35 organizações evangélicas pedem cassação do mandato do presidente Bolsonaro
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Essa é para louvar de pé igreja.
Um grupo de evangélicos de esquerda se mobilizou na publicação de um manifesto pedindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) casse a chapa eleita em 2018, removendo do cargo o presidente Jair Bolsonaro e o vice, general Hamilton Mourão (PRTB), com o argumento de que o titular “não está à altura do cargo que ocupa”.
O manifesto contra Bolsonaro é assinado por 35 organizações evangélicas de esquerda reúne “centenas de pessoas vinculadas a igrejas”, de acordo com o artigo publicado pela pesquisadora Magali do Nascimento Cunha no portal da revista Carta Capital.
Recentemente, o Partido dos Trabalhadores conclamou as bases de sua legenda para ensinar evangélicos como “ler e interpretar a Bíblia” conforme a visão de sua ideologia, que envolve “práticas libertárias, inclusivas e plurais em nossas comunidades de fé e no mundo”. O movimento que pede a cassação de Bolsonaro parece ser uma resposta ao chamado de mobilização.
A pesquisadora que assina o artigo diz que “os evangélicos e evangélicas que assinam o manifesto cobram respostas mais eficientes dos governos e reafirmam que igrejas devem ser responsáveis e não promoverem cultos públicos presenciais, abrindo seus espaços para ações de solidariedade”, indicando que na visão do grupo, os templos não devem receber cultos, mas poderiam receber pessoas para reuniões de outra natureza.
Ecoando a derrota nas urnas em 2018, o manifesto cobra, ainda, que “o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma seu papel constitucional e proceda o imediato julgamento das Ações de Investigação Judicial no (TSE) e que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e de Antônio Mourão em razão da disseminação de mentiras durante a campanha eleitoral”.
Confira a íntegra do manifesto que pede a cassação do mandato de Bolsonaro:
O governante sem discernimento aumenta as opressões – Um clamor de fé pelo Brasil
Nós, de diversas Igrejas, organizações e movimentos de evangélicas e evangélicos pela democracia, manifestamos publicamente:
Nosso luto e profunda solidariedade para com as famílias dos mais de 16 mil mortos que o Brasil identificou até recentemente em meio a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). É momento de “chorar com os que choram” (Rm 12:14-15).
Nosso compromisso cotidiano em ações solidárias de apoio ao atendimento de necessidades específicas de pessoas e famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade nesse contexto de grave crise. “A fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta” (Tg 2:17).
Nossa gratidão e solidariedade para com os profissionais de saúde que têm experimentado grande desgaste físico e emocional por estarem trabalhando no enfrentamento direto dessa situação. Nossa oração é para que Deus os guarde e que eles “mantenham a esperança”.
Nosso reconhecimento e apoio a Universidades e Centros de Pesquisa, bem como seus pesquisadores e cientistas que têm se dedicado na busca das melhores respostas e análises para juntos superarmos esta realidade. O momento exige que as tomadas de decisão sejam fundamentadas “no conhecimento que vem do bom senso” (Pv 1:4).
Nosso repúdio e indignação à forma antiética com que o presidente da República tem se comportado nesta grave situação do País, sem assumir a conduta exigida para uma pessoa que ocupa a liderança institucional executiva da nação. Ele tem dado provas de que não está à altura do cargo de Presidente da República. A gestão inadequada durante a pandemia atenta contra a vida humana ao invés de “praticar a justiça e compaixão pelos pobres” (Dn 4:27).
Diante disto, consideramos ser fundamental:
Que as respostas dos governos sejam mais eficientes em relação ao devido atendimento às necessidades das pessoas. É essencial que prefeituras e governos estaduais atuem para garantir o cumprimento do isolamento social recomendado, e que o governo federal opere de forma coordenada e adequada na execução de seus compromissos e responsabilidades.
