sábado, 13 de abril de 2019

Danilo Gentili é um patético Bobo da Corte fascista, que trocou piadas por navalhadas morais





Foi num antigo programa chamado CQC – reveja alguns vídeos aquiaqui aqui -, com os clowns Marcelos Tas, Danilo Gentili e Rafinha Bastos, todos amigos e defensores da liberdade de expressão, não importa qual expressão, que Bolsonaro emergiu do obscurantismo absoluto para ir se tornando símbolo de um certo tipo de homem público – o que diz que a política é abjeta, embora ele seja político, e que catequiza seus eleitores pelo ódio às minorias, aos diferentes ou a qualquer coisa que ele não entenda. O CQC foi uma espécie de pré-programa eleitoral de Bolsonaro. Tudo o que ele repetiu ali alguns anos atrás voltaria a latir em seus comícios, que o conduziriam ao Palácio do Planalto. A culpa então é do CQC? Óbvio que não. Mas o “mito” começou a nascer com os palanques erguidos por Tas, Gentili e Rafinha, entre outros patetas que passaram pelas bancadas, numa busca por audiência a qualquer custo.



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Danilo Gentili, agora condenado, fez parte da gênese do “mito” Bolsonaro, ao lado de Marcelo Tas, Rafinha Bastos e outros bobocas no extinto CQC, na Band. Você ria na época?

Antes que eu continue, veja esse vídeo. A cena resume tudo, mas vou legendar. Gentili, que sempre se considerou invulnerável e tirava mesmo sarro dos muitos processos que acumula por ofensas diversas, foi condenado pela juíza Maria Isabel do Prado, titular da 5ª Vara Criminal de São Paulo, a seis meses e 28 dias de prisão, em regime semiaberto, em uma acusação de injúria movida pela deputada Maria do Rosário (PT). A mesma agredida por Bolsonaro – física e verbalmente. A denúncia foi motivada por esse vídeo aí, que o pândego Gentili deve estar arrependido de ter postado, publicado por ele nas redes sociais em 2016, no qual ele rasga a notificação extrajudicial que recebeu da deputada e, em seguida, coloca o papel picado dentro das calças, esfrega em suas partes íntimas e manda de volta, no mesmo Sedex, pro Congresso, com uma recomendação que a deputada aproveite o “cheirinho especial”. A juíza considerou que ficou claro que Gentili agiu “ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, atribuindo-lhe alcunha de ‘puta’, bem como expôs, em tom de deboche, a imagem dos servidores públicos federais e a Câmara dos Deputados.”
O Bobo da Corte fascista poderá recorrer em liberdade ao TRF3 – será que Gentili de repente começou a ficar preocupado com a prisão por condenação em segunda instância, a que levou Lula à cadeia? -, mas a decisão gerou uma animada onda de apoios a Gentili, vindos, claro de seus amigos humoristas, gente como Tas, Rafinha – este último chegou a dizer que a condenação só vai aumentar sua fama e sugeriu que faça um show com algemas -, Rodrigo Scarpa, o Vesgo, que desabafou. “Parabéns Brasil! País que condena um humorista à prisão e deixa os ladrões soltos! Vergonha! Censura jamais! Viva o Politicamente Incorreto! Viva a Liberdade de Expressão!”. Um dos poucos a lamentar a prisão, mas condenar Gentili pelo gesto foi Fábio Porchat, uma espécie de centrão do Porta dos Fundos, que tem Gregório Duvivier mais à esquerda e Antonio Tabet, o Kibe, na direita. “Acho que o vídeo do Danilo Gentili é de péssimo gosto, agressivo, desrespeitoso, infantil, sem graça, desnecessário, equivocado… Mas daí ele ser preso por mandar uma pessoa enfiar um papel no cu, acho bastante autoritário e arbitrário, perigoso inclusive”, disse Porchat.  Pelo Twitter, falando do plenário, a deputada viu um “caráter pedagógico” na medida e fez um apelo pela paz nas redes sociais. Por via das dúvidas, Gentili botou as barbas e os terninhos justos de molho. “É praticamente impossível que eu seja porque cabe recurso. Mas se você me perguntasse um tempo atrás se eu seria condenado a prisão, eu diria que era impossível também”, declarou. Que bobo…
Fonte. Blog Gilberto pão doce.

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