Brasil tem 2.741 mortos por covid-19 e 43.079 casos confirmados. STF autoriza investigação de protestos que pediam fechamento do Congresso e do STF em plena crise da covid-19. Pandemia levará mais de 28 milhões de pessoas para a situação de pobreza na América Latina. As últimas notícias, ao vivo
O Ministério da Saúde confirmou mais 166 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas e, com isso, subiu para 2.741 o total de óbitos por covid-19 no Brasil, até esta terça-feira. Número de infectados chega a 43.079, e o índice de letalidade da doença no país é de 6,4%, segundo o mais novo balanço da pasta. Em meio ao avanço do nos EUA, o presidente Donald Trump anunciou que quer proibir a imigração no país para, segundo ele, “proteger empregos” dos norte-americanos durante a crise econômica provocada pela pandemia de covid-19. Até esta terça-feira, os Estados Unidos registrava mais de 42.000 mortes causadas pelo vírus Sars-Cov-2, que também infectou mais de 787.000 pessoas no país nesta segunda-feira. Na Espanha, após mais de um mês de quarentena, o Governo anunciou que vai autorizar que crianças façam caminhadas curtas, desde que acompanhadas por um adulto. Parques ainda não serão liberados.
Governo acaba de receber 725.000 testes, do total de 1,2 milhão comprados. Está previsto que leitos começarão a lotar em maio. “Há já uma pressão sobre o sistema público de saúde”, diz David Uip
Rodolfo Borges
Procurador-geral da Venezuela atribui a "carma" o retorno de migrantes venezuelanos devido à pandemia
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, atribuiu ao "carma" o fato de que milhares de venezuelanos que decidiram cruzar a fronteira para escapar da crise política e humanitária no país tiveram que retornar por causa da pandemia de coronavírus . "Carma ou a roda do tempo? Venezuelanos que negaram publicamente a nação, depois de se sentirem indignados nos Estados Unidos, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Espanha, etc, retornam à Venezuela graças ao plano Vuelta a la Patria, projetado pelo presidente Nicolás Maduro", escreveu o chefe do Ministério Público no Twitter. Mais de cinco milhões de venezuelanos deixaram o país nos últimos anos. A maioria optou por países da região, entre os quais se destaca a Colômbia, que recebeu 1,8 milhão de migrantes venezuelanos, de acordo com o saldo atualizado da Agência de Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O governo colombiano informou nesta semana que mais de 33.000 retornaram à Venezuela após a crise do coronavírus. O Conselho Norueguês para Refugiados (CNR) já alertou na semana anterior que centenas estavam retornando porque "estão perdendo seus meios de subsistência". (EP)
Rodolfo Borges
STF decide que estados e municípios podem definir ações contra Covid-19
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira que estados e municípios podem tomar as medidas que julgarem corretas para combater o novo coronavírus, sem interferência do Governo federal. Assim, os governadores e prefeitos também poderão definir quais são os serviços essenciais que podem funcionar durante a pandemia -- ate então, apenas um decreto presidencial poderia fazê-lo. Todos os ministros referendaram, enfim, a liminar proferida no mês passado pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso, que garantia a autonomia das gestões estaduais e municipais no combate ao novo coronavírus, com estratégias como isolamento social e fechamento de comércio. (Agência Brasil)
Rodolfo Borges
Petróleo cai ao mínimo registrado desde 2002
Os preços do petróleo em Nova York terminaram no mínimo registrado desde fevereiro de 2002 nesta quarta-feira, após um forte aumento nas reservas de petróleo nos Estados Unidos e previsões de uma queda na demanda mundial. O West Texas Intermediate (WTI) por barril para entrega em maio caiu 1,2%, para 19,87 dólares. Por sua vez, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho perdeu 6,55% pontos em Londres e foi a 27,69 dólares. As reservas de petróleo nos Estados Unidos aumentaram muito mais do que o esperado pelo mercado, de acordo com um relatório divulgado pela Agência de Informação Energética dos EUA (EIA), confirmando o excesso de oferta de petróleo. O aumento --pela décima segunda semana consecutiva--- levou a 503,6 milhões de barris, uma elevação de 19,2 milhões de barris em relação à semana anterior. Os analistas esperavam um aumento significativo, mas muito menor, de 12,7 milhões de barris. É preciso voltar a junho de 2017 para ver níveis tão altos de estoques de petróleo nos Estados Unidos, o maior produtor de petróleo do mundo. O mercado não parece convencido, apesar dos efeitos do acordo entre a OPEP e seus principais aliados reunidos na OPEP+, que removeu 9,7 milhões de barris por dia do mercado em maio e junho e aumentou o volume até maio de 2022. (AFP)
Rodolfo Borges
Bolívia distribuirá títulos sociais de cerca de 300 reais
