quarta-feira, 3 de julho de 2019

Dilma corta oito ministérios e reduz salários dela, do vice e dos ministros

Edição do dia 02/10/2015


Reforma administrativa amplia o espaço do PMDB no governo. 
Presidente admitiu que o esforço é para tentar recompor a base de apoio.


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A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2) a reforma administrativa, com redução do salário dela, do vice e dos ministros e a extinção de oito ministérios. A presidente admitiu que o esforço é para tentar recompor a base de apoio.
Salão lotado: a presidente anunciou um corte de 10% nos salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros. Vai ainda cortar 30 secretarias e 3 mil cargos de confiança. E um mês depois de se comprometer a cortar pelo menos dez ministérios, ela anunciou que vai cortar oito.
A Esplanada, que tinha 39 ministérios, tem agora 31. O PT, da presidente, perdeu: tinha 13, ficou com nove. O PMDB ganhou: tinha seis, agora são sete.
A dança das cadeiras começou dentro do Palácio do Planalto. O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, voltou para a Educação, no lugar de Renato Janine, que deixou o governo. Para o lugar de Mercadante foi Jaques Wagner, que era da Defesa.

E para Defesa, Aldo Rebelo, que era da Ciência e Tecnologia, ministério que vai ser ocupado pelo deputado federal Celso Pansera, do PMDB. Ele foi acusado numa CPI pelo doleiro Alberto Youssef de ser ’pau mandado’ do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também do PMDB.
“Não pode me medir pela régua do Alberto Youssef. Sou um cidadão de bem, sou um professor, trabalhador, deputado eleito e fiz um trabalho na CPI da Petrobras muito contundente”, disse o deputado Celso Pansera, PMDB-RJ.

E a dança das cadeiras não acabou: o Ministério da Saúde foi para Marcelo Castro. O ministro Helder Barbalho foi da Pesca para Portos. Pesca foi incorporado à Agricultura, de Kátia Abreu.
O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral, ganhou o novo Ministério do Trabalho e Previdência.

Ricardo Berzoini, das Comunicações, foi para a Secretaria de Governo, uma fusão das secretarias da Micro e Pequena Empresa e Relações Institucionais e o Gabinete de Segurança Institucional, do general José Elito Carvalho Siqueira, que não gostou e pediu demissão.

Para as Comunicações foi o deputado André Figueiredo, do PDT, que votou contra o governo nas medidas de ajuste fiscal. Os ministérios das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos são agora uma única pasta, da ministra Nilma Gomes.

Os presidentes da Câmara e do Senado, ambos do PMDB, não participaram da cerimônia. A explicação dada é que eles não queriam novos cargos. Mas as três alas do partido foram atendidas. E o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, aliado de Eduardo Cunha, participou de várias reuniões para indicação de nomes.
Com as mudanças, a presidente Dilma espera conter as rebeliões entre os aliados no Congresso e conseguir estabilidade política. 

“Sabemos que existem dificuldades econômicas que devem ser superadas para que o país volte a crescer. Sabemos que se erramos, precisamos consertar os erros. Se acertamos, precisamos avançar nos acertos e seguir em frente. Mas para isso precisamos de estabilidade política. Por isso, essa reforma tem também um propósito. O de atualizar a base política do governo buscando uma maioria que amplie nossa governabilidade. Ao alterar alguns dos dirigentes dos ministérios, nós estamos tornando nossa coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política”, afirmou Dilma.
Novo ministro da Saúde defende proposta para dobrar a arrecadação com a CPMF
Logo depois da cerimônia, ainda no Palácio do Planalto, o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, do PMDB, defendeu uma proposta pra dobrar a arrecadação com a CPMF. A recriação do imposto sobre cheque está no Congresso para ser votada.
O novo ministro quer que a CPMF seja paga tanto por quem recebe o dinheiro quanto por quem paga e que o dinheiro arrecadado seja dividido: metade para o governo federal, metade para os estados e municípios.
“A nossa proposta é que o recurso seja cobrado no débito e no crédito. Atualmente na proposta e o que existia no Brasil era só no débito. Isso já é feito em outros países do mundo. Como é que seria isso? É simples de explicar: João dá um cheque a Pedro de mil reais. Pedro vai no banco e deposita aquele cheque. João continua pagando os mesmos dois que ele estava pagando. Ele não vai pagar em dobro. E Pedro, que não pagava nada, vai pagar agora dois também e o governo vai arrecadar o dobro”, explicou.


