quarta-feira, 21 de março de 2018

DJ é flagrado agredindo criança


Nas imagens, Rennan da Penha dá tapas e chutes na vítima, e afirma que 'não se brinca com a família dos outros'


DJ se desculpou após ser flagrado agredindo criança
DJ se desculpou após ser flagrado agredindo criança - 
Rio - Renan Santos da Silva, mais conhecido como DJ Rennan da Penha, de 23 anos, foi flagrado em um vídeo que circula nas redes sociais agredindo uma criança numa comunidade no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu na noite de terça-feira. Nas imagens, ele dá tapas e chutes na vítima e afirma que "não se brinca com a família dos outros".
Várias pessoas acompanham a agressão, que teria começado após o menino criticar um parente de Rennan que teria morrido. Nas redes sociais, fãs e seguidores do DJ demonstraram revolta em relação ao episódio.
"Estou muito arrependido e só tenho que pedir desculpas. Errei quando agredi, peço desculpas à família do menino", disse o DJ em comunicado no Instagram.
O DIA perguntou para a Polícia Civil se ela iria investigar o caso. Na resposta, a instituição disse que estava "verificando as informações". Até às 19h40, a polícia não esclareceu se vai apurar o episódio.
Fonte.   Jornal O Dia

Jornalistas da EBC são orientados para reduzir cobertura da morte de Marielle




Jornalistas da EBC protestam em Brasília Foto: Reprodução do Facebook

Jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília, protestaram nesta terça-feira contra mensagens recebidas de gerentes da companhia - que reúne a Agência Brasil, a Radio Nacional e a TV Brasil -, orientando a equipe para reduzir o número de matérias sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Num dos e-mails, havia a recomendação para não cobrir manifestações contra os assassinatos ocorridos no Rio. Indignados, os profissionais cruzaram os braços no início da tarde e buscaram amparo no Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que entrará com uma representação no Ministério Público Federal.
As mensagens enviadas foram reproduzidas na internet. Numa delas, de ontem, o gerente-executivo da Agência Brasil, Alberto Coura, pede que uma repórter seja orientada a “não fazer manifestações sobre a morte da vereadora. Estão repetitivas e cansativas. Nos jornais só há artigos e, você sabe, não publicamos esta forma de opinião. Claro que, se houver fato novo relevante, deve fazer".
já o gerente de redação da Agência Brasil, Roberto Cordeiro, disse por e-mail: "Precisamos reduzir matérias da morte da vereadora Marielle Franco. Essas homenagens do PSOL são para tirar proveito do momento. Ou outras repercussões do gênero. Devemos nos concentrar nas investigações e naquilo que dizem as autoridades”.
A EBC é uma empresa pública federal e, de acordo com informações publicadas em seu site, "cumpre sua função de prestadora de serviços e contribui para o objetivo de ampliar o debate público sobre temas nacionais e internacionais, de fomentar a construção da cidadania, com uma programação educativa, inclusiva, artística, cultural, informativa, científica e de interesse público, com foco no cidadão". Coordenador do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Gésio Passos diz que as mensagens não são compatíveis com a missão da empresa e comprovam a falta de independência editorial do grupo, além da interferência externa na produção:
- Além da denúncia pública do caso, vamos entrar com uma representação no Ministério Público Federal para apurar o abuso.
Em nota, a EBC disse que a direção da empresa foi surpreendida com a informação de que houve orientação na Agência Brasil para reduzir a cobertura dos assassinatos e que o assunto tem sido amplamente coberto por todos os veículos do grupo. Segundo ela, só a Agência Brasil produziu, do dia 14 de março até as 12h09m desta terça, 41 reportagens, seis galerias de imagens, uma reportagem em inglês e duas em espanhol sobre os assassinatos de Marielle e Anderson. "A orientação repassada pela gerência da Agência Brasil contraria a determinação do comando editorial da empresa de sempre pautar seus veículos pela melhor prática do jornalismo. Seus profissionais devem cobrir todos os temas da agenda nacional, como o caso Marielle, noticiando os fatos do dia a dia. Em razão do ocorrido, o responsável foi formalmente advertido, e a direção enviou comunicado a todos os seus empregados reforçando a premissa editorial da empresa", informou a nota.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Desembargadora não se arrepende de comentário feito no Facebook



Marília Neves disse que Marielle era 'engajada com bandidos' e que Jean Willys merecia 'paredão'


