Soldados venezuelanos matam mulher na fronteira com o Brasil
Soldados venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civis nesta sexta (22) e mataram uma mulher e seu marido, deixando também ao menos 15 pessoas feridas — quatro em estado grave. As informações são do Estadão.
O incidente aconteceu em Gran Sabana, região que faz fronteira no Brasil. Por conta de ordens de Nicolás Maduro, a fronteira entre a Venezuela e e o território brasileiro está fechada desde quinta (21).
De acordo com o relato do Estadão, o ataque ocorreu na manhã desta sexta, quando uma escola militar se aproximou da comunidade indígena de Kumarakapai. Os soldados abriram fogo com balas de borracha e gás lacrimogêneo assim que voluntários tentaram impedi-los de fechar a passagem.
Neste ato, Zorayda Rodriguez, de 42 anos, acabou sendo a primeira pessoa a morrer após a decisão de Maduro de fechar a fronteira. O deputado opositor Américo De Grazia ainda afirma que um segundo indígena teria morrido na ação do exército da Venezuela.
“Rolando García. Indígena pemón, é a segunda vítima fatal da operação criminosa do general José Montoya (GN, Guarda Nacional). (Ele) que morreu, entrou ferido no hospital de #Pacaraima #Brasil. Há 3 feridos a balas, (em estado) grave. Todas as vítimas são indígenas”, escreveu ele em seu Twitter.
Avião com ajuda humanitária à Venezuela chega a Boa Vista
Um avião carregado com ajuda humanitária para a Venezuela pousou nesta sexta-feira (22) em Boa Vista, capital de Roraima, cuja fronteira terrestre com o país caribenho foi fechada ontem por ordem do presidente Nicolás Maduro.
A aeronave, um Boeing C-767 da Força Aérea Brasileira (FAB), chegou à base de Boa Vista às 10H30, um dia antes da data anunciada pelo líder da oposição Juan Guaidó para a entrega da ajuda.
“Chegamos a Boa Vista com a doação do governo @jairbolsonaro. Em nome de Pdte @jguaido e de todos os venezuelanos, obrigada Brasil”, escreveu no Twitter a embaixadora nomeada por Guaidó para o Brasil, María Teresa Belandria.
A delegação foi recebida por dois funcionários do governo americano, um deles da agência de desenvolvimento USAID, que disse que até o final do dia deve reunir em Roraima cerca de 138 toneladas de ajuda.
A aeronave, que partiu de Brasília esta manhã, transportou cerca de 23 toneladas de leite em pó e 500 kits de primeiros socorros, segundo um porta-voz da FAB.
No dia anterior, 51 toneladas de arroz e açúcar haviam desembarcado em Boa Vista, segundo a mesma fonte.
Os insumos, principalmente alimentos, foram comprados pelo Brasil e pelos Estados Unidos.
Uma vez descarregado, o material deve ser levado até a cidade fronteiriça de Pacaraima, cerca de 215 quilômetros ao norte de Boa Vista.
A partir daí, o transporte ficará a cargo de trabalhadores venezuelanos, segundo indicou o porta-voz do governo de Jair Bolsonaro, Otávio Rego Barros, que ressaltou que a colaboração do Brasil não excederá a sua área de soberania.
Com a fronteira fechada, ainda não está claro como os suprimentos vão entrar no país vizinho.
Com AFP
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