Que igrejas e comunidades religiosas, compreendendo a gravidade e urgência do tempo presente, não promovam cultos públicos presenciais e considerem seriamente o uso de suas estruturas e pessoal para o desenvolvimento de ações que contribuam para o apoio a população e para o enfrentamento da pandemia. O momento exige responsabilidade e coragem a fim de preservar vidas.
Que sigamos as recomendações e orientações de instituições de saúde e científicas. Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino.
Que o poder público – executivo, legislativo e judiciário – atue de forma coordenada para promover uma economia justa e voltada para o benefício das pessoas, a partir dos mais empobrecidos. Não há nenhuma razoabilidade em se opor a crise na saúde à crise econômica. É falsa tal divisão. O momento é de grave crise na saúde pública e todos os esforços devem convergir para maior preservação possível de vidas. Não se pode minimizar uma situação de pandemia em favor de lucros. O foco precisa ser solidariedade e proteção social em prol da preservação da vida humana.
E propomos a seguinte ação:
Que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma seu papel constitucional e proceda o imediato julgamento das Ações de Investigação Judicial no (TSE) e que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e de Antônio Mourão em razão da disseminação de mentiras durante a campanha eleitoral; prática que tem se mantido durante o governo, sendo agora alimentada por dinheiro público, como tem sido demonstrado e noticiado. A preservação de vidas e da democracia exigem ação imediata. Não há motivos que justifiquem ainda mais a prorrogação desse julgamento. Para que a justiça seja feita, sob a égide do Estado de Direito e para o bem-estar social e da democracia.
Convidamos irmãs e irmãos a se juntar nesse clamor de fé e ação pelo Brasil. Junte-se a nós e assine carta que será enviada ao TSE. Acesse o link: https://bit.ly/ClamorBrasil
Aliança de Batistas do Brasil – Associação Projeto Videiras – AMSK Brasil – Coletivo Abrigo – Coletivo Cristãos Pela Justiça – Coletivo Memória e Utopia- Comunidade Cristã da Lapa – Comunidade Cristã na Zona Leste – Congrega – Comunidade Presbiteriana Videiras – Cristãos Contra o Fascismo – Direitos Humanos nos Passos de Jesus – Evangélicas pela Igualdade de Gênero – Evangélicos Trabalhistas – Evangélicos pela Justiça – Evangélicxs pela Diversidade – Fé e Afeto Cristão – Fórum Evangelho e Justiça – Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito – Grupo Fé & Política: Reflexões – Igreja Batista de Direitos Humanos – Igreja Batista Nazareth – Instituto Guarani de Responsabilidade Socioambiental – Igrejas Libertárias! – Miquéias Brasil – Missão Aliança – Movimento Evangélico Progressista – Movimento Negro Evangélico do Brasil – Nossa Igreja Brasileira – Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT – Núcleo Evangélico 23 – Paz e Esperança Brasil – Primavera Ecumênica – PSOL/PR – Plataforma Intersecções – Rede Fale – Redenção Baixada – Vozes Maria.
Nós, de diversas Igrejas, organizações e movimentos de evangélicas e evangélicos pela democracia, manifestamos publicamente:
Nosso luto e profunda solidariedade para com as famílias dos mais de 16 mil mortos que o Brasil identificou até recentemente em meio a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). É momento de “chorar com os que choram” (Rm 12:14-15).
Nosso compromisso cotidiano em ações solidárias de apoio ao atendimento de necessidades específicas de pessoas e famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade nesse contexto de grave crise. “A fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta” (Tg 2:17).
Nossa gratidão e solidariedade para com os profissionais de saúde que têm experimentado grande desgaste físico e emocional por estarem trabalhando no enfrentamento direto dessa situação. Nossa oração é para que Deus os guarde e que eles “mantenham a esperança”.
Nosso reconhecimento e apoio a Universidades e Centros de Pesquisa, bem como seus pesquisadores e cientistas que têm se dedicado na busca das melhores respostas e análises para juntos superarmos esta realidade. O momento exige que as tomadas de decisão sejam fundamentadas “no conhecimento que vem do bom senso” (Pv 1:4).
