Indígenas jogam lama e tinta vermelha no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, durante ato contra garimpo
Indígenas jogam lama e tinta vermelha no Ministério de Minas e Energia, em Brasília, durante ato contra garimpo
Cerca de 6 mil indígenas participaram de protesto, nesta segunda-feira (11). Grupo está acampado no DF há uma semana para denunciar violência e reivindicar direitos das etnias.
Por g1 DF e TV Globo
Em protesto, indígenas sujam de lama e tinta vermelha os vidros do Ministério de Minas e Energia, em Brasília
Cerca de 6 mil indígenas participaram do ato "Ouro de sangue: marcha contra o garimpo que mata e desmata", em Brasília, durante a tarde desta segunda-feira (11). O grupo está acampado na capital federal desde segunda-feira (4).
Eles defendem a demarcação de territórios e protestam contra a chamada "agenda anti-indígena", composta pelo julgamento do Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) e por projetos de lei que liberam a exploração de terras, o licenciamento ambiental e o uso de agrotóxicos.
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Indígenas fazem caminhada, em Brasília, contra uso de terras pelo garimpo — Foto: Amanda Sales/ g1
Nesta tarde, os indígenas seguiram pela Esplanada dos Ministérios até o Ministério de Minas e Energia. Em frente ao prédio, eles usaram lama e tinta vermelha para representar a destruição e a morte causadas pelos garimpos.
Nos vidros, o grupo escreveu, com argila, frases contrárias ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Caixas simbolizando barras de ouro, manchadas de sangue, foram colocadas na porta.
Caixas simbolizando barras de ouro, sujas de sangue e lama, foram deixadas em frente ao Ministério de Minas e Energia por indígenas que protestam contra o garimpo — Foto: Amanda Sales/ g1
Bandeiras do Brasil, manchadas com tinta vermelha para representar a morte dos povos indígenas e o retrocesso nas políticas ligadas ao meio ambiente, foram exibidas ao longo da caminhada.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação. Três faixas do Eixo Monumental chegaram a ser fechadas. Não houve incidentes.
Indígena escreve, com lama, nos vidros do Ministério de Minas e Energia, durante protesto, em Brasília — Foto: Anna Reis/ TV Globo
Acampamento Terra Livre
Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), mais de 6 mil indígenas de 172 povos, participam do Acampamento Terra Livre 2022 (ATL), que deve ficar montado na capital federal até o dia 14 de abril.
O encontro é considerado o maior do país e ocorre no mesmo período em que o Congresso Nacional deve votar textos como o do Projeto de Lei 191/2020, que autoriza a mineração em terras indígenas. No começo de março, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para votação do PL.
Além de regras para a mineração, o texto estabelece normas para a exploração de hidrocarbonetos, como petróleo, e a geração de energia elétrica nestes territórios. O projeto está entre os alvos do Ato pela Terra, manifestação de artistas liderada pelo cantor e compositor Caetano Veloso, em Brasília, em março passado, e que denunciou o "pacote de destruição ambiental proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro" (PL).
Veja mais fotos do ato 'Ouro de sangue: marcha contra o garimpo que mata e desmata"
Mulheres protestam contra garimpo em terras indígenas, durante ato, em Brasília — Foto: Amanda Sales/ g1
Manifestantes carregam caixões simbolizando mortes pelo garimpo ilegal — Foto: Amanda Sales/ g1
Indígenas protestam, em Brasília, contra garimpo ilegal — Foto: Amanda Sales/ g1
Indígena prostesta na frente do Ministério de Minas e Energia, em Brasília — Foto: Foto: Amanda Sales/ g1
Em protesto, indígenas carregam uma bandeira do Brasil com manchas vermelhas simbolizando sangue, em Brasília — Foto: Foto: Amanda Sales/ g1
Indígenas segurando faixas na manisfestação contra contra uso de terras pelo garimpo, em Brasília — Foto: Foto: Anna Reis/ TV Globo
Indígenas caminham em direção ao Ministério de Minas e Energia, em Brasília — Foto: Foto: Anna Reis/ TV Globo
Fonte.G1.com
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