segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Hitler renasce em Israel, diz o presidente colombiano


Em texto publicado no X, Petro critica o assassinato de 1.030 crianças na Palestina: "Hitler volta idêntico com seus campos de concentração e a destruição total das cidades"

Gustavo Petro, Benjamin Netanyahu e a violência israelense na Faixa de Gaza

Gustavo Petro, Benjamin Netanyahu e a violência israelense na Faixa de Gaza (Foto: Reuters)

Por Gustavo Petro, presidente da Colômbia - Há 1.030 meninos e meninas assassinados na Palestina. A barbárie. A cada 15 minutos uma criança é assassinada na terra onde surgiu uma religião baseada no amor. Na Colômbia, 350 crianças foram mortas em bombardeamentos neste século e 6.402 jovens desarmados foram assassinados em apenas alguns anos.

Muitos dos que hoje se consideram membros daquela religião do amor já não defendem as crianças em perigo, mas sim Herodes libertados.

Fui acusado de ser antissemita e de apoiar o Hamas. Ignorante. Não posso defender uma organização que apoia a fusão entre Religião e Estado porque lutamos contra isso no nosso próprio país, e porque a visão daqueles que acreditam ser o povo eleito e a raça superior leva ao massacre de outros povos.

Nem eu, nem meus pais e avós biológicos ou ideológicos estivemos com Hitler como se a oligarquia e a imprensa que me ataca o fizessem.

Estão ressuscitando Hitler em tempos de crise climática e ele volta idêntico com seus campos de concentração e a destruição total das cidades. Hitler renasce como uma prática de poder político e económico sobre a própria divisão da humanidade, sobre as suas fraquezas e medos. O medo de ser diferente é o pai de Hitler.

É o medo de ser diferente que faz o poder político da Europa aplaudir a expulsão dos palestinianos para o sul. Ele se oporia com armas nos dentes se a expulsão fosse para o norte.

A democracia ainda tem sua chance. Essa oportunidade se apega à paz, se apega à vida da humanidade e do planeta.

Aquela vida integral do homem e da natureza que não pode ser defendida senão através da unidade das diferenças. A exigência de diferença mata Hitler.

A democracia global é a voz poderosa do Sul que se faz ouvir. Os povos condenados da terra estão ao sul e devem gritar hoje porque na tempestade desencadeada por uma atmosfera danificada pelos gases provenientes do enorme consumo do norte e das suas riquezas, eles podem perecer.

O consumo de riqueza de hoje baseia-se na morte de outros e só cresce se aumentar a indiferença e conseguir acabar com a democracia.

A indiferença é o que permite aplaudir aqueles que ordenaram a morte dos nossos 6.402 jovens inocentes sob as armas do Estado e aqueles que assassinaram 1.030 crianças bombardeadas na Palestina.

Hoje a Colômbia e o mundo escolhem entre a esperança e a barbárie.

Fonte.Por Gustavo Petro, presidente da Colômbia 

Brasil247.com


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