sábado, 13 de fevereiro de 2016

Polícia Civil prende síndica de conjunto ‘Minha casa, minha vida’ na Zona Norte

Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) prenderam, no início da manhã desta sexta-feira, Maria José Davino Mariano, síndica do Residencial Guadalupe, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Rio. O local abriga beneficiários do programa federal “Minha casa, minha vida” e foi invadido por traficantes.
Maria José já foi denunciada pelo Ministério Público
Maria José já foi denunciada pelo Ministério Público Foto: Divulgação
Maria José é acusada de se associar aos criminosos que expulsaram os beneficiados e cobrar taxas para que terceiros ocupassem os imóveis vazios. O dinheiro era divido entre ela e os traficantes. A síndica cobrava ainda condomínio de R$ 100 dos moradores, o dobro da taxa oficial. Ela foi denunciada pelo Ministério Público estadual pelos crimes de associação para o tráfico, extorsão e formação de quadrilha. A acusada ainda foi autuada em flagrante por esbulho (invadir terreno ou edifício alheio).
O interior do apartamento de Maria José
O interior do apartamento de Maria José Foto: Divulgação
Além de Maria José, foi preso ainda o cobrador de ônibus Edelson Antônio Alves, que estava num apartamento invadido. Em depoimento, ele afirmou que recebeu o imóvel de Maria José. Ele também responderá por esbulho.
- Quem estiver em apartamento que não lhe pertença, será preso - alertou o delegado Antenor Lopes Martins Junior, titular da Dcod.
O Residencial Guadalupe foi invadido por traficantes
O Residencial Guadalupe foi invadido por traficantes Foto: Divulgação
'Minha casa, minha sina'
Após três meses de apuração, o EXTRA constatou que todos, absolutamente todos, os 64 condomínios do “Minha casa, minha vida” destinados aos beneficiários mais pobres — a chamada faixa 1 de financiamento — no município do Rio são alvo da ação de grupos criminosos. Neles, moram 18.834 famílias submetidas a situações como expulsões, reuniões de condomínio feitas por bandidos, bocas de fumo em apartamentos, interferência do tráfico no sorteio dos novos moradores, espancamentos e homicídios.
Maria José era síndica do condomínio
Maria José era síndica do condomínio Foto: Divulgação
Mais de 200 pessoas foram ouvidas, entre moradores, síndicos, policiais civis e militares, promotores, funcionários públicos e terceirizados, pesquisadores e autoridades. Além disso, foram analisados documentos da Polícia Civil, do Ministério Público, da Secretaria de Habitação, do Disque-Denúncia, da Caixa Econômica e do Ministério das Cidades, parte deles obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. O material deu origem à série “Minha casa, minha sina”.
Via Jornal Extra

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