Protesto contra Maduro tem jovem morto e seis feridos a tiros
Imagens mostram agentes apontando pistolas contra manifestantes; 74 já morreram
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O protesto foi bloqueado por militares e policiais, que voltaram a utilizar bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água lançados por veículos blindados. Líderes opositores como o deputado Juan Andrés Mejía denunciaram disparos de armas de fogo e uma foto da AFP revela um militar empunhando o que seria uma arma.
A multidão pretendia chegar à sede do Poder Eleitoral, no centro de Caracas.
— Quando tentamos chegar a um ponto estratégico, nos cortam o acesso, mas temos que seguir tentando — disse à AFP a manifestante Ivone Santana.
Agentes da polícia e da Guarda Nacional reprimiram os manifestantes, que reagiram lançando pedras e coquetéis molotov. De acordo com a Procuradoria Geral, o jovem tinha 17 anos e sofreu disparos na área de Altamira.
Partidários de Maduro se concentraram no centro da capital para apoiar a Constituinte, qualificada por dirigentes do chavismo como "um poder absoluto" para superar a grave crises política e econômica. O ato incluiu músicas alusivas ao projeto de reforma da Constituição e discursos de líderes governistas.
Os protestos ocorreram paralelamente à reunião de chanceleres da Organização dos Estados Americanos (OEA), na cidade mexicana de Cancún, dedicada à situação da Venezuela. O país, que se retirou do encontro após o discurso de sua chanceler, Delcy Rodríguez, denunciou um plano de "intervenção militar" contra o governo Maduro.
Procuradora-geral investe contra Maduro
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, pediu nesta segunda-feira que se investiguem denúncias de corrupção no governo de Maduro.
O pedido foi feito a centenas de funcionários de seu gabinete, os quais foram às ruas hoje para apoiá-la.
"Por que não há alimentos e remédios? Será que os recursos são usados para fins distintos? Não sei, não posso garantir, mas seria bom que os procuradores anticorrupção investigassem", declarou Luisa, que discursou na sede da Procuradoria, no centro de Caracas.
"É preciso investigar o assunto das drogas", continuou Ortega, sem especificar se há suspeitas sobre funcionários públicos envolvidos.
Chavista históriCa, a procuradora-geral enfrenta Maduro e o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) por sentenças que, segundo ela, romperam a ordem constitucional. Além disso, Luisa Ortega rejeita as bases estabelecidas pelo presidente para convocar a Assembleia Constituinte no país.
Via Jornal O globo
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