segunda-feira, 18 de abril de 2016

Prefeito elogiado por deputada em voto a favor do impeachment é preso pela PF

O prefeito da cidade de Montes Claros (MG), Ruy Adriano Borges (PRB), foi preso pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (18). Ele é acusado de prejudicar o atendimento na rede pública de saúde para favorecer um hospital privado pertencente à sua família. De acordo com informações do portal G1, Borges (também conhecido como Ruy Muniz) teria usado meios fraudulentos para inviabilizar o funcionamento das unidades públicas de saúde que atendiam pelo SUS, a fim de favorecer o Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira – construído em 2013 pelo grupo Funorte/Soebras, cuja presidência na época era ocupada pela mulher de Ruy Borges, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG). A secretária de saúde da cidade, Ana Paula Nascimento, também foi detida pela PF. As medidas fazem parte da Operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde, que investiga fraudes como falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato. Além das prisões preventivas dos dois, foram cumpridos outros quatro mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal. Caso sejam condenados, as penas máximas podem passar de 30 anos. ‘O Brasil que deu certo’? No último domingo (17), Ruy Adriano Borges foi citado durante o voto de Raquel Muniz, a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, como um exemplo do “Brasil que deu certo”. “O meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão”, disse Muniz antes de citar os filhos, a neta e a mãe como justificativas para a sua posição. A prefeitura de Montes Claros, por sua vez, respondeu às acusações. “A administração tem plena convicção de que a decisão absurda será revertida com a maior brevidade possível, por entender que a Justiça Federal foi induzida ao erro ao receber informações que não se harmonizam com a verdade”, afirmou o órgão em nota, que também alegava que o prefeito provocou uma “perseguição política” contra ele e a secretária ao propor mudanças no sistema de saúde do município.

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