A cada hora, 11 brasileiros são internados com câncer de intestino

 


A cada hora, 11 brasileiros são internados com câncer de intestino
Fidel Forato
qua., 15 de março de 2023 11:45 AM BRT
Casos de câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, estão se tornando mais comuns entre os brasileiros, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Hoje, a doença já é um desafio para a saúde pública. Em média, a cada uma hora, 11 pacientes são internados em decorrência deste tipo de tumor no Sistema Único de Saúde (SUS).

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Por dia, são 265 internações relacionadas com o câncer de intestino na rede pública, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (Sbcp) e da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). A questão ganha ainda mais destaque durante o março azul-marinho, mês voltado para a conscientização deste tipo de tumor que afeta o cólon e o reto.

Casos de câncer colorretal no Brasil
Cabe destacar que o número de internações relacionadas ao câncer de intestino em 2022 é o maior da década, calculado em 96,7 mil, segundo levantamento do grupo de entidades médicas. Entre 2013 e o ano passado, foram mais de 768,6 mil hospitalizações no SUS. Aqui, é preciso considerar que os indicadores estão subnotificados, já que não consideram os casos atendidos pelo sistema privado de saúde.

Para este ano, o Inca estima 45,6 mil novos diagnósticos envolvendo tumores no cólon e no reto, sendo 21,9 mil entre homens e 23,3 mil entre mulheres. Neste contexto, o risco estimado para o câncer colorretal é de 21,1 casos para cada 100 mil habitantes de uma região.



No Brasil, 11 pacientes são internados por hora com alguma complicação relacionada ao câncer de intestino (Imagem: Julost/Envato)
No Brasil, 11 pacientes são internados por hora com alguma complicação relacionada ao câncer de intestino (Imagem: Julost/Envato)
Diagnóstico precoce aumenta chances de cura do câncer de intestino
Embora os números de novos diagnósticos e de internações estejam em um patamar elevado no Brasil, o câncer de intestino tem cura. Além disso, o prognóstico melhorara quando o diagnóstico é precoce, ou seja, quando o quadro é diagnosticado ainda nos primeiros estágios.

"O diagnóstico de câncer colorretal, entretanto, não é sentença de morte Se não for bem tratado, pode, de fato, ter consequências sérias para o bem-estar do paciente. Mas, quanto mais cedo for descoberto, maior a possibilidade de intervenção e cura", detalham as entidades médicas, em comunicado.

Como identificar precocemente o câncer colorretal?
Para a triagem e eventual diagnóstico precoce da condição, o ideal é que as pessoas a partir dos 45 anos passem por um check-up anual da saúde do intestino. A exceção são indivíduos com histórico familiar ou pacientes com doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Para estes grupos, consultas regulares com proctologia, coloproctologia ou gastroenterologista devem começar antes.



Pessoas com mais de 45 anos devem se atentar à saúde do intestino (Imagem: Insta_photos/Envato)
Pessoas com mais de 45 anos devem se atentar à saúde do intestino (Imagem: Insta_photos/Envato)
Independente do caso, a medida é importante, já que 90% dos casos de câncer colorretal se originam a partir de um pólipo — um tipo de lesão na mucosa do intestino que, se não for tratada, pode se transformar em câncer — que pode não provocar nenhum sintoma. Quando um pólipo é identificado, o médico responsável vai indicar uma colonoscopia e, através dela, a lesão pode ser removida cirurgicamente, prevenindo um possível caso da doença.

Mudança nos hábitos ajuda a prevenir tumores no intestino
Além do acompanhamento médico, algumas medidas e mudanças no estilo de vida ajudam a prevenir possíveis casos de câncer de intestino, como:

Evitar o consumo excessivo de álcool (alcoolismo);

Não fumar;

Praticar atividades físicas regularmente;

Evitar o consumo excessivo de carnes vermelhas e de alimentos ultraprocessados;

Adotar uma dieta rica em fibras;

Tratamentos em casos de obesidade;

Cuidado de doenças pré-existentes, como doença de Crohn ou colite ulcerativa.

Fonte: Canaltech



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