Venezuela tem 89 mortos em trêos meses de protestos contra Maduro

Manifestantes da oposição participam de marcha contra governo Maduro em Caracas Foto: CHRISTIAN VERON / REUTERS

CARACAS — A Procuradoria da Venezuela confirmou neste sábado a morte de quatro pessoas durante manifestações do dia anterior na cidade de Barquisimeto, no noroeste do país. Com isso, aumenta para 89 o número de vítimas fatais da violência em três meses de protestos da oposição. A Venezuela se vê mergulhada numa grave crise política e vive uma rotina de marchas praticamente diárias desde o início de abril.

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O Ministério Público não revelou as circunstâncias nas que as mortes ocorreram. No entanto, Alfonso Marquina, que é deputado opositor por Barquisimeto, culpou pistoleiros pelos ataques. As vítimas tinham entre 20 e 49 anos, segundo a Procuradoria. Autoridades detalharam apenas que as mortes aconteceram em lugares diferentes da cidade, situada 350 quilômetros a oeste de Caracas.
As manifestações contra o presidente Nicolás Maduro, que completaram três meses hoje, já deixaram cerca de 1 mil feridos e 3.500 detidos, de acordo com o Ministério Público e a ONG Foro Penal.
Neste sábado, cerca de mil opositores marcharam novamente para exigir eleições gerais na tentativa de acabar com o mandato de Maduro, que vai até janeiro de 2019. Os manifestantes também expressam apoio à procuradora-geral, Luisa Ortega, que se transformou de tradicional chavista a ferrenha adversária de Maduro.
Ortega assegura que ao menos 23 pessoas foram mortas por militares e policiais durante as manifestações. Ela também já denunciou detenções arbitrárias e torturas na repressão aos protestos.

A radicalização de Maduro em seis pontos

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  • Maduro faz seu programa dominical: presidente acusou rivais de suposto complô Foto: HANDOUT / REUTERS

Pegar em armas

  • Antes mesmo da tensão da noite de terça-feira, Maduro alertara em discurso a apoiadores que ele e seus apoiadores iriam pegar em armas caso seu governo fosse derrubado, para garantir a paz no país.
  • Via Jornal O Globo.

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