sábado, 17 de dezembro de 2022

Ministério Público Eleitoral quer tornar pastores e suplente de deputado inelegíveis


Por Ana Claudia Guimarães

 

Ministério Público Eleitoral quer tornar pastores  e suplente de deputado estadual, TH Joias,  inelegíveis
Ministério Público Eleitoral quer tornar pastores e suplente de deputado estadual, TH Joias, inelegíveis Reprodução

A Procuradoria Regional Eleitoral, orgão do MP no Rio, moveu ação contra o suplente de deputado estadual TH Jóias (Tiego Raimundo de Oliveira Santos) e os pastores Leandro Capistrano Osório e Rose Machado da Silva Osório. O casal pediu votos para o candidato do MDB em culto na Igreja Ministério Restaurando Vidas, em Bento Ribeiro (zona norte carioca). Na ação, a PRE pleiteia que o TRE torne o político e o casal Osório inelegíveis até 2030 por "abuso de poder econômico por meio religioso".

Segundo a procuradoria, ficou claro que os pastores apregoaram as supostas qualidades de TH Jóias para convencer os fiéis presentes ao culto a votarem no candidato. Uma cópia de filmagem do culto foi anexada aos autos da ação de investigação judicial eleitoral. Nela, a candidatura do político é defendida inclusive com referência a seu número de urna.

“Os pronunciamentos, induvidosamente em benefício da candidatura, caracterizam indisfarçada promoção pessoal de candidato ao pleito eleitoral de 2022 em templo religioso, demonstrando, assim, inconteste prática de abuso de poder econômico, pelo uso do tempo religioso e uso indevido dos meios de comunicação social por parte dos representados”, afirmou a procuradora regional eleitoral Neide Cardoso de Oliveira, autora da ação, que citou que o 2º suplente do MDB obteve na região do Templo um de seus principais pontos de votação.

Na ação, a procuradoria descreve ainda o uso ostensivo de templo religioso para fins eleitorais como uma violação do Direito Eleitoral:

“A possibilidade de captar votos em eventos religiosos é enorme. Daí a recomendação de que candidatos a cargos eletivos não celebrem cultos, ou mesmo deles participem, salvo como meros expectadores. Os fiéis podem ser influenciados a votar em determinado candidato por orientação do pastor, caracterizando um ilícito”, frisou a procuradora regional eleitoral na ação proposta ao TRE.

Fonte. O Globo













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