segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Mãe de professora carbonizada era contra relacionamento da filha com adolescente suspeita de participação no crime

A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi morta; seu corpo foi encontrado carbonizado

Vitória conheceu a jovem de 14 anos pelo Instagram e, após o rompimento, a professora teria bloqueado a garota nas redes sociais.

Em depoimento à polícia, a mãe da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, encontrada carbonizada na última sexta-feira, disse que não aprovada o relacionamento da filha com a adolescente de 14 anos, suspeita de participação no crime. Ela foi apreendida no último sábado e a mãe, Paula Custódio Vasconcelos, de 33 anos, presa. As duas foram detidas quando fugiam, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Vitória conheceu a adolescente pelo Instagram e, após o rompimento, a professora teria bloqueado a garota nas redes sociais. Em depoimento, a jovem contou que não se encontrava com Vitória há um mês, e que elas se separaram pela sua pouca idade.

No depoimento, a mãe da professora contou que reprovava o relacionamento da filha com a adolescente e que só encontrou com a jovem em três ocasiões, em sua casa, na companhia de Vitória. Mas que nem chegou a saber qual era o nome da adolescente.

Vitoria era professora contratada do município há quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo.

Segundo relato de uma testemunha, a professora fez um desabafo no dia em que desapareceu. Cansada de arcar com despesas de Paula e sua filha, a vítima teria dito que já havia ajudado bastante a família e que não tinha mais condições. Paula apareceu na escola acompanhada do irmão para dizer que a filha não havia aceitado bem o fim do namoro e pediu que as duas conversassem “fora do seu local de trabalho”.

Um amigo da vítima, também funcionário da escola, contou à polícia que sugeriu a Vitória que encontrasse com a mulher em um local público, “de preferência um shopping, onde tem muitas pessoas”. De acordo com funcionários do colégio, o filho de Paula estuda na unidade, motivo pelo qual ela conseguiu entrar no estabelecimento com facilidade naquele dia.

Naquele mesmo dia, a professora visitou a própria mãe por volta das 21h. Ao sair de lá, teria ido ao encontro de Paula, e não foi mais vista. Nesse mesmo dia, várias transferências foram feitas pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula. Ele ainda não foi encontrado pela polícia.

Em depoimento, a mãe de Vitória contou que o último contato com a filha foi às 5h do dia em que foi morta, quando a vítima afirmou — com voz de choro — ter sido sequestrada e que não sabia informar a localização, mas que precisava que a mãe pagasse R$ 2 mil aos criminosos. A mãe da professora não informou quantas ligações foram feitas, mas disse que, em meio às tentativas de falar novamente com a filha, foi atendida por um homem e uma mulher, que ressaltavam o pedido por dinheiro.

Já a adolescente de 14 anos disse à polícia, após ser apreendida, não ter envolvimento com o crime. De acordo com ela, na noite em que Vitória desapareceu, em 10 de agosto, ela tomara um remédio e, quando acordou, estranhou que a mãe não estava em casa. Ao questionar seu irmão, de 16 anos, ele respondera que a mãe havia ido à Mercearia Rosa — local para o qual, posteriormente, foi identificada uma transferência via PIX da conta bancária da família da vítima.


O último anotado diz respeito ao crime no qual ela foi presa no sábado (12), fichado como "extorsão mediante sequestro". A Polícia Civil ainda investiga o assassinato da professora, que pode ser incluído no mesmo caso.

Fonte.Jornal Extra

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