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'Além de macumbeiro, é viado', disse homem que atirou várias vezes contra pai de santo em Mauá (SP) — Foto: Reprodução/Instagram
Leandro foi levado ao Hospital Nardini, onde passou por cirurgias; quadro de saúde é considerado estável.
Um pai de santo de 43 anos foi vítima de ataque homofóbico e racista religioso na madrugada do último sábado, dia 17 de maio, na cidade de Mauá, em São Paulo. Leandro Teixeira dos Santos, conhecido como Pai Leandro de Oyá, foi baleado à queima-roupa após deixar um rito de candomblé, enquanto caminhava pela rua com vestes brancas ligadas à Segundo o relato da vítima, o atirador o teria insultado verbalmente, a princípio, e o chamou de "viado". Depois, o homem foi em casa, buscou uma arma de fogo, retornou à rua e disparou diversas vezes contra as pernas de Leandro, atingindo ambas.religião de matriz africana.
Socorrido, Leandro foi levado ao Hospital Nardini, em Mauá, onde passou por cirurgias. Seu quadro de saúde, segundo o g1, é estável, e a recuperação tem sido considerada positiva.
Outro pai de santo, o babalorixá Sidnei Barreto Nogueira, usou as redes sociais para denunciar o ocorrido.
— Pai Leandro de Oyá tem comunidade de candomblé [em Mauá] há muitos anos. Mora no bairro há 40 anos. Todo mundo conhece, acolhe todo mundo, cuida de todo mundo. É gravíssimo, é assustador — disse.
O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Mauá como posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, lesão corporal e injúria por preconceito (com base em raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional).
— Eu me sinto extremamente agredido, usurpado dos meus direitos de não poder exercer aquilo que é mais precioso na minha vida, que é o candomblé. E me sinto ultrajado. Foi por nada A pessoa voltou para casa, para depois pegar a arma e vir atirar em mim — afirmou Leandro.
Em entrevista ao g1, Sidnei Barreto afirmou que o crime reflete a violência sistemática contra as religiões de matriz africana.
— É um absurdo. Você não pode andar na rua com roupa de ritual? Se a pessoa não gostou, ela pega uma arma e atira? Isso é a barbárie. O cara falou: "Além de macumbeiro, é viado" — relatou.
Leandro declarou que pretende acompanhar de perto o processo contra o agressor, que segue preso.
— Agora é seguir em frente, abrir as denúncias e dar prosseguimento ao processo contra a pessoa.
Fonte.Jornal Extra
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