Monges egípcios são levados a tribunal por assassinato de bispo


CAIRO (Reuters) - Dois monges cristãos foram levados a julgamento pelo assassinato de um bispo em um monastério egípcio no mês passado, informou neste domingo o procurador público de Alexandria.
Wael Saad e Ramon Rasmi Mansour, conhecidos por seus nomes monásticos Isaiah al-Makari e Faltaous al-Makari, foram levados à corte criminal de Damanhour por suposto envolvimento no assassinato do bispo Epiphanius, de 64 anos, abade do Monastério de São Macário, em Wadi Natroun, a cerca de 110 quilômetros de Cairo.
Saad foi excomungado neste mês pelo que autoridades da igreja chamaram de violações à vida monástica e foi posteriormente detido. Autoridades judiciais disseram que ele havia confessado em interrogatório o assassinato do bispo. Não houve indicação de um motivo.
O segundo monge, Mansour, se jogou do topo do monastério em uma aparente tentativa de suicídio neste mês. Ele foi tratado em um hospital no Cairo, onde também foi interrogado como parte da mesma investigação, disseram fontes judiciais à Reuters.
O comunicado do procurador neste domingo informava que Saad possuía há tempos divergências com seus superiores, que o haviam investigado em uma ocasião por quebra de tradições do monastério.
O comunicado dizia que Saad foi acusado de golpear o bispo três vezes na nuca com um cano de aço de 90 centímetros enquanto Mansour ficou de guarda do lado de fora.
Cristãos representam uma estimativa de 10 por cento da população do Egito, de cerca de 96 milhões de pessoas.
(Por Ahmed Saleem em Alexandria; Mahmoud Mourad e Haitham Ahmed em Cairo)

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