Apesar de leis, frequentadores ignoram máscaras em bares na noite desta sexta-feira
Equipes da Guarda Municipal e da Vigilância Sanitária percorreram ruas do Leblon e de outros redutos boêmios, mas não encontraram aglomerações, como as que aconteceram há duas semanas. Mas as máscaras eram muitas vezes deixadas de lado mesmo na presença dos agentes municipais. A multa prevista é de R$ 107.
O Estado chegou ontem à marca de 11.919 mortes em decorrência do coronavírus, sendo 7.621 na capital. De 135.230 casos confirmados em território fluminense, 65.696 foram na cidade do Rio.
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Apesar de a prefeitura ter anunciado a instalação de quatro micropolos fixos de fiscalização nas ruas mais movimentadas da noite carioca, as barreiras não haviam sido montadas até as 21h de ontem. A previsão era que fiscais, em um recuo gradeado, fariam o controle de acesso às ruas Dias Ferreira, no Leblon; Nelson Mandela, em Botafogo; Olegário Maciel, na Barra; e à Praça Varnhagen, na Tijuca. Uma agente abordada pela equipe de reportagem explicou que, por causa da pouca movimentação, a fiscalização estava sendo feita em esquema de ronda.
O superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio, Flávio Graça, afirma que houve uma mudança de comportamento entre os clientes dos estabelecimentos fiscalizados. O ambiente foi mais tranquilo no entorno dos bares, mas ainda está longe de se ter uma adesão às normas de segurança. A preocupação maior era de como as pessoas se comportariam de madrugada.
No último dia 3, uma multidão tomou calçadas e comprava bebidas em ambulantes. Os estabelecimentos só podem funcionar até as 23h. Os quiosques foram liberados a funcionar com metade da capacidade e espaçamento entre as mesas de dois metros. bares
— O clima está completamente diferente. Muitos já estão conscientes e percebem a importância do nosso trabalho — avaliou Graça, que chegou a ser ofendido por um casal na Barra, há duas semanas.
Ainda receosos com a reação da população diante da inspeção, fiscais foram surpreendidos na Rua Dias Ferreira, onde foram aplaudidos por um grupo de clientes. Mais tarde, por volta das 23h, a situação já era diferente. Na altura o número 400 da rua, cerca de 100 pessoas consumiam bebidas nas calçadas. A maioria também sem máscaras. O clima de tranquilidade dos frequentadores lembrava o primeiro dia de reabertura dos bares na cidade. Havia apenas uma viatura da Guarda Municipal e os agentes observavam de longe a movimentação.
Ainda no Leblon, um grupo de cinco pessoas ainda aproveitava a falta de fiscalização no local para fazer um churrasco, ao lado de um quiosque de venda de plantas. O grupo chegou a levar cadeiras de praias para aproveitar a noite.
praias para aproveitar a noite.
Na Rua Olegário Maciel, na Barra, a movimentação de pessoas era maior no entorno dos bares e muitas circulavam sem máscaras e com copos de cerveja na mão. Um descumprimento das normas mesmo diante de agentes municipais. Depois que os estabelecimentos fecharam, a desobediência foi para as calçadas.
Confira as regras válidas para bares e restaurantes:
- Horário: até 23h;
- Mesas organizadas com distanciamento de dois metros entre elas, de preferência, em espaços abertos, como varandas e calçadas;
- No espaço interno, deve ser respeitado o limite de 50% do número total de mesas;
- O uso de máscara é obrigatório tanto para clientes como para funcionários;
- A máscara só pode ser retirada pelos clientes que estiverem já nas mesas, e exclusivamente nos momentos de refeição
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