Começa campanha de vacinação contra o sarampo no Rio de Janeiro
Saiba quem
deve tomar a vacina do sarampo no estado do Rio de Janeiro para evitar um surto
em 2020
Por Vinícius
Lisboa (Agência Brasil)
A campanha
de vacinação no Rio de Janeiro tem como meta evitar surtos graves da doença.
(Foto: GI/Getty Images)
O estado do
Rio de Janeiro iniciou hoje (dia 13 de janeiro) a campanha de vacinação contra
o sarampo para evitar que a população fluminense sofra com um surto da doença,
como o registrado em São Paulo no ano passado. A mobilização vai até 13 de
março e tem como meta vacinar 3 milhões de pessoas nos 92 municípios do estado.
O público-alvo é a população de 6 meses a 49 anos de idade.
O Rio de
Janeiro teve 373 casos confirmados de sarampo em 2019, o que já representa uma
alta expressiva na comparação com os 20 episódios em 2018. A incidência da
doença avançou em diversas partes do mundo nos últimos dois anos e fez com que
países como o Brasil, o Reino Unido e a Venezuela perdessem o certificado
internacional de erradicação do sarampo.
A região
metropolitana do Rio de Janeiro concentrou a maior parcela de casos confirmados
no ano passado, com 100 na capital e 250 na Baixada Fluminense. O secretário
estadual de Saúde, Edmar Santos, alertou que a imunização é necessária para criar
um bloqueio contra o avanço.
Sem
vacinação, o número de casos em 2020 pode passar de 10 mil. “Detectamos uma
baixa cobertura vacinal, especialmente da segunda dose”, disse Santos. “São
Paulo, que é um estado vizinho, teve em 2019 mais de 14 mil casos. Há um risco,
em potencial, de o Rio vir a enfrentar um surto grave de sarampo se não forem
tomadas essas medidas.”
A campanha
de vacinação no Rio de Janeiro terá dois Dias D – 1º de fevereiro e 7 de março
–, nos quais será reforçada a mobilização, incluindo polos de vacinação em
locais de grande circulação, como estações de trem e metrô. O governo do estado
também pretende fazer uma busca ativa das pessoas que não se vacinaram, nas
residências, escolas e universidades.
A meta para
a cobertura da vacina tríplice viral é de 95% nas duas doses. Na primeira,
praticamente todo o estado chega ao patamar exigido, com exceção de cidades
como Nova Iguaçu, Macaé e Magé. Quando observada a segunda dose, no entanto, o
índice é baixo de maneira geral, com cobertura de 75% na capital e situações
bem mais graves, como a de Nova Iguaçu, onde a imunização chega apenas a 25%.
Segundo o secretário, a divulgação de informações falsas nas redes sociais tem
afetado a credibilidade das vacinas, prejudicando a cobertura.
Santos
destacou que a vacinação é importante para proteger também quem não tem
condições de tomar a tríplice viral. “Para cada 1 milhão de pessoas que você
vacina, você protege 2 milhões. As pessoas que podem se vacinar protegem quem
não pode.”
A Secretaria
Estadual de Saúde informou que pessoas com suspeita de sarampo,
imunocomprometidas, gestantes e crianças com menos de 6 meses não devem tomar a
vacina. Alérgicos a proteínas do leite de vaca têm de informar essa condição ao
profissional de saúde no posto de vacinação para que recebam a dose feita sem
tal componente.
A campanha
pede atenção especial para a imunização de crianças na faixa de 6 meses a 4
anos e adultos com idade entre 20 e 29 anos. Esses grupos são os mais
vulneráveis à doença. Quem tem mais de 49 anos não está incluído na campanha
porque teve contato com o vírus do sarampo durante a infância, quando a
circulação da doença era maior.
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