caminho de Goiânia. O familiar acredita que o médico é inocente e foi preso por estar no lugar errado.
"O que eu ouvi de terceiros é que ele tinha ido participar de outra modalidade de competição e estava junto do pessoal e acabou que foi detido também. Ele gosta de modalidades como escalonamento e saltos, que estava tendo lá simultânea a essa. Ele não participa de rinha", afirmou.
A assessoria de imprensa do Cremego informou, em nota, que o órgão não vai comentar o assunto.
Leônidas e mais 40 pessoas foram detidas no último sábado (14), em Mairiporã. Em audiência de custódia, somente uma pessoa seguiu presa. Ainda de acordo com o documento, assinado pelo juiz André Luiz da Silva da Cunha, a fiança cobrada de Leônidas foi a de maior valor entre todos os presos.

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Justiça mantém prisão de 1 detido na rinha em Mairiporã
Justiça mantém prisão de 1 detido na rinha em Mairiporã
Nele, o magistrado afirma que "os fatos atribuídos aos autuados são repugnantes" e citou que "os cães eram colocados para brigar até a morte". No entanto, salienta que os presos são primários, possuem residência fixa e que a liberdade deles não coloca em risco a ordem pública.
De acordo com a Polícia Civil, o médico e mais um veterinário, também preso, eram responsáveis por reanimar os cães machucados durante as lutas.
A decisão que soltou Leônidas solicita ainda que seja oficiado o Conselho Regional de Medicina de Goiás sobre a prisão ocorrida, anexado uma cópia do boletim de ocorrência.
 — Foto: Arte/G1 — Foto: Arte/G1
— Foto: Arte/G1

Moção de repúdio

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em sessão nesta terça-feira (17), uma moção de repúdio na qual pede a "suspensão imediata" do registro de Leônidas junto ao (Cremego).
O documento foi proposto pelo vereador Zander Fábio (Patriota), que é presidente da Comissão de Proteção, Direitos e Defesa dos Animais da Câmara. A indignação ao ver a forma como os animais eram tratados, segundo ele, motivou a moção, que contou com a assinatura de 24 parlamentares.
"[O sentimento é de] indignação total ao saber o modo como eles agiam. Parece uma seita porque eles comiam [os cães] em forma de churrasco e davam as outras partes para os animais", disse ao G1.
Na moção, o parlamentar afirma que no local foram encontrados um animal morto e 19 feridos e que até a polícia se sensibilizou com a situação encontrada, "digna de um filme de terror".
Animal ferido encontrado em rinha de cães em Mairiporã  — Foto: Marcelo Assunção/TV GloboAnimal ferido encontrado em rinha de cães em Mairiporã  — Foto: Marcelo Assunção/TV Globo
Animal ferido encontrado em rinha de cães em Mairiporã — Foto: Marcelo Assunção/TV Globo
Pit bull que participava de rinha de cães em Mairiporã — Foto: Marcelo Assunção/ TV GloboPit bull que participava de rinha de cães em Mairiporã — Foto: Marcelo Assunção/ TV Globo
Pit bull que participava de rinha de cães em Mairiporã — Foto: Marcelo Assunção/ TV Globo
Churrasco de carne de cachorro era servido na rinha, de acordom com a Polícia Civil — Foto: Polícia Civil do Paraná/DivulgaçãoChurrasco de carne de cachorro era servido na rinha, de acordom com a Polícia Civil — Foto: Polícia Civil do Paraná/Divulgação
Churrasco de carne de cachorro era servido na rinha, de acordom com a Polícia Civil — Foto: Polícia Civil do Paraná/Divulgação
Cachorro da raça pitbull encontrado em rinha de cães ilegal em Mairiporã, Grande São Paulo — Foto: Reprodução/TV GloboCachorro da raça pitbull encontrado em rinha de cães ilegal em Mairiporã, Grande São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Cachorro da raça pitbull encontrado em rinha de cães ilegal em Mairiporã, Grande São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo


    Fonte. G1.com

    Apoiadora de Bolsonaro e anti-esquerda é vítima de homofobia


    Conhecida como uma das LGBTS a negar homofobia por parte de Jair Bolsonaro, Karol Eller foi agredida em uma praia carioca do Rio de Janeiro. Tudo ocorreu no último domingo 15/12/2019, na Barra da Tijuca.
    Segundo informações, um homem se aproximou de sua namorada e perguntou como uma mulher daquelas se relaciona com Eller. Após uma discussão ela foi brutalmente agredida.
    O jornalista Leo Dias divulgou imagens exclusivas do rosto de Karol Eller já desfigurado após as agressões, com vários hematomas. Uma delas segue abaixo, com direitos do Jornal de Brasília.