Para advogado, Marília Neves cometeu crime contra a honra de Marielle
Para advogado, Marília Neves cometeu crime contra a honra de Marielle - 
Rio - A desembargadora Marília Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, disse que não está arrependida de ter feito um comentário afirmando que a vereadora Marielle foi eleita pelo tráfico. Na sexta-feira, a magistrada comentou no Facebook: "A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora'; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores", escreveu, sobre falsas informações divulgadas na internet.
Ao DIA, ela disse que reproduziu comentários que estavam disponíveis na internet e que "ninguém contestou a veracidade deles. Nem o Psol, nem a família (de Marielle)".
Indagada se havia mudado de opinião após os boatos serem desmentidos, respondeu que "não tem opinião". "(Risos) Eu não tenho opinião, eu nem conhecia, eu nunca tinha ouvido falar dessa criatura. Eu não tenho opinião a respeito".
LEIA 
Marília disse que não se expressou como desembargadora. "Em momento algum eu disse que era magistrada. Em momento algum eu me referi ao meu cargo. Ali eu estava discutindo como uma cidadã comum que paga imposto e que lê o Facebook", completou.
A reportagem perguntou se, como cidadã, ela se arrependia de ter feito o comentário, agora que ela sabe que é apenas fake news. A resposta foi "não". "Por que eu deveria me arrepender de ter feito um comentário? É só um comentário reproduzindo um outro. Eu não estou me sentindo culpada por nada. Eu não criei o comentário. Se é boato, se alguém criou, o autor da criação que pode ou não estar arrependido. Eu, por quê?".
A desembargadora conta que tem sofrido ameaças e xingamentos desde que deixou sua opinião registrada. O PSol já entrou com representação contra a magistrada.
Em outro post, a desembargadora disse que o deputado Jean Willys merecia ir para um paredão (de fuzilamento) "embora não valha a bala que o mata". Sobre a postagem, disse que fez "uma ironia com o apoio declarado do deputado ao regime cubano" e que não defende "o paredão". Willys informou que vai apresentar queixa-crime contra Marília.
O advogado e militante dos Direitos Humanos, Rodrigo Mondego, disse que Marília cometeu crime contra a honra de Marielle. "Um membro do Judiciário não se arrepender de ferir a dignidade mostra como o próprio Estado favorece que o Brasil seja líder em assassinatos de ativistas de Direitos Humanos".
Após responder às perguntas da reportagem, a desembargadora Marília Neves enviou um texto à redação do DIA, para, segundo ela, apresentar sua posição. Confira abaixo: 
"Eu havia decidido não me manifestar mais sobre a questão, mas em respeito aos incontáveis amigos - todos bem notados - que fizeram questão de emprestar sua inestimável solidariedade a mim e por amor à verdade, que sempre norteou minha vida pessoal e profissional, vejo-me na contingência de voltar ao assunto da morte da vereadora Marielle Franco.
Eu, como provavelmente a maioria da população carioca, jamais havia ouvido falar da existência da vereadora até sua morte ser noticiada na mídia.
Morta a vereadora, o partido a que pertencia, o PSOL, iniciou perigosa mobilização nas redes sociais tendente à culpar o Exército e a PM por seu homicídio, sem qualquer vestígio de prova.
Então, no facebook de um juiz aposentado onde eu discutia a inversão de valores que hoje norteia a sociedade, pontuei - inclusive reproduzindo posts que circulam na internet - que todos os dias mulheres negras, comprometidas com a segurança da população, morrem assassinadas e que sobre elas não se escreve uma única linha apenas por serem policiais militares. Mencionei também, reproduzindo post que igualmente circula na internet, a médica morta recentemente na linha amarela, tão guerreira e socialmente importante quanto qualquer outro membro da sociedade, por quem não havia sido acesa uma única vela. E, nessa discussão - que até onde sei permanece disponível no face - fiz o comentário a respeito da vereadora, reproduzindo informações disponíveis na mídia e que, até então, não haviam sido contestadas nem pelo PSOL, nem pela família da vereadora, ou por quem quer que seja.
Frise-se, a bem da verdade, que em momento algum da discussão invoquei meu cargo ou sequer mencionei o fato de ser magistrada. Naquele momento, no facebook, fora das minhas funções, não era, evidentemente, a desembargadora que se manifestava mas uma cidadã como outra qualquer, pagadora de impostos e com todo o direito, garantido constitucionalmente, de emitir opiniões sobre os acontecimentos sociais.
E minha intenção foi, apenas e tão somente, participar de uma discussão no facebook de um amigo e mostrar que, segundo notícias veiculadas na internet - e não contestadas - a probalidade de a vereadora haver sido morta pela PM ou pelo Exército era a mais remota.
A espetacularização do meu comentário que se seguiu, isolado do contexto e com ênfase no fato de eu ser desembargadora, é de todos conhecida, sendo igualmente óbvios os objetivos que mal se ocultam por trás da mesma.
Isso era o que me cabia esclarecer, em respeito à verdade e aos amigos cujas carinhosas manifestações me mantém firme no propósito de continuar combatendo o bom combate!!!"
Em um novo comunicado, a desembargadora disse que 'repassou as informações de forma precipitada'. Confira a íntegra:
"Diante das manifestações contra meu comentário, proferido em uma discussão no facebook de um colega, a respeito da morte da Vereadora Marielle Franco,venho declarar o que se segue: No afã de defender as instituições policiais, ao meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada, notícias que circulavam nas redes sociais.
A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações, para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema.
Reitero minha confiança nas instituições policiais, esperando, como cidadã, que este bárbaro crime seja desvendado o mais rápido possível. Independentemente do que se conclua das investigações, a morte trágica de um ser  humano é algo que se deve lamentar e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei."
Reclamação protocolada no CNJ
Por volta das 18h30 desta segunda-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que uma reclamação disciplinar foi instaurada contra a desembargadora. A ação será encaminhada diretamente à Corregedoria do CNJ.
A partir daí, o pedido poderá ser arquivado ou o plenário pode pedir instauração de sindicância. Se punida, Marília Neves pode ser removida compulsoriamente, ser afastada por por no mínimo dois anos com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço ou ser aposentada compulsoriamente com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
Fonte. Jornal O Dia

