segunda-feira, 27 de maio de 2013

A ascensão meteórica da juventude funkeira

Cachês polpudos de MCs e dançarinos garantem às famílias um salto na qualidade de vida Brunninha (de preto) canta durante baile de debutante. Agenda da artista é lotada de festas Foto: Divulgação Brunninha (de preto) canta durante baile de debutante. Agenda da artista é lotada de festas Divulgação RIO - Eles são jovens, ricos, famosos, usam joias e roupas de grife e compram carros importados e motos poderosas. E, acredite, não jogam futebol. O estouro do funk light nas paradas de sucesso está criando uma geração de MCs e dançarinos que, não raras vezes, ganham o primeiro R$ 1 milhão antes mesmo de chegar à maioridade. Em sintonia com o pancadão que faz a classe média descer até o chão, uma leva de artistas enche o cofrinho numa velocidade que poucas profissões permitem. E esse dinheiro vai alçá-los a um novo patamar de consumo. Para os iniciantes, o cachê parte de R$ 1 mil. Nada mal para quem se desdobra em até 15 shows num único fim de semana. A partir daí, a progressão é geométrica. Se a música, além de bombar nas redes sociais, tocar nas rádios, o cachê pula para R$ 10 mil. E quando o clima chega lá no alto, como aconteceu com o cantor Naldo, uma única apresentação pode render R$ 250 mil. Casamentos e bailes de debutantes nas agendas Fazer shows não é a única fonte de renda dos funkeiros, que andam com as agendas lotadas de apresentações em casamentos, bailes de debutantes e feiras de agropecuária, que rendem cachês a partir de R$ 5 mil. A chegada ao Olimpo, porém, não significa abandonar as raízes. Dinheiro para morar em endereços mais sofisticados não falta, mas raramente um MC em ascensão abre mão de sua comunidade. Nego do Borel, por exemplo, já tem carrão importado, mas vive no morro. A casa da família ganhou melhorias. Viviane Queiroz, de 18 anos, a MC Pocahontas, constrói para a mãe uma casa duplex, com piscina, em Campos Elíseos, em Caxias, onde nasceu e se criou. Expoente do funk de ostentação, ela é capaz de gastar R$ 10 mil numa loja de bolsas. Antes de se jogar no consumismo, porém, teve uma preocupação: — Três meses após virar MC, avisei à minha mãe que ela não ia mais precisar trabalhar como doméstica porque eu ia bancá-la. Quero dar o melhor para ela. A mãe, Marinês de Queiroz, de 48 anos, orgulha-se de ter enfrentado críticas quando permitiu que a filha, então menor de idade, virasse funkeira: — Estava certa quando a deixei realizar esse sonho. Não diferente é a história de Brunninha, a Princesinha do Funk. A jovem, de 19 anos, vive com a mãe e dois irmãos em Tomás Coelho. A fama não a fez mudar de endereço, mas alterou, e muito, a qualidade de vida da família graças aos cachês. — Minha família vem em primeiro lugar — diz ela. No caso do MC Jean, de 19 anos, da Rocinha, ajudar a mãe também é prioridade. Porém, de olho num futuro profissional mais sólido, ele investe parte dos cachês em sua formação artística. Jean é uma exceção, pois não largou a escola, como muitos jovens: — Faço aulas de canto e violão. Após o Ensino Médio, vou pensar na faculdade. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/a-ascensao-meteorica-da-juventude-funkeira-8506734#ixzz2UYzOYkbK FONTE O GLOBO

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