Dias de luta!

(Foto: Clarissa Paiva/Divulgação/BdF)

Os professores do Estado do Rio de Janeiro entraram em greve no último dia 17, já que o governo não cumpriu o pagamento do piso prometido.

Vivemos dias sombrios em nosso Brasil. Há uma atmosfera de censura no ar. No entanto, o sustentáculo de um povo, a educação está no calabouço; presa pelos grilhões dos baixos salários e do ensino de baixíssima qualidade. É óbvio, que um país deseducado gera miséria. É miséria que vejo nas ruas.

Em ruas do Rio de Janeiro, que é um Estado que já foi a capital do Brasil, é de se prantear assistir um jovem sem camisa, deitado ao relento, como vi outro dia em pleno centro carioca, ele gemia e pedia comida, mal conseguia falar, estava coberto por finíssimo cobertor encardido. E o que o separa da dor do professor mal remunerado? É aproximadamente 1.500 a 2.000 reais. 

Me sinto à vontade de repetir muitas vezes, que um professor concursado do Estado do Rio de Janeiro, que cumpre jornada de 18 h semanais e recebe piso de 1.500 reais, sem nenhum adicional que o proteja da violência estupenda que assola, em especial no município do Rio de Janeiro: é um escravo. Alguém que “queimou as pestanas”, no mínimo por quatro anos, pode pagar um aluguel descente, para abrigar seu esqueleto e o de sua família... Com este valor indecoroso? Impossível.

Então, na verdade, dentro da vitória magnífica do presidente Lula, vemos a derrota de um grupo de pessoas imprescindíveis ao progresso da nação: os professores.

Eu sou a favor de um piso de pelo menos 8.000 reais para este profissional que sofre de toda forma em meio a corrupção sistêmica do país, vejamos: “Servidores da Educação Estadual do RJ são Atacados pelo Governador Bolsonarista.

Governador ataca o nosso Plano de Cargos e Salários, achata salários, não cumpre a Lei do Piso na Integra e IRONIZA dizendo ser esse o ano da educação. 

A categoria NÃO pode permitir esse ataque. LUTE contra esse ataque do CC da Ceperj /mochileiro/da rachadinha na UERJ”.

Obs.: Em 18/5/23 (quinta-feira) às 14h no Largo do Machado para passeata ao Palácio Guanabara”: Fala de um professor estadual. 

A educação realmente geme e chora: a lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base curricular

Tal termo: flexível significa a criação de percursos literários que forjaram disciplinas como “Aula de brigadeiro” no lugar de disciplinas como química, por exemplo. “O que rola por aí” também é o nome de outra disciplina componente da grade curricular, que consta da nova “deforma” do Ensino Médio.

O breve histórico acima aponta que a tal nova orientação curricular é golpista e tem o objetivo geral de ofertar minimamente qualidade de ensino para os brasileiros.

 No entanto, o aluno terá sua formação básica ainda mais esvaziada. Para se ter uma ideia, História do Brasil não aparece no currículo repleto de menções ao marketing e empreendedorismo. E o profissional ficará muito aquém daquela que é mantida por redes públicas estaduais, como o Centro Paula Souza, e federais, em cujas escolas há laboratórios, professores capacitados e equipamentos para cursos de ponta.

No estado de São Paulo, que tem um modelo semelhante ao adotado no restante do país, a Secretaria Estadual de Educação apresentou aos alunos 11 itinerários formativos como percursos de aprofundamento da formação geral fundamentada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O Comprometimento de revogação de esta terrível reforma ainda não ocorreu, vejamos o fragmento abaixo.

“O governo vem sendo pressionado por entidades estudantis, associações educacionais e até por aliados do próprio PT a rever a reforma, aprovada em 2017 no governo do ex-presidente Michel Temer. Santana enfatizou, porém, que a reforma do Ensino Médio não foi revogada.

Os professores do Estado do Rio de Janeiro entraram em greve no último dia 17, já que o governo não cumpriu o pagamento do piso prometido. A categoria está sendo esmagada e está sem reajuste há mais de 10 anos. Muitos passam necessidade. Eu sei de casos. Pagar aluguel e comer é impossível para a classe dos docente, com a impiedade do salários como carro-chefe de sua imobilidade social.

#ValReiterjornalismohistórico

Fonte.brasil247.com

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