    terça-feira, 10 de dezembro de 2019

    FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL ALBERT SCHWEITZER EM REALENGO COLOCARAM O MARCELO CRIVELLA NA MACUMBA PROTESTO CONTRA FALTA DE PAGAMENTO




     
    FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL ALBERT SCHWEITZER EM REALENGO COLOCARAM O MARCELO CRIVELLA NA MACUMBA

    PROTESTO CONTRA FALTA DE PAGAMENTO

    55 anos do golpe militar: A história de Cassandra Rios, a escritora mais censurada da ditadura


    Cassandra Rios posa para foto segurando uma rosa e encarando a câmeraDireito de imagemVANIA TOLEDO
    Image captionCassandra era pseudônimo de Odete Rios, nascida em 1932 em São Paulo
    Ninguém foi mais perseguida pelos censores da ditadura militar brasileira (1964 - 1985) do que Cassandra Rios, escritora recordista em vetos durante o regime, com 36 dos seus 50 livros publicados censurados durante a vida - fora algumas edições clandestinas.
    "Cassandra Rios incomodou os militares por várias razões. A principal delas é o conteúdo erótico de seus livros, contrário a 'moral e aos bons costumes', como se dizia na época", explica Rodolfo Londero, professor da Universidade Estadual de Londrina e autor do livro Pornografia e Censura: Adelaide Carraro, Cassandra Rios e o Sistema Literário Brasileiro nos anos 1970.
    Nascida em 1932, em Perdizes, bairro classe média alta de São Paulo, Cassandra era pseudônimo de Odete Rios. Em 1948, aos 16 anos, publicou seu primeiro livro, A Volúpia do Pecado, uma história de amor entre duas adolescentes, se tornando a primeira autora do país de romances eróticos voltados ao universo homossexual feminino.
    Na época, após ter sido rejeitado por todas as editoras de São Paulo, A Volúpia do Pecado foi publicado pela própria Odete com dinheiro emprestado pela mãe, dona Damiana, uma imigrante espanhola burguesa e católica. Sob o pseudônimo de Cassandra Rios, originalmente a sacerdotisa grega que profetizou o episódio do "cavalo de Troia", o livro de estreia fez tanto sucesso que chegou a ser reeditado nove vezes em pouco mais de dez anos.
    Até que, em 1962, foi proibido e tirado de circulação por ofender os valores familiares. Entre 1964 a 1985, anos da ditadura, outras três dezenas de livros da escritora seriam proibidos.
    Para Londero, mais que o conteúdo erótico e homossexual, foi a combinação de duas características perigosas aos olhos dos militares que transformaram Cassandra Rios na "escritora maldita", modo como era chamada pela ditadura: a sua sexualidade - a escritora era assumidamente lésbica - e a sua popularidade.
    "Enquanto escritora, Cassandra sabia se comunicar com as classes populares", afirma o pesquisador. "Enquanto lésbica, sabemos, baseados em farta documentação, que a ditadura considerava perigosa qualquer orientação sexual que escapasse da heteronormatividade."
    "A sociedade rotula o homossexual como cachaça de macumba, não como uísque", brincou a escritora em 2001, pouco antes de morrer, ao lembrar da sua trajetória.
    Image captionParecer de censor veta livro de Cassandra, 'Copacabana Posto 6'
    Apesar da perseguição recorde, Cassandra Rios se tornou a primeira escritora brasileira a vender 1 milhão de exemplares, meta alcançada em 1970, superando escritores populares de sua época, como Jorge Amado, Clarice Lispector e Érico Veríssimo. Foi, ainda, o primeiro caso conhecido de uma escritora nacional a viver exclusivamente da venda de seus livros, nunca tendo exercido outra profissão.
    "Mesmo censura após censura, Cassandra era persistente, continuava escrevendo", conta Londero. "No final, a própria censura ajudou a transformá-la em um mito. Mais que um xingamento, a fama de 'escritora maldita' se transformou em um rótulo lucrativo para as editoras."
    Pesquisas da professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Sandra Reimão estimam que 450 livros tenham sido censurados nos 21 anos de ditadura militar, regime que teve início no golpe de Estado de 31 de março de 1964.

