sábado, 20 de fevereiro de 2021

Rio já investiga 13 possíveis casos de contaminação por novas variantes de Covid-19


Pacientes de Manaus com Covid-19 foram transferidos para o Estado do Rio de Janeiro
Pacientes de Manaus com Covid-19 foram transferidos para o Estado do Rio de Janeiro Foto: Lucas Silva / Secom / Agência O Globo
Felipe Grinberg e Carolina Heringer

 RIO — A Secretaria de Estado de Saúde do Rio já investiga 13 casos de possível contaminação das novas variantes da Covid-19 de Manaus e Reino Unido. São casos de pacientes com sinais e sintomas de Covid-19 que tenham histórico de viagem ou contato com pessoas oriundas de outros estados e/ou países com circulação de novas variantes.

Nesta sexta-feira, as autoridades de saúde descobriram que um grupo que se reuniu em janeiro em Nova Friburgo pode ter sido contaminado com uma das novas cepas. Isso porque um dos pacientes que já teve confirmada a contaminação por uma variante dias antes de manifestar sintomas, participou de reunião de família, no dia 17 de janeiro, em Nova Friburgo, com pelo menos outras oito pessoas. As equipes de Vigilância Epidemiológica do Estado descobriram que o dono da casa em que o encontro aconteceu também foi diagnosticado com Covid-19 um dia após a reunião.

Segundo a secretaria de Saúde, a investigação epidemiológica aponta então que o caso identificado da cepa britânica pode estar relacionado a este caso de Nova Friburgo. O dono desta casa não relatou ter feito viagem a locais em que a variante esteja em circulação ou ter tido contato com pessoas que estiveram nessas áreas.

Apesar da possibilidade da contaminação pela variante do coronavírus, a secretaria de Saúde afirma que não será possível realizar sequenciamento genético deste caso porque não há material para análise. O morador de Nova Friburgo realizou teste rápido de antígeno para diagnóstico da Covid-19 e não o RT-PCR, que permitiria essa análise. Ele já está recuperado da doença.

Outros dois pacientes contaminados pela variante brasileira são moradoras da capital, já se recuperaram e tiveram sintomas leves. A SES afirma que estudos apontam que a variante brasileira do coronavírus tem maior capacidade de transmissão, mas a letalidade não difere da linhagem inicial.

Em fevereiro, duas pessoas com a variante de Manaus morreram no Rio. Um deles é Adilson Cardoso de Jesus, de 55 anos. A família afirma que ele se contaminou dentro do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. A prefeitura, porém, diz que não é possível determinar onde o paciente contraiu a doença.


Um outro paciente oriundo de Manaus, que foi transferido pelo Ministério da Saúde , também morreu com a variante da Covid-19. Ele, entretanto , é tratado como um caso importado.

Transmissão local

Apesar de só ter identificado até o momento cinco casos de variantes da Covid-19 no Rio, tanto a secretaria estadual de Saúde como a da capital consideram que as novas cepas já estão sendo transmitidas localmente. As análises dos técnicos de Estado e Prefeitura do Rio concluíram que na capital já há a transmissão local, que provavelmente também ocorre em Nova Friburgo e Nova Iguaçu.

Para conseguir detectar novos pacientes com as variantes, a secretaria de Saúde do Rio diz que orientou aos municípios notificarem corretamente os casos suspeitos e vai orientar e apoiar as prefeituras na investigação epidemiológica. As amostras coletadas serão encaminhadas e processadas para testagem molecular e selecionadas para sequenciamento viral pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RJ).

Segundo o governo do estado, o sequenciamento genético não é um método de diagnóstico para Covid-19,ou seria indicado para ser feito em 100% dos casos positivos. A secretaria explica que a análise do seu resultado permite quantificar e qualificar a diversidade genética viral circulante no país.

Fonte Jornal Extra

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