Nota de esclarecimento sobre fatos da 7ª PARADA LGBT DE NOVA IGUAÇU

Nota de esclarecimento Venho através deste, agradecer a presença de todos (as) na 7ª PARADA LGBT DE NOVA IGUAÇU, mas sinto-me na obrigação de fazer alguns esclarecimentos: 1. .Respondia juridicamente pelo evento, ou seja, caso acontecesse algum acidente, e precisasse processar alguém não seria uma equipe que teria que ser processando, mesmo tendo uma equipe, ou comitê organizador de uma Parada ou qualquer evento social de grande proporção às autoridades precisam saber quem se responsabilizar pelos danos (Caso aconteçam). 2. Montei um comitê organizador, ou comissão organizadora, como queiram chamar, já que ninguém faz nada sozinho e que uma parada não é objeto de uma pessoa comunidade ou grupo social, é da comunidade LGBT, mas também de todo mundo, já que o objetivo é buscar aliados na luta por uma sociedade sem homofobia, com políticas publicas voltada para a comunidade LGBT etc. 3. Estava entendendo que todas as decisões eram feitas em conjunto, ou seja, mesmo sendo o coordenador geral sempre procurei escutar vários atores sociais envolvidos no evento, sempre que tomava alguma decisão referente ao mesmo, reciprocidade que não houve no dia da parada. 4. Não sabia da apresentação do Filme Igayçu na parada, sabia sim que seria na Boite Exclusive. 5. Sobre contatos e convites aos artistas da cidade eles devem cobrar isso não de mim, mas de quem os convidou. Entendo que mesmo sendo uma apresentação sem fins lucrativos (com deve ser uma parada) as partes envolvidas devem fazer um contrato, escrever algo, já para evitar que tais aborrecimentos aconteçam. 6. 7. Eu conhecia a Samantha da Festa Avessos através da Lanna Volkman faltando poucos dias para o evento. A mesma se dispôs a ajudar na coordenação e não vendo motivos para dizer não, já que ela também tinha interesse que a parada fosse vitoriosa, como foi! Eu particularmente fiquei grande parte da parada no Trio da Festa Avessos e acho toda contribuição seria bem vinda, principalmente de um evento tão divulgado no meio LGBT como é a FESTA AVESSOS. 8. Portanto, já prevendo que os responsáveis dos trios, não cumpririam com sua palavra dada, elaborei um documento, registrando em cartório, onde constava a responsabilidade de ambos envolvidos no evento, tais como quantidade de pessoas nos trios, a venda de abadas, a presença de crianças no trio, a proibição de propaganda partidária, dentre outras questões de segurança e de responsabilidade que poderíamos realizar um evento com esta proporção sem ter obrigação de ouvir gracejos, críticas pejorativas referentes à minha pessoa, ou até mesmo reclamação pela falta de respeito que tiveram uns com os outros no dia da parada. 9. Eu particularmente não tinha nenhum trio iria ao trio oficial, depois quando percebi que a maioria não cumpriu o contrato eu poderia ter feito várias coisas entre as quais: - Comunicar o fato as autoridades sobre o descumprimento dos responsáveis pelos trios que poderiam ter comprometido todo o evento porque não se preocuparam em colocar gente responsável em volta dos trios, tive que ficar pessoalmente me indispondo com as pessoas embriagadas e até violentas que ficaram ao redor dos referidos trios, atrapalhando o transito , pondo sua vida e a vida de terceiros em risco, enquanto isso os responsáveis dos trios ficavam desfrutando dos seus coquetéis (oferecidos somente os deuses sabem por quem) e não estavam nem se preocupando sobre o que se passava ao redor enquanto tinha uma pessoa que estava trabalhando de apoio, cordeiro, otário, sei lá qual o nome que me poderiam dar naquele momento, mas sabendo da minha responsabilidade política e jurídica que tenho com o evento fiquei ali tentando administrar o caos. 10. Quando faltavam poucos minutos para o evento sair a Lanna Veio me dizer que o trio oferecido pelo Miguel Bonfim não poderia ser o oficial haja vista que não tinha o equipamento para o DJ tocar. 11. Imediatamente fiz uma reunião emergencial com todos os responsáveis dos trios e com a direção dos grupos LGBTs inclusive com o Sr. Paulo Vieira representando no momento a direção do grupo 28 de junho, porque mesmo sendo vice-presidente estava ali como coordenador do evento e teria obrigação de ouvir a todos para poder ter uma posição mais sensata, e sem rodeios falei; Preciso da opinião de vocês, este é um problema concreto e quero saber sobre qual posição tomar. 