Terreiro na Baixada Fluminense completa 130 anos e pode virar patrimônio cultural
A casa simples no número 1.029 da Rua Florisbela, em Coelho da Rocha, São João de Meriti, esconde mais de um século de vida e uma história pioneira entre os centros de candomblé do Rio. O terreiro Ilé Àsé Òpó Afònjá (que significa casa de força sustentada por Afònjá, uma qualidade de Xangô) é considerado o primeiro da nação Ketu — uma etnia africana — no estado. Livro conta história do Ilé Àsé Òpó Afònjá Foto: Cléber Júnior / Extra As atividades começaram em 1886 na Pedra do Sal, Zona Portuária, onde os escravos vindos da África desembarcavam no passado. Após várias mudanças para fugir da intolerância religiosa (veja na página 9 por onde a casa passou), o centro se estabeleceu em Meriti em 1944, e lá está até hoje. Quem coordena tudo por lá atualmente é a Mãe Regina Lúcia D’Yemonjá, da quarta geração descendente de Mãe Aninha de Xangô, responsável por abrir o terreiro há 130 anos (também na página 9, confira as mães de santo que passaram pelo local). Mãe Regina pertenc...