quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Robert Mugabe, ditador do Zimbábue, renuncia após 37 anos no poder


 








Uma multidão saiu, nesta terça-feira (21), às ruas da capital do Zimbábue para celebrar a renúncia do presidente Robert Mugabe, que estava afastado do poder desde quarta-feira (15).
Robert Mugabe caiu do poder e, dessa vez, não havia ninguém para amparar. O presidente do Zimbábue perdeu cada pilar do regime.
Os militares que apoiaram o ditador por 37 anos pediam sua saída. A influente Associação de Veteranos da Guerra pela Independência não queria Mugabe nem por mais 37 segundos.
Aquele homem um dia já foi herói: parou de dar aulas e liderou uma guerrilha pela independência. Assim como Nelson Mandela, ele lutou contra o colonialismo britânico e depois contra a segregação entre brancos e negros.

Mas, ao contrário do líder sul-africano, Mugabe se apegou ao poder e comandou um genocídio contra uma etnia rival: um massacre conhecido como Gukurahundi, a tempestade que separa o joio do trigo.
Robert Mugabe era um nome temido e reverenciado à frente de um governo desastroso. A corrupção e a expropriação de terras ajudaram a quebrar o país, que já enfrentou uma hiperinflação, com a famosa nota de 100 trilhões de dólares zimbabuanos.
O erro fatal foi o afastamento do vice-presidente Emmerson Mnangagwa. Mugabe quis como sucessora a esposa, apelidada de Gucci Grace pelos gastos extravagantes. O Exército não tolerou e manteve o presidente sob custódia em sua mansão na capital Harare. O ditador não resistiu à pressão. Nesta terça-feira (21), o presidente do Congresso leu a carta de renúncia de Mugabe.
Reino Unido declarou que a renúncia é uma oportunidade para a ex-colônia encontrar um caminho livre de opressões. Mas o principal nome para a sucessão era o braço direito de Mugabe. Durante quase 40 anos de regime, Emmerson Mnangagwa passou por praticamente todos os cargos do governo.
O Zimbábue hoje importa a maior parte da comida que consome. Um país com enorme riqueza natural, mas com uma população muito empobrecida. O novo líder tem tudo para ser um velho conhecido, mas hoje o povo dança.
Os zimbabuanos têm um ditado para isso: “Ithemba alibulali”. Algo como: “A esperança não mata ninguém”.

Fonte. Jornal O Globo
Obs. Fotos de internet

Resultado de imagem para o povo comemora a queda do ditador do zimbabue















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