12. Todos que se encontravam na reunião acharam que as falas de convidados, autoridades, representantes do movimento social etc., seriam no Trio comandando pelo Geovane presidente do grupo 28 de junho e o show de encerramento no Trio da festa Avesso. 13. Mas, depois dessa reunião já começamos a ter problemas: A - Fizeram a abertura do evento sem a presença da minha pessoa no trio, que já achei uma deselegância. B-Muitos representantes não conseguiram subir nem no trio do grupo 28 de junho e nem da festa avessos. Todavia começou toda uma situação constrangedora e já sabendo da falta de respeito para comigo e com o próprio documento que assinaram o que eu poderia ter feito era parar o evento comunicar os fatos as autoridades e assim o constrangimento não seria para um pequeno grupo, (incluindo minha pessoa, Dj Ale, Helio Viana, o ator Junior Gazeta e o namorado, Neno Simone Girão), dentre outras pessoas. O vexame e desrespeito seriam para todas as pessoas que estavam ocupando toda a extensão da Via Light somando mais de cem mil pessoas. Acredito que isso tudo foi orquestrado exatamente para me desestabilizar politicamente e emocionalmente, para que eu chamasse as autoridades e até proibisse o evento de prosseguir. Mas acho que no momento não tive mais opção a não ser torcer para acabar logo aquela situação super chata e constrangedora, não somente para mim como também para os demais convidados. 14. Como se não bastasse essa falta de palavra e compromisso, os responsáveis dos trios começaram a fazer campanha política partidária, enchendo o trio elétrico de candidatos como aconteceu com o trio que estava sob a responsabilidade da diretoria do grupo 28 de junho o qual “sou um dos fundadores e atualmente respondo como vice-presidente”. 15. Poucos minutos depois da parada sair, os grupos da capital começaram com um show particular de escândalos, bate boca, envolvendo os seguintes grupos: Grupo LGBT da Maré, grupo Arco íris, (Copacabana) diretores do grupo 28 de junho, e Sharlene representante da Superintendência de direitos humanos da secretaria Estadual de ação Social, que tem a frente o Sr. Cláudio Nascimento o bate boca girava em torno da discussão de que a parada da Maré não era reconhecida pelos grupos da capital, que eles eram contra a criação da delegacia para LGBT etc., ou seja, mesmo havendo um fórum especifico para discutir essa e demais questões referentes à política pública para LGBT esse povo achou que deveria trazer a “roupa suja e lavar na” Via Light um verdadeiro Show de baixaria, mesmo A Loren Alexander do MGTT e organizadora tentando apaziguar os ânimos o espetáculo de 5ª categoria dos grupos da capital em parceria com alguns diretores do grupo 28 de junho, durou mais de 20 minutos. 16. Gostaria de registrar que em toda minha militância de 1989 até agora nunca vi militantes de Nova Iguaçu fazer algum vexame em alguma parada gay da capital, aliás, nas referidas paradas O povo da Baixada é sempre ignorado e se for chamado a falar algo tem que faze - lo em segundos, enquanto eles se acham no direito der passar mais de 20 (vinte) minutos se digladiando e com trocas de acusações em nossa 7ª PARADA LGBT DE NOVA IGUAÇU . Realmente Lamentável. Finalizando gostaria que as pessoas que se sentiram discriminadas e até constrangidas tenham entendido a minha explicação que foi exatamente o que aconteceu e não teria motivos para inventar tudo isso, porque queiram ou não já deixei a minha história na cidade de Nova Iguaçu e região que sempre foi realizada com muito sacrifício e luta e jamais me locupletei com recurso da AIDS etc. Ainda não sei que mais posição tomar sobre este fato, Estarei conversando com o meu advogado e somente na segunda feira poderei tomar mais alguma atitude alem desta carta de esclarecimentos. Em nome da coordenação geral da 7ª PARADA LGBT DE NOVA IGUAÇU, peço desculpas a todos (as) e desde já conto com o apoio para que fatos lamentáveis como estes não sejam mais praticados porque a luta contra a homofobia não é de uma pessoa somente, mas de toda a sociedade, principalmente daqueles que sentem na pele o preconceito e a exclusão social por causa da sua orientação sexual. A parada LGBT de Nova Iguaçu cresce a cada ano e em 2011 fará parte do calendário oficial da cidade. Nova Iguaçu 1º de setembro de 2010 Cordialmente Eugenio Ibiapino Coordenador Geral a 7ª PARADA LGBT de Nova Iguaçu Vice-presidente do grupo 28 de junho Tel. 21- 93628785