De acordo com o ministro, integrantes do grupo terrorista fizeram juramento de lealdade ao Estado Islâmico pela internet. Um deles teria entrado em contato com um site no Paraguai para comprar um fuzil AK 47. O grupo também trocou mensagem comemorando os atentados em Nice, na França, no dia 14 de julho, que matou 84 pessoas.
ramento. Na sequência, houve uma série de atos preparatórios. Depois, esse grupo passou a entender que, com as Olimpíadas, o Brasil poderia se tornar uma alvo — relatou Moraes, na época.
Segundo a Justiça Federal, quebras de sigilo de dados e telefônicos revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, além do uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos.
Após as ameaças, o FBI (Polícia Federal americana), a CIA (o serviço de inteligência dos Estados Unidos) e Mossad (serviço secreto de Israel), além de agentes de mais de 50 países ajudaram o Brasil a monitorar a segurança dos Jogos. As investigações também contaram com apoio do centro antiterrorismo internacional, com especialistas de países como EUA, Grã-Bretanha, França e Espanha.
Oito réus foram condenados
A Lei de Terrorismo sancionada em 2016 foi a base para a condenação de oito réus presos na Operação Hashtag. Os envolvidos responderam, entre outros crimes, por promoverem a recrutamento de pessoas para o Estado Islâmico, organização terrorista com forte presença no Oriente Médio.
O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, explicou que os réus criaram comunidades virtuais no Facebook e em aplicativos de mensagens instantâneas para defender a supremacia da religião islâmica e o desprezo e a discriminação de quem integre grupo com visões de mundo, étnica, religiosa, estética ou sexual distintas. Os réus negavam prática terrorista na internet.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
Entenda a Operação Trapiche
Nesta quarta-feira (8), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra terroristas ligados ao grupo radical libanês Hezbollah. Dois homens foram presos e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Segundo os investigadores, eles eram financiados e foram aliciados pelo Hezbollah. Os dois presos são brasileiros e há outros dois alvos de pedido de prisão que estão no Líbano.
Conforme divulgado pela colunista Bela Megale, o grupo planejava promover atentados contra prédios da comunidade judaica no Brasil, inclusive sinagogas, aponta a investigação. Os dois presos são brasileiros e há outros dois alvos de pedido de prisão que estão no Líbano.
Um dos presos foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao chegar de uma viagem do Líbano. A PF acredita que ele já chegou com informações para praticar os ataques. O outro foi preso em São Paulo.
Batizada de operação Trapiche, a ação mira um grupo que tinha o objetivo de promover “atos preparatórios de terrorismo”, segundo a nota da corporação.
Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Fonte.Jornal Extra
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