Em reunião na ONU, Jean Wyllys e embaixadora brasileira batem boca


Jean Wyllys foi eleito pela primeira vez em 2010

O ex-deputado Jean Wyllys e a embaixadora do BrasilMaria Nazareth Farani Azevedo bateram boca em uma reunião da ONU nesta sexta-feira em Genebra, na Suiça. O vídeo foi postado no Twitter pelo jornalista Jamil Chade.
— Por favor embaixadora, ouça minha resposta....A minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo, que não tem compromisso com a democracia, sobretudo, e no momento em que a imprensa revela ligações entre organizações criminosas e os assassinos de Marielle Franco e a família do presidente da República que ocupa o Palácio do Planalto — diz o ex-deputado no vídeo, reclamando que a embaixadora se recusou a ouvi-lo.
— Respeite a democracia, embaixadora, por favor — repete.
A plateia aplaude o fim da intervenção do ex-deputado. Ele foi convidado a falar em um debate sobre o populismo no mundo. Um pouco antes ao tomar a palavra, segundo Chade relata em seu blog, a diplomata brasileira atacou Jean Willys:
— Bolsonaro não abandonou o Brasil, mesmo depois de ter levado uma tentativa real de tirar sua vida — disse.
A declaração de Jean foi feita dois dias após a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) prenderem o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes. Na quinta-feira, os assassinatos completaram um ano.
O policial Lessa mora no condomínio Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, por coincidência, o mesmo do presidente da República, Jair Bolsonaro. Não há, porém, nenhuma ligação, a não ser o fato de serem vizinhos. O condomínio fica de frente para o mar, com seguranças na portaria.
Durante um café da manhã com jornalistas na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse não se lembrar do sargento reformado. Ao ser indagado sobre fotos em que aparece ao lado de um dos presos, Elcio de Queiroz, Bolsonaro disse ter fotos com "milhares" de policiais do Brasil inteiro.
— Eu tenho foto com milhares de policiais civis e militares, do Brasil todo — respondeu.
Jean Wyllys desistiu de assumir o terceiro mandato como deputado federal para o qual havia sido eleito em outubro passado com pouco mais de 24 mil votos. Nos últimos dois anos, ele viveu uma rotina semanal de ameaças de morte disparadas em redes sociais. Os textos levaram a Polícia Federal a abrir cinco investigações sobre as ameaças e obrigaram o deputado a andar com escolta policial no Brasil. Atualmente, o ex-deputado vive na Europa.

Fonte.https://extra.globo.com

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