quarta-feira, 21 de maio de 2025

Equipes do Ministério dos Direitos Humanos irão ao cemitério de Ricardo de Albuquerque para identificar desaparecidos da Ditadura

Cemitério de Ricardo de Albuquerque recebe visita do Ministério dos Direitos Humanos

Ação faz parte de agenda da pasta na cidade ao longo da semana


Está marcada para esta quarta-feira (21) a visita de equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. A diligência pretende fazer um diagnóstico das condições de restos mortais para tentar identificar ao menos 15 desaparecidos políticos da Ditadura Militar que foram enterrados no local naquele período.

Esta ação no cemitério dará continuidade a um levantamento de informações e indicação de possíveis locais em que os corpos de desaparecidos políticos foram enterrados, ocultados ou destruídos, processo iniciado em 2017. Será coletado material para realização de exames de DNA. De acordo com a pasta federal, estarão presentes integrantes da Equipe de Identificação de Mortos e Desaparecidos Políticos (EIMDP) e da Coordenação-Geral de Políticas de Memória e Verdade, ambas vinculadas ao ministério.

Desde 2024, o Cemitério de Ricardo de Albuquerque, atualmente administrado pela concessionária Reviver, integra a lista de locais prioritários do ministério, já que é um dos pontos ligados ao período de repressão. No espaço, está erguido o Monumento Tortura Nunca Mais, instalado onde antes havia uma vala com ossadas dessas vítimas, misturadas a restos mortais de mais de 2 mil pessoas sepultadas como indigentes nos primeiros anos da década de 1970.

Monumento Tortura Nunca Mais no Cemitério de Ricardo de Albuquerque — Foto: Divulgação
Monumento Tortura Nunca Mais no Cemitério de Ricardo de Albuquerque — Foto: Divulgação

A agenda da pasta no Rio — que faz parte da retomada de atividades da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), reinstalada em 2024 — continua na quinta-feira, quando, às 16h, uma audiência pública no Auditório do Arquivo Nacional, no centro do Rio, irá promover um diálogo entre a sociedade civil e autoridades sobre os trabalhos da comissão até o momento. Um plano de atividades necessárias a partir das constatações obtidas a partir das diligências em Ricardo de Albuquerque também estará em pauta.

Fonte.Jornal Extra

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