    Perseguida e queimada

    Ainda que fosse um sucesso de vendas entre os anos 1950 a 1980 - e de popularidade, diga-se de passagem, já que personalidades como Jorge Amado e o Bandido da Luz Vermelha eram fãs declarados da escritora - Cassandra foi perseguida e tirada de circulação com tanta ferocidade pelos militares que até hoje é difícil encontrar seus mais de 50 livros em livrarias e sebos.
    "Com os direitos autorais que recebia da venda dos livros, a tia Odete levava uma vida muito confortável", lembra Liz Rios, sobrinha da escritora. "Ela [a tia] tinha o apartamento em que morava, tinha uma casa em Interlagos [zona sul de São Paulo], uma chácara em Embu das Artes e alguns carros, além da própria livraria, onde ela vendia seus livros".
    Com a perseguição dos censores, Cassandra foi à falência em 1976, ano em que 14 obras da escritora foram censuradas em apenas seis meses. "Ela perdeu quase tudo e teve de fechar a livraria. Lembro que ficou arrasada nessa época, sem chão", conta a sobrinha.
    "Em geral, os escritores exerciam o ofício da literatura não como forma de renda, pois trabalhavam em outras atividades. Mas Cassandra era uma escritora profissional", conta Londero, explicando que a romancista foi a única escritora de sua época a viver exclusivamente da venda de seus livros no Brasil, tendo sido uma das pioneiras na profissionalização do escritor no país.
    Para sobreviver, Cassandra passou a colaborar com artigos para revistas e jornais e criou um pseudônimo, Oliver Rivers, para conseguir publicar livros e equilibrar as contas.
    "Engraçado que com o pseudônimo masculino, a tia Odete conseguia passar pela censura e vender os livros, igualmente eróticos. Isso comprova que a perseguição era contra a pessoa Cassandra, e não só contra sua literatura", afirma Liz, lembrando que a tia era levada pelos DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) para depor com frequência, livro após livro.
    E para onde íam os livros apreendidos de Cassandra? Segundo a professora Reimão, que é autora do livro Repressão e Resistência - Censura a Livros na Ditadura Militar, provavelmente muitos foram para o fogo. Por isso, muitos livros dela estão fora de circulação.
    "Na documentação censória preservada no Arquivo Nacional de Brasília, há dezenas de ofícios do governo dos militares comunicando a incineração do material apreendido", explica Reimão. "Ou seja, as centenas de livros confiscados e guardados em depósitos pela censura usualmente eram incinerados, e não só apreendidos", explica.
    Aqueles que conseguiam comprar as obras proibidas de Cassandra liam os livros com receio de serem descobertos.
    "Escondiam meus livros debaixo do colchão, meu nome virou palavrão!", contou a escritora em uma entrevista dada em 2001 à revista TPM.

    A santa vaca

    A vida de Cassandra Rios se tornou ainda mais difícil a partir de 1968, com a promulgação do Ato Institucional número 5 (AI-5), que oficializou a censura no país.
    "O AI-5 dava poder ao governo de cassar mandatos, suspender direitos políticos e garantias individuais, além de censurar a divulgação da informação, a manifestação de opiniões e as produções culturais e artísticas, incluindo livros", explica Reimão.
    Capa do livro 'A santa vaca'Direito de imagemREPRODUÇÃO
    Image captionComo contaria depois, escritora criou A Santa Vaca como resposta à perseguição por militares
    O endurecimento da censura pelo AI-5 trouxe diversas consequências para Cassandra Rios - para além da falência. Em uma entrevista à revista Realidade, em março de 1970, a escritora revelou que a censura lhe causava abalo emocional e decepção.
    "Sou uma criatura simples, comum, cheia de problemas, triste e amarga. A vida de escritora tem sido muito dura para mim", disse Cassandra.
    Além do forte moralismo usado como método para barrar uma obra, Reimão conta que a censura a livros, principalmente entre 1964 a 1968, era executada na base de "batidas policiais, apreensões de exemplares, confisco e coerção física".
    Além das abordagens agressivas, o escritor censurado era intimado a depor sobre sua obra.
    "Era comum que os escritores fossem chamados à delegacia ainda muito cedo. Lá, tomavam um 'chá de cadeira' que durava o dia inteiro, para serem interrogados somente no final do dia. Imagine o que passava pela cabeça de um escritor censurado pela ditadura enquanto esperava essas longas horas na delegacia", acrescenta Londero. "Era uma forma sutil de tortura psicológica, de intimidação da ditadura."
    "A tia Odete nunca disse isso, mas com certeza tinha medo dos militares. Ela era muito reclusa, quase não saía de casa. Acho que a perseguição da ditadura a deixou assim, reservada", opina a sobrinha. "Com certeza ela morreu decepcionada com a ditadura."
    Enraivecida com a censura de suas obras e com o rótulo de pornográfica - Cassandra não gostava desse estereótipo -, a escritora publicou A Santa Vaca em 1978, uma espécie de resposta à perseguição e difamação causada pelos militares.
    "Escrevi A Santa Vaca de raiva", disse a autora quando questionada se o objetivo do título do livro, que conta as fantasias eróticas por trás de uma jovem considerada boa moça, era chocar. "De tanto me perseguirem, resolvi fazer pornografia, então fiz esse livro. Na introdução, está a minha intenção, [mostrar] a força da mulher ao ser chamada de prostituta", contou Cassandra Rios.

