Exposição ‘Pra curar o Banzo’ visita dores e vitórias de artista negra em Nova Iguaçu
No mês da consciência negra, artista Suelen Sousa, de Nova Iguaçu, revisita sentimentos pessoais em cores vivas e pinta como processo de cura
A palavra “Banzo” é um conceito existencial relacionado ao sentimento das pessoas negras em privação de liberdade durante o período da escravidão, quando muitos, em depressão, tiraram a própria vida. Significa a melancolia e nostalgia em relação à terra natal e a aversão ao cárcere.
— A ideia do título para exposição foi que, para curar toda a dor que eu tinha dentro de mim, eu precisava simplesmente expressá-la. Essa dor foi provocada pelo período de pandemia e também pelo luto que passei após o falecimento do meu avô, onde pude ressignificar com muito carinho em “O perfil do amor” e “Já falei que te amo hoje?” — conta ela.
Sua cura está demonstrada em obras como ‘Dia de Vitória’, em que a frase “Meu diploma é alforria” aparece. — Pintei no período que consegui uma bolsa do ProUni para cursar artes — explica ela.
— Sou professora por formação e artista visual autodidata. Comecei a pintar aos 18 anos, na pandemia, e agora estou cursando licenciatura em Artes Visuais para que possa continuar contribuindo como arte educadora — diz.
Serviço:
Exposição “Pra curar o Banzo”
Onde? Galeria de Artes Fenig. Rua Governador Portela, 812, 2º andar, Centro de Nova Iguaçu.
Quando? Até o dia 6 de dezembro, de segunda a sexta-feira, 9 às 17h.
Quanto? Gratuito.
Fonte.Jornal Extra
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