“Minha relação com Bolsonaro não é de paranoia, é de medo”, disse Bebianno em sua última entrevista
Gustavo Bebianno contou que Jair Bolsonaro que não tem cerimônia alguma em colocar sua integridade física em risco. "A minha relação com ele não é de mágoa. É de medo. Do que ele possa fazer com o governo. E comigo. A mágoa ficou para trás", afirmou.
247 - Na última entrevista que concedeu, o ex-secretário da Presidência da República Gustavo Bebianno, que morreu neste sábado, 15, de infarto, afirmou que sua relação com Jair Bolsonaro não era de paranoia, mas "de medo".
Ao jornal O Globo, Bebianno contou que Bolsonaro que não tem cerimônia alguma em colocar sua integridade física em risco. "As redes estimulam isso. E ele estimula as redes. A maioria são valentões de internet. Quem me garante que não tem um maluco ali que vai me agredir? Mas não dá para entrar em um nível de paranoia que não saio de casa. A minha relação com ele não é de mágoa. É de medo. Do que ele possa fazer com o governo E comigo. A mágoa ficou para trás", disse Bebianno.
"A raiva dele é de não ter me dobrado. Só me dobro para meu pai e para o universo, que sei que sou um grão. Nas redes sociais, estão mirando a pessoa errada. Vou apresentar minhas propostas", acrescentou o advogado, que era pré-candidato do PSDB a prefeito do Rio de Janeiro.
Em outro trecho da entrevista, Gustavo Bebianno confirma que escreveu uma carta endereçada a Bolsonaro. "Uma carta linda, de irmão. E entreguei nas mãos do Carlos Vereza, para que entregasse ao Jair. Entreguei também ao Onyx e ao general [Maynard] Santa Rosa [ex-secretário de Assuntos Estratégicos, que se demitiu em dezembro]. O senhor chegou no ápice, eu disse. Mas toda a energia que eu sinto do senhor é a do ódio. O fato é que quero que o governo dê certo, mas dentro de um ambiente democrático, saudável, respeitando as instituições", afirmou o ex-ministro.
Fonte. Brasil247.com
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