Segundo a investigação, os internos viviam em condições insalubres e, quando tentavam fugir, eram sofriam castigos como privação de alimentos, agressões físicas e suspensão de visitas de parentes.
As investigações sobre a Comunidade Terapêutica Recomeçar começaram em outubro de 2024 depois da morte de um interno que foi levado ao Hospital municipal São Francisco Xavier com pneumonia. A partir desse caso, a Polícia Civil passou a apurar denúncias de maus-tratos na clínica, que funcionava clandestinamente num imóvel na Rua Dona Elizabeth.
Durante a investigação, os agentes reuniram informações de que os responsáveis pela comunidade terapêutica também cometiam abusos contra pessoas que pagavam pelo tratamento de dependência química. Mesmo contratando o serviço, esses pacientes eram mantidos internados à força.
A Justiça expediu um mandado de busca e verificação, que foi cumprido nesta quinta. De acordo com os agentes, os internos resgatados estavam em situação degradante. Eles eram vigiados por dois administradores e nove monitores, que foram presos e responderão pelos crimes de sequestro e cárcere privado e associação criminosa.
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