O governo boliviano anunciou que alocará entre 2,28 e 2,56 bilhões de reais para pagar vários títulos as famílias e aliviar a crise econômica causada pela pandemia de coronavírus. "Nos títulos, calculamos entre 3 e 3,5 bilhões de bolivianos, que vão diretamente para as casas, para as famílias, e vão reativar o tema da economia ", afirmou em entrevista coletiva o ministro da Economia, José Luis Parada. A quarentena decretada em 17 de março até 30 de abril paralisou grande parte do comércio e das empresas privadas. Os vínculos são destinados a idosos, desempregados, grávidas, deficientes e pais de crianças em idade escolar. O valor por pessoa varia de 400 a 500 bolivianos (262 a 340 reais). Até o momento, a Bolívia registrou 400 infecções e 28 mortes pelo novo coronavírus. (AFP)Recomendar no Facebook
Rodolfo Borges
OTAN adverte que a pandemia pode ter efeitos geopolíticos "significativos" a longo prazo
"Consideramos as implicações a longo prazo dessa crise de saúde para nossas sociedades e o mundo. Os efeitos geopolíticos da pandemia podem ser significativos", alertou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em uma entrevista coletiva ao final de uma videoconferência de ministros da Defesa para abordar a resposta à pandemia. "É muito cedo para tirar as conclusões finais, mas é claro que precisamos fortalecer ainda mais a resiliência de nossas sociedades, planejar melhor as futuras pandemias, proteger nossas indústrias críticas e melhorar nosso planejamento de continuidade de negócios", afirmou. Especificamente, ele mencionou que "alguns podem procurar usar a desaceleração econômica como uma oportunidade de investir em nossas indústrias e infraestrutura críticas, o que por sua vez pode afetar nossa segurança a longo prazo e nossa capacidade de lidar com a próxima crise, quando ela vier." (Efe)
Beatriz Jucá
"Nós estamos cansados", diz Wanderson de Oliveira
Questionado sobre o porquê de ter pedido demissão nesta quarta-feira (como foi confirmado pela assessoria do Ministério da Saúde), o secretário Wanderson de Oliveira disse que não pediu demissão diretamente ao ministro Mandetta e que comunicou a sua equipe sobre um processo que vem sendo discutido há semanas. "Estamos muito cansados", afirmou. E acrescentou: "Esse processo vem sendo discutido já há algumas semanas. Chega um ponto em que estamos vendo que esses processos estão adiantados. Essa etapa da emergência (do coronavírus) é uma etapa mais da assistência que da vigilância. Não teve um motivo específico. Nós estamos cansados".
Beatriz Jucá
Mandetta volta a defender estudos mais robustos para cloroquina em larga escala
Sobre a cloroquina, Mandetta citou Hipócrates para defender a necessidade de demonstrar a eficiência do medicamento com a ciência. O ministro diz que os estudos de relatos de casos conforme a experiência individual dos profissionais são os mais frágeis. E voltou a defender que é preciso estudos mais robustos para aplicar a cloroquina no tratamento a pacientes com Covid-19 em larga escala. Segundo Mandetta, o Brasil tem estoque desse medicamento e tem comprado mais, já que caso a efetividade não seja comprovada é um medicamento que será usado no tratamento de outras doenças como lúpus e malária, como já acontece. Mandetta reforça que não tem um protocolo definido pelo Ministério da Saúde e que os médicos podem prescrever essa medicação caso julguem necessário, sempre assumindo o risco com o paciente.
"É normal quando tem uma situação como essa que as pessoas queiram se agarrar em possibilidde de cura, em uma solução. É uma droga que iniciou com um conceito: ela, in vitro, mata bem o vírus. Se colocar outras drogas, também mata in vitro", explicou o ministro.
Beatriz Jucá
Gabbardo e Wanderson afirmam que deixam cargos caso Mandetta seja exonerado, mas que participam de transição
Sobre uma possível busca de Bolsonaro por um substituto para ministro da Saúde, Mandetta disse que "é uma coisa que acontece" e que conversou com outros ministros sobre o assunto. Afirmou inclusive que tem sido "assuntado" sobre possíveis nomes, sem citar quem tem lhe consultado sobre isso. "Eu não estou ministro por obra nada diferente do presidente. Ele quer outra posição do Ministério da Saúde que eu, baseado no que nós recebemos, baseado em ciência, tenho isso para oferecer. Fora desse caminho, tem de achar alternativas", afirmou.
O secretário executivo João Gabbardo foi questionado pela imprensa se ele poderia substituir o ministro. Gabbardo disse ter compromisso com Mandetta e que permanece no Ministério da Saúde o suficiente apenas para fazer a transição, caso ele seja exonerado. "Quando sair, saio com ele. Ano que vem, completo 40 anos de Ministério da Saúde. Eu não vou jogar no lixo esse patrimônio. (...) Vou ficar o tempo que for necessário para fazer a transiçao. A sociedade espera continuidade do nosso trabalho", afirmou.
Já o secretário Wanderson de Oliveira, que durante a manhã anunciou sua demissão em carta interna à sua equipe, disse que "ninguém é insusbtituível" e que a pasta está preparada para responder as demandas da sociedade brasileira. "Temos uma equipe forte, qualificada e robusta. O trabalho vai ser continuado", declarou. E acrescentou: "Estou com o ministro Mandetta até o final desse trabalho".
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