quinta-feira, 15 de março de 2018

Assassinato da vereadora Marielle Franco tem repercussão internacional

Assassinato da vereadora Marielle Franco tem repercussão internacional

Parlamentar levou ao menos cinco tiros na cabeça após um veículo emparelhar no carro em que ela estava e fazer disparos no Estácio, na Região Central do Rio. O motorista de Marielle, Anderson Pedro Gomes, 39 anos, também acabou morto

The Guardian destacou que Marielle Franco denunciava táticas agressivas da polícia nas favelas
The Guardian destacou que Marielle Franco denunciava táticas agressivas da polícia nas favelas - 
Rio - O assassinato brutal da vereadora Marielle Franco, atingida por pelo menos cinco tiros na cabeça, é assunto dos principais jornais internacionais. No ataque, quando um veículo emparelhou no carro em que ela estava e fez disparos na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, na Região Central do Rio, o motorista da parlamentar, Anderson Pedro Gomes, 39 anos, também acabou morto.
Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos, como New York Times, ABC e The Washinton Post, noticiaram pela internet a morte de Marielle. No NYT, a reportagem lembrou que "o governo federal colocou os militares responsáveis pela polícia local do Rio em meio a uma onda de violência", mas que "até agora, não há indicações de melhoria na segurança na cidade."
O britânico "The Guardian" diz que a segurança não melhorou no Rio após a intervenção federal. "Em 16 de fevereiro, o governo federal do Brasil colocou militares como responsáveis pelo policiamento local no Rio em meio a uma onda de violência. Até agora, não há indicações de melhoria na segurança na cidade", trouxe a reportagem. 
 
O jornal destacou um dos últimos tweets de vereadora Marielle Franco: "Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?". A reportagem também falou sobre a atuação da parlamentar no campo dos direitos humanos, denunciando as táticas agressivas da polícia nas favelas. 
 
