segunda-feira, 12 de junho de 2023

Juiz expulsa de audiência advogado negro que serviu água a testemunha (vídeos)

Audiência na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande (MS)

Audiência na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande (MS) (Foto: Redes sociais/Reproduçã

"Tira a água, que eu não autorizei", disse o juiz Carlos Alberto Garcete. Uma entidade foi ao CNJ contra o magistrado e outra instituição deu posição favorável a ele.

247 - O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande (MS), expulsou o advogado criminalista Willer de Almeida de uma audiência porque ele ofereceu água a uma testemunha. O caso ocorreu em 19 de maio, mas o vídeo ganhou repercussão em redes sociais nos últimos dias. De acordo com as imagens, Willer posiciona um copo de vidro com água onde a mulher está sentada. Os relatos foram publicados nesta segunda-feira (12) pelo jornal Metrópoles.

 O juiz chama a atenção do advogado. "Tira a água, que eu não autorizei. O senhor não está aqui para servir água para as pessoas. O senhor está aqui como advogado. O copo com vidro não é autorizado, a função do senhor não é servir água aqui. O juiz conduz a audiência e decide aqui. Quem desrespeita isso é retirado, não importa quem seja", disse Garcete. O advogado retirou o copo da mesa onde estava a testemunha.


Um advogado negro entregou um copo d'água para uma testemunha durante uma audiência e por isso foi expulso pelo juiz. A situação foi classificada como "humilhante e preconceituosa”. Conversei com o advogado envolvido. O texto ta no site da @pontejornalismo
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➡️ Juiz expulsa de audiência advogado negro que serviu água a testemunha Juiz de Campo Grande (MS) mandou retirar advogado de audiência após divergência por copo de vidro com água Leia: bit.ly/43rwqYN
Juiz expulsa advogado negro em MS por servir água a testemunha

O também advogado Pablo Gusmão defendeu Willer, que é seu sócio, e também foi retirado da audiência, que foi suspensa. A Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) entrou com uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz. De acordo com a Abracim, Garcete teve "conduta desrespeitosa, humilhante e preconceituosa" para com os advogados.

A Associação dos Magistrados do Mato Grosso do Sul (Amamsul) concordou com a decisão do magistrado. "É dever de todo e qualquer juiz, ao presidir audiência, manter a regularidade dos trabalhos, a disciplina e o decoro durante o curso do processo, evitando a prática de atos capazes de prejudicar a regular tramitação do feito", afirmou o grupo.

Fonte.Brasil247.com


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