Nosso repúdio e indignação à forma antiética com que o presidente da República tem se comportado nesta grave situação do País, sem assumir a conduta exigida para uma pessoa que ocupa a liderança institucional executiva da nação. Ele tem dado provas de que não está à altura do cargo de Presidente da República. A gestão inadequada durante a pandemia atenta contra a vida humana ao invés de “praticar a justiça e compaixão pelos pobres” (Dn 4:27).
Diante disto, consideramos ser fundamental:
Que as respostas dos governos sejam mais eficientes em relação ao devido atendimento às necessidades das pessoas. É essencial que prefeituras e governos estaduais atuem para garantir o cumprimento do isolamento social recomendado, e que o governo federal opere de forma coordenada e adequada na execução de seus compromissos e responsabilidades.
Que igrejas e comunidades religiosas, compreendendo a gravidade e urgência do tempo presente, não promovam cultos públicos presenciais e considerem seriamente o uso de suas estruturas e pessoal para o desenvolvimento de ações que contribuam para o apoio a população e para o enfrentamento da pandemia. O momento exige responsabilidade e coragem a fim de preservar vidas.
Que sigamos as recomendações e orientações de instituições de saúde e científicas. Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino.
Que o poder público – executivo, legislativo e judiciário – atue de forma coordenada para promover uma economia justa e voltada para o benefício das pessoas, a partir dos mais empobrecidos. Não há nenhuma razoabilidade em se opor a crise na saúde à crise econômica. É falsa tal divisão. O momento é de grave crise na saúde pública e todos os esforços devem convergir para maior preservação possível de vidas. Não se pode minimizar uma situação de pandemia em favor de lucros. O foco precisa ser solidariedade e proteção social em prol da preservação da vida humana.
E propomos a seguinte ação:
Que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assuma seu papel constitucional e proceda o imediato julgamento das Ações de Investigação Judicial no (TSE) e que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e de Antônio Mourão em razão da disseminação de mentiras durante a campanha eleitoral; prática que tem se mantido durante o governo, sendo agora alimentada por dinheiro público, como tem sido demonstrado e noticiado. A preservação de vidas e da democracia exigem ação imediata. Não há motivos que justifiquem ainda mais a prorrogação desse julgamento. Para que a justiça seja feita, sob a égide do Estado de Direito e para o bem-estar social e da democracia.
Convidamos irmãs e irmãos a se juntar nesse clamor de fé e ação pelo Brasil. Junte-se a nós e assine carta que será enviada ao TSE. Acesse o link: https://bit.ly/ClamorBrasil
Aliança de Batistas do Brasil – Associação Projeto Videiras – AMSK Brasil – Coletivo Abrigo – Coletivo Cristãos Pela Justiça – Coletivo Memória e Utopia- Comunidade Cristã da Lapa – Comunidade Cristã na Zona Leste – Congrega – Comunidade Presbiteriana Videiras – Cristãos Contra o Fascismo – Direitos Humanos nos Passos de Jesus – Evangélicas pela Igualdade de Gênero – Evangélicos Trabalhistas – Evangélicos pela Justiça – Evangélicxs pela Diversidade – Fé e Afeto Cristão – Fórum Evangelho e Justiça – Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito – Grupo Fé & Política: Reflexões – Igreja Batista de Direitos Humanos – Igreja Batista Nazareth – Instituto Guarani de Responsabilidade Socioambiental – Igrejas Libertárias! – Miquéias Brasil – Missão Aliança – Movimento Evangélico Progressista – Movimento Negro Evangélico do Brasil – Nossa Igreja Brasileira – Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT – Núcleo Evangélico 23 – Paz e Esperança Brasil – Primavera Ecumênica – PSOL/PR – Plataforma Intersecções – Rede Fale – Redenção Baixada – Vozes Maria.
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