O texto comenta que Marielle era conhecida por seu trabalho social nas favelas da capital fluminense e que havia acusado policiais de usar táticas pesadas.
Site News Deeply, de Nova York, destacou a origem e luta de Marielle Franco - Reprodução Internet

O argentino Clárin lembrou na matéria publicada em seu site que Marielle Franco foi morta quando retornava de um ato de empoderamento de mulheres negras.
O site News Deeply, de Nova York, destacou a origem e a luta de Marielle com o título "Das favelas a vereadora, lutando pelos direitos das mulheres no Rio", destacando o trabalho em prol das mulheres negras das periferias.
"Quando Marielle Franco decidiu concorrer a um lugar no município do Rio de Janeiro, ela já teve três ataques contra ela nos olhos do público eleitoral: ela é mulher, ela é afro-brasileira e ela vem da favelas, favelas urbanas da cidade. Apesar das probabilidades, ela foi eleita para a Câmara da cidade no ano passado, e desde então tornou prioritário lutar pelos direitos de seus constituintes femininos", diz a matéria.
A Anistia Internacional, órgão mundial que trabalha na defesa dos direitos humanos, se posicionou poucas horas após o assassinato da vereadora Marielle Franco pedindo "uma investigação imediata e rigorosa".
"Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial. Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco", diz a nota.
*Com informações de Estadão Conteúdo

Galeria de Fotos

Site News Deeply, de Nova York, destacou a origem e luta de Marielle FrancoREPRODUÇÃO INTERNET
The Guardian destacou que Marielle Franco denunciava táticas agressivas da polícia nas favelasREPRODUÇÃO INTERNET
Assassinato de Marielle Franco também foi destaque no New York TimesREPRODUÇÃO INTERNET
Jornal argentino Clarín lembrou que vereadora voltava de evento sobre empoderamento de mulheres negrasREPRODUÇÃO INTERNET
Fon

Marielle Franco era cotada para concorrer como vice ao Governo do Estado



RIO DE JANEIRO

Psol tinha como projeto colocá-la como vice-governadora de Tarcísio Motta para a disputa de outubro deste ano: "Não vamos nos calar, ninguém vai nos calar", disse o pré-candidato

Marielle Franco
 Marielle Franco
Marielle Franco - Divulgação
Rio - A vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros na noite desta quarta-feira no Rio, era cotada para concorrer como vice-governadora na chapa de Tarcísio Motta, pré-candidato ao Governo do Estado. Quinta mais votada nas eleições de 2016 na cidade do Rio, a nova parlamentar já possuía uma longa história na luta direitos humanos, da população das favelas e das mulheres negras. Com a sua morte, Babá assume o seu lugar na Câmara Municipal.

O outro nome cotado além de Marielle para ser vice de Tarcísio é o da professora de História Talíria Petrone, negra e feminista. Ela foi a vereadora mais votada na cidade de Niterói nas últimas eleições municipais.

'É alguém querendo dar recado', diz Tarcísio Motta

O vereador Tarcísio Motta voltou a falar sobre a morte de Marielle no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta quinta-feira. Ele disse que a morte da sua companheira de trabalho na Casa Legislativa tem fortes indícios de execução.

"Estamos todos muito consternados, é um atentado à democracia da cidade. Marielle era companheira de luta, uma amiga, meu gabinete é ao lado do dela, nós fizemos campanha juntos. Estamos aqui hoje para ajudar e viver esse dia em que vamos nos despedir da nossa companheira, reafirmar nossos princípios de luta e cobrar uma apuração rigorosa da polícia para investigar quem fez isso. Todos os indícios apontam para uma lógica de execução. Queremos cobrar e entender os motivos que levaram isso para que nunca mais aconteça", falou, muito emocionado.

Marielle tinha saído de um evento com mulheres negras na Lapa e voltava para casa na Tijuca quando foi atacada. O motorista que a levava também acabou morto e sua assessora ficou ferida por estilhaços. Tarcísio falou novamente que não havia conhecimento de ameaças que a vereadora sofria, mas destacou que ela lutava por pautas que mexiam com muitos interesses.

"Não tínhamos nenhuma ameaça relatada ou que tínhamos conhecimento. É obvio que quando enfrentamos poderosos, o sistema que está aí há muito tempo, é isso que acontece. Independente de qualquer coisa, queremos a apuração sobre quem são os responsáveis e qual a motivação. Qualquer que seja o motivo, é inaceitável esta execução, seja de vereador ou qualquer outra pessoa. As pautas que ela defendia poderiam ameaçar interesses. Isso que aconteceu é alguém querendo dar recado, mas não vamos nos calar, ninguém vai nos calar", disse.
Fonte. Jornao O Dia

segunda-feira, 12 de março de 2018

MULHERES PROTESTAM CONTRA CÁRMEN LÚCIA NO STF

Nova Iguaçu realiza Dia D Vacinação contra a gripe

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu (Semus) vai fazer, neste sábado (13), uma grande mobilização para participar do Dia D de Vaci...