247 - A desembargadora Marília Castro Neves, alvo de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas e criminosas nas redes sociais, tomou decisões que impediram a demolição de quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12 na comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete pessoas. Os prédios eram dominados por milícias.
Uma das decisões sobre os prédios foi tomada dois dias antes do desabamento. Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade na quarta-feira 10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio de demolir um desses imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis estavam apenas embargados. Os prédios são dominados por milícias.
Em um dos processos de demolição, a prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de 2018, quando 16 moradores recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o processo, segundo
reportagem do Globo.
A desembargadora Marília Castro Neves relatou o recurso e argumentou, para negar a demolição, que a própria prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de material de construção de médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela disse ainda que o ato de demolição, por ser irreversível, causaria danos irreparáveis para os proprietários dos apartamentos.
Os dois prédios que desabaram chegaram a ser interditados duas vezes a pedido da prefeitura, uma em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal. O condomínio Figueiras já foi notificado várias vezes nos últimos 14 anos.
No Twitter, Boulos lembrou que se tratava da mesma desembargadora que defendeu sua morte, mas fez referência aos dois prédios que desabaram, informação que foi corrigida pelo Globo posteriormente, alertando que as liminares eram referentes a outros imóveis do mesmo condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.
fonte. Brasil 247
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