Samuel Thomas Rosa, o sorridente lateral treinado pelo tio
O depoimento emocionado de Sebastião Rodrigues, tio de Samuel Thomas Rosa, confirmando a morte do adolescente de 15 anos no incêndio no Ninho do Urubu, demonstra a tragédia de mais um talento perdido em busca do sonho que é alcançado por tão poucos entre os milhares de jovens que entregam seus anos de formação a uma dura rotina de treinamentos para virar jogador profissional de futebol.
Nascido em São João de Meriti, município da região metropoliana do Rio de Janeiro, Samuel morava no Morro do Conceito. Ele era titular da lateral-direta em sua categoria na base do Flamengo e foi vice-campeão da Copa Votorantim e campeão da Copa Nike. No último ano, o jogador fez parte do time vencedor do Campeonato Estadual sub-15.
Numa imagem de destaque em seu perfil numa rede social, Samuel mostrava seu amor pelo futebol e pelo rubro-negro da Gávea, vestindo a camisa número 2, que foi usada por tantos anos pelo ídolo Leo Moura, numa disputa contra um oponente do Botafogo.
Sorridente em fotos e bem humorado nas respostas, o jovem não perdeu a elegância numa provocação de um amigo ao comentar a foto: "Fica a pergunta do no ar. Será que ele passou por você?", brincou seu colega. "Nessa jogada, não", respondeu Samuel, utilizando uma expressão que significa "risos".
Amigo próximo do goleiro Christian Esmério, também morto no incêndio, Samuel decidiu ficar no CT com seus colegas, apesar de ter família no Rio. "Ele preferiu ficar alojado... Eu dava dicas para ele, era seu treinador também", afirmou seu tio. O jogador completaria 16 anos no próximo dia 4 de abril.
Fonte Jornal Extra
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