Fonte Jornal Nacional Edição do dia 02/10/2015













A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (2) a reforma administrativa, com redução do salário dela, do vice e dos ministros e a extinção de oito ministérios. A presidente admitiu que o esforço é para tentar recompor a base de apoio.
Salão lotado: a presidente anunciou um corte de 10% nos salários dela, do vice Michel Temer e dos ministros. Vai ainda cortar 30 secretarias e 3 mil cargos de confiança. E um mês depois de se comprometer a cortar pelo menos dez ministérios, ela anunciou que vai cortar oito.
A Esplanada, que tinha 39 ministérios, tem agora 31. O PT, da presidente, perdeu: tinha 13, ficou com nove. O PMDB ganhou: tinha seis, agora são sete.
A dança das cadeiras começou dentro do Palácio do Planalto. O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, voltou para a Educação, no lugar de Renato Janine, que deixou o governo. Para o lugar de Mercadante foi Jaques Wagner, que era da Defesa.

E para Defesa, Aldo Rebelo, que era da Ciência e Tecnologia, ministério que vai ser ocupado pelo deputado federal Celso Pansera, do PMDB. Ele foi acusado numa CPI pelo doleiro Alberto Youssef de ser ’pau mandado’ do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também do PMDB.
“Não pode me medir pela régua do Alberto Youssef. Sou um cidadão de bem, sou um professor, trabalhador, deputado eleito e fiz um trabalho na CPI da Petrobras muito contundente”, disse o deputado Celso Pansera, PMDB-RJ.

E a dança das cadeiras não acabou: o Ministério da Saúde foi para Marcelo Castro. O ministro Helder Barbalho foi da Pesca para Portos. Pesca foi incorporado à Agricultura, de Kátia Abreu.
O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral, ganhou o novo Ministério do Trabalho e Previdência.

Ricardo Berzoini, das Comunicações, foi para a Secretaria de Governo, uma fusão das secretarias da Micro e Pequena Empresa e Relações Institucionais e o Gabinete de Segurança Institucional, do general José Elito Carvalho Siqueira, que não gostou e pediu demissão.

Para as Comunicações foi o deputado André Figueiredo, do PDT, que votou contra o governo nas medidas de ajuste fiscal. Os ministérios das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos são agora uma única pasta, da ministra Nilma Gomes.

Os presidentes da Câmara e do Senado, ambos do PMDB, não participaram da cerimônia. A explicação dada é que eles não queriam novos cargos. Mas as três alas do partido foram atendidas. E o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, aliado de Eduardo Cunha, participou de várias reuniões para indicação de nomes.
Com as mudanças, a presidente Dilma espera conter as rebeliões entre os aliados no Congresso e conseguir estabilidade política. 

“Sabemos que existem dificuldades econômicas que devem ser superadas para que o país volte a crescer. Sabemos que se erramos, precisamos consertar os erros. Se acertamos, precisamos avançar nos acertos e seguir em frente. Mas para isso precisamos de estabilidade política. Por isso, essa reforma tem também um propósito. O de atualizar a base política do governo buscando uma maioria que amplie nossa governabilidade. Ao alterar alguns dos dirigentes dos ministérios, nós estamos tornando nossa coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política”, afirmou Dilma.
Novo ministro da Saúde defende proposta para dobrar a arrecadação com a CPMF
Logo depois da cerimônia, ainda no Palácio do Planalto, o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, do PMDB, defendeu uma proposta pra dobrar a arrecadação com a CPMF. A recriação do imposto sobre cheque está no Congresso para ser votada.
O novo ministro quer que a CPMF seja paga tanto por quem recebe o dinheiro quanto por quem paga e que o dinheiro arrecadado seja dividido: metade para o governo federal, metade para os estados e municípios.
“A nossa proposta é que o recurso seja cobrado no débito e no crédito. Atualmente na proposta e o que existia no Brasil era só no débito. Isso já é feito em outros países do mundo. Como é que seria isso? É simples de explicar: João dá um cheque a Pedro de mil reais. Pedro vai no banco e deposita aquele cheque. João continua pagando os mesmos dois que ele estava pagando. Ele não vai pagar em dobro. E Pedro, que não pagava nada, vai pagar agora dois também e o governo vai arrecadar o dobro”, explicou.

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