segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Todo mundo precisa saber.


















Se esta situação continuar, a conta não vai fechar”. O desabafo é do secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Emerson Trindade, ao constatar um aumento de 40% no atendimento de pacientes de outros municípios na rede de saúde da cidade. Alarmado com a situação, o secretário declarou que os municípios da Baixada Fluminense “precisam arregaçar as mangas”.




 
Superlotação: 40% dos pacientes atendidos em Nova em Nova Iguaçu são de outras cidades
29/02/2016 - Autor: ASSESSORIA DE IMPRENSA / Foto: Divulgação
“Se esta situação continuar, a conta não vai fechar”. O desabafo é do secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Emerson Trindade, ao constatar um aumento de 40% no atendimento de pacientes de outros municípios na rede de saúde da cidade.

Além de prestar socorro a pacientes de outras cidades, a rede pública de saúde do
município fez 357.650 atendimentos só ano passado. Em 2104 foram 69.337. Um aumento de mais de 400% no geral. Como os municípios vizinhos não “fazem o dever de casa”, a sobrecarga atinge também ao Hospital da Posse, que fechou 2015 com 19.144 internações, sendo o primeiro colocado em todo o Estado, de um total de 215 hospitais. Neste ritmo, o colapso será inevitável já nos próximos meses.
Sozinho, em 2014, Nova Iguaçu teve 18 mil pessoas internadas, superando três hospitais federais (Andaraí, Cardoso Fontes e Servidores), que juntos somaram 17 mil.

Comparando as quatro unidades que lideram o ranking de internações o Hospital da Posse internou cerca de 20% mais que o segundo colocado, o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo (30.198). E, cerca de 30% a mais que o terceiro colocado, o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (29.000). Na quarta posição está o Hospital Municipal Lourenço Jorge (28.317), que é primeiro entre as unidades da cidade do Rio de Janeiro.


Alarmado com a situação, o secretário municipal de Saúde, Emerson Trindade, apresentou os dados ao prefeito Nelson Bornier e declarou que os municípios da Baixada Fluminense “precisam arregaçar as mangas”. “Se estão procurando os serviços de saúde em Nova Iguaçu é porque as prefeituras não estão investindo adequadamente e nosso atendimento está sobrecarregado no Hospital da Posse, Maternidade Maria Bulhões, Clínicas da Família e em todas as unidades básicas de saúde. Estamos tendo mais gastos com equipamentos e materiais. O número de atendimentos aumentou, mas o repasse é o mesmo. Portanto, a conta não fecha”, explicou Emerson Trindade.

“A situação chegou a níveis alarmantes. Quando assumi, em 2013, fizemos uma grande reforma no Hospital da Posse e humanizamos aquela unidade. Só que o número de atendimento a pacientes de outros municípios aumentou, mas nosso repasse é o mesmo. Investimos forte na saúde para que a população iguaçuana seja bem atendida. Porém, os municípios vizinhos não estão fazendo a parte deles, acarretando assim em uma grande procura às unidades de Nova Iguaçu, que hoje tem 22 clínicas da família funcionando plenamente. Mas, a situação está difícil e não sei mais o que fazer para atender essa grande quantidade de pessoas de outros municípios”, argumentou o prefeito Nelson Bornier.

O caos da Saúde na Baixada Fluminense afeta diretamente Nova Iguaçu, pois os moradores dos municípios vizinhos procuram o Hospital da Posse e as unidades básicas para atendimento.

Em Belford Roxo, por exemplo, o Hospital Jorge Julio Costa dos Santos foi fechado para reforma e voltou a atender com precariedade. Só para se ter uma ideia, em 2015, 170 pessoas de Belford Roxo foram internadas no Hospital da Posse. Mesquita fechou o Hospital Leonel Brizola (antigo São José). Nilópolis foi pelo mesmo caminho e ainda não reinaugurou o Juscelino Kubitscheck. Em São João de Meriti, o PAM de Vilar dos Teles (espécie de hospital de pequeno porte) é alvo todos os dias de reclamações. Setenta e sete pacientes de Meriti foram internadas no Hospital da Posse no ano passado.

Belford Roxo lidera procura por atendimento no Hospital da Posse

Somente no mês de dezembro de 2015 cerca de 30% dos 1.829 dos pacientes internados no Hospital da Posse moram em outras cidades. Deste quantitativo 9,3% são de Belford Roxo, outros 8,1% de Queimados, 4,2% de São João de Meriti, 3,9% de Japeri, 1,4% de Nilópolis e 1,3% do Rio de Janeiro. Outras cidades do Estado, juntas, representam cerca de 1,5% das internações. Os partos e intervenções cirúrgicas da Maternidade Mariana Bulhões estão contemplados nos números no Hospital da Posse.

Nos atendimentos de urgência e emergência do Hospital da Posse os números também aumentaram. Em 2013 foram 96.212 atendimentos, 122.525 em 2014 e 129.456 em 2015.

Nas unidades 24h a procura por atendimento é cada vez maior. Juntas, as Clínicas da Família Miguel Couto, Austin, Vila de Cava, Patrícia Marinho, que fica no bairro km 32, e a UPA Comendador Soares atenderam 357.650 pessoas em 2015. No ano anterior o número foi 69.337.


Veja os números de internações hospitalares aprovadas e efetuadas em 10 principais hospitais do Estado em 2015:
1 - Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse) ---------------------- 19.144
2 - Hospital Estadual Adão Pereira Nunes ..................... 15.903
3 - Hospital Municipal Pedro II ............................................... 14.461
4 - Hospital estadual (municipalizado) Albert Schweitzer ... 14.453
5 - Hospital Municipal Lourenço Jorge ...................................14.291
6 - Hospital Municipal Moacyr do Carmo (Caxias) ............... 14.198
7 - Hospital Estadual Getulio Vargas ...................................... 12.478
8 - Hospital estadual ( “municipalizado”) Rocha Faria........... 12.937
9 - Hospital Geral de Bonsucesso .........................................11.326
10 - Hospital Municipal Miguel Couto .................................. 10.389


Pacientes e acompanhantes elogiam atendimento

Moradora de Belford Roxo, a dona de casa Elizabeth de Deus Ferreira, 58 anos, buscou socorro no Hospital da Posse para a irmã Wanderlina, 55, que sofre de problemas mentais. Satisfeita com o atendimento, ela destacou que a irmã teve toda a atenção dos médicos e funcionários. “Ela foi operada de um tumor na cabeça, foi para casa em dezembro. Em fevereiro teve crise convulsiva e voltou a ser atendida na Posse. Chegou quase morta, mas Graças a Deus está bem”, concluiu.

Acometida por uma infecção urinária, Efigênia Patrocínio de Lemos, 83, deu entrada no Hospital da Posse no dia 22 de fevereiro. “Moro em São João de Meriti. Lá não tem hospital e o PAM de Vilar dos Teles não teria condições de tratar minha mãe. Aqui ela foi logo atendida, pois tem nefrologista”, resumiu Ana Maria Cunha dos Anjos, 62, filha da paciente.

O rodoviário aposentado Fred Dias Pereira, 56, sentiu na pele a falta de atendimento médico. Morador de Queimados, ele torceu o pé e foi buscar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, mas não encontrou ortopedista no local. “Mesmo com dores resolvi vir ao Hospital da Posse. Fui medicado, fiz radiografia e agora vou aguardar para saber se precisarei fazer cirurgia. O atendimento é muito bom”, avaliou.
  • Via Secretaria de comunicação da Prefeitura de Nova Iguaçu.

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