    Pornográfica igual a comunista

    Santinho de campanha mostra foto de Cassandra sorrindo e frase 'Ontem, hoje, sempre defendendo nossos direitos'Direito de imagemREPRODUÇÃO
    Image captionCassandra foi convidada por político a concorrer às eleições de 1986 e aceitou o convite: se candidatou a deputada estadual por São Paulo pelo PDT
    Ser chamada de pornográfica nos anos 1970 era tão perigoso quanto ser chamada de comunista e, em muitos casos, poderia significar a mesma coisa.
    "A liberação sexual estava intimamente ligada aos movimentos contraculturais, que, por sua vez, estavam ligados ao pensamento de esquerda", explica Londero. "Por isso, aos olhos da ditadura, editoras que publicavam qualquer coisa sobre a temática de sexualidade eram verdadeiras inimigas do Estado por serem promotoras da revolução sexual entre os brasileiros, sendo consideradas pelos militares ainda mais perigosas que a própria revolução socialista".
    "Uma das conclusões dos meus estudos sobre censura na década de 1970 é que não é possível separar o universo moral do político", afirma Reimão. "Isso significa que, para os censores, havia uma correlação entre a destruição dos valores morais, promovida pela temática da sexualidade, e a destruição da segurança nacional, representada pelos temas políticos."
    Porém, além de não se considerar pornográfica, Cassandra não conseguia entender por que o erotismo era algo a ser combatido pelos ditadores. "Pornografia é a intenção deliberada de chocar [...] é o sexo pelo sexo. Nos meus livros, o sexo só acontece em função do amor, para realiza-lo plenamente e sem preconceitos", esclareceu a escritora na entrevista à revista Realidade.
    Nos anos 1990, a escritora ganhou um programa na Rádio Bandeirantes. Durante uma entrevista ao vivo com Adhemar de Barros Filho, filho do ex-governador paulista, Cassandra foi convidada pelo político a concorrer às eleições de 1986. Ela aceitou o convite e se candidatou a deputada estadual por São Paulo pelo PDT, mas não foi eleita.
    "Se ela [Cassandra] se considerava uma subversiva? Talvez sim", reflete a sobrinha Liz. "O fato é que ela foi uma pioneira. Foi ela quem deu o pontapé inicial, ainda nos anos 50, para que hoje discutíssemos temas ligados ao público LGBT".
    Cassandra Rios morreu em decorrência de um câncer em 2002, aos 69 anos, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Ela nunca quis ter filhos e chegou a casar-se na igreja aos 18 anos, com um amigo. A união, contudo, era de fachada tanto para ele quanto para ela, que queria sair de casa sem chocar os pais.
    Apesar disso, a sobrinha conta que tanto a sexualidade quanto os livros da tia, "uma mulher que era amorosa com os familiares e inteligente", são motivos de muito orgulho para a família Rios. Liz acredita que se a tia Odete ainda estivesse viva, "ela estaria chocada com o conservadorismo, principalmente na política. Os tempos atuais a fariam lembrar tudo o que sofreu na ditadura por ser lésbica".

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