Bolsonaristas reeditam "marcha da família" e fazem buzinaço em frente a hospital (vídeos)


“Marcha da Família Cristã pela Liberdade” pede abertura de templos religiosos durante a pandemia, defende Bolsonaro e ataca medidas de restrição

(Foto: Reprodução)

Sputnik - Neste domingo (11), apoiadores do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) saíram às ruas de diversas cidades na Marcha da Família Cristã pela Liberdade, em tentativa de repetir as famosas marchas conservadoras de 1964.

A quase homônima Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 1964, reuniu grupos conservadores religiosos que respaldaram o golpe militar ocorrido naquele ano, sendo realizada em mais de uma ocasião pedindo a deposição do então presidente da República, João Goulart.

Dessa vez, os manifestantes foram às ruas com faixas contra medidas restritivas de combate à COVID-19, incluindo a recente decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) de garantir que governos locais imponham restrições a aglomerações em cultos religiosos com o objetivo de conter o avanço de casos e mortes pela doença.

A principal cidade do protesto foi Brasília, onde algumas centenas de manifestantes marcharam na Esplanada dos Ministérios. Além das faixas de apoio a Bolsonaro, contra as medidas de restrição e de pedidos de intervenção militar, foram erguidas diversas bandeiras de Israel e do Brasil-Império nos protestos.

Nas redes sociais, imagens e vídeos foram compartilhados mostrando a marcha em outras cidades, como em Campinas, interior de São Paulo, além da capital paulista, Natal, Belo Horizonte e também no Rio de Janeiro e Niterói. Nessas cidades as manifestações foram menores que a realizada em Brasília, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, onde centenas se reuniram na Avenida Paulista e em Copacabana, respectivamente.


​Em São Paulo, centenas de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, tradicional local de protestos na capital paulista.

​Em Campinas, uma carreata chegou a ser rechaçada por moradores.


​​A marcha contra medidas de restrições sociais ocorre em meio ao pico de casos e mortes da COVID-19 no Brasil. Atualmente, a média móvel diária de óbitos supera três mil no país, que acumula mais de 351 mil mortes causadas pela doença e convive com um quadro de colapso sanitário e hospitalar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CANCRO MOLE