Aluna e mãe são agredidas por adolescentes e adultos em saída de escola
Mulher e filha que agrediram aluna e mãe na porta de colégio prestam depoimento; menor tem passagem por tráfico
A adolescente que começou a agressão a uma aluna e sua mãe, na porta de uma escola em Taubaté, interior de São Paulo, prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira, no 2º Distrito Policial de Taubaté. Segundo a delegada adjunta Fernanda Rangel Brandão, responsável pelo caso, a jovem já tem passagem na polícia por tráfico de drogas. Sua responsável, que também agrediu as vítimas, foi ouvida. Ela afirma que está grávida, mas não informa de quantos meses. A adulta foi autuada por crime de lesão corporal e a menor, por ato infracional de lesão corporal. Ambas, contudo, foram liberadas.
— Nós estamos tentando identificar outras duas adolescentes que participaram da agressão e vamos chamá-las para depor — informou a delegada: — As vítimas também foram ouvidas e eu já pedi exame de corpo de delito.
O padrasto da jovem, que aparece no vídeo acompanhando a agressão, ainda não foi localizado. A delegada informou, ainda, que não havia necessidade de prisão preventiva para as suspeitas. Nesta quarta-feira, a cabeleireira Viviane Aguiar, mãe da vítima e que também foi agredida, disse que foi ameaçada pelas agressoras.
— As vítimas foram orientadas para, a partir do momento que saíram daqui, informar sobre qualquer ameaça que viessem a sofrer — disse a delegada: — A Polícia CIvil prestou todo apoio e se colocou à disposição delas.
No Facebook, foram criados, de forma anônima, pelo menos três grupos de ódio pela adolescente que agrediu as vítimas. Em poucas horas, eles somam mais de 16 mil curtidas. A delegada Brandão alerta para o perigo de tentar revidar um ato de violência com mais violência.
— Ainda não tivemos informação sobre isso, mas nós reprovamos qualquer grupo que incentive a violência. A partir do momento que se pratica um crime e a Policia toma providências, é preciso aguardar as medidas aplicadas pela Justiça. Não pode haver nenhum incentivo à justiça pelas próprias mãos — alerta a delegada.
Um vídeo da agressão, que está circulando na internet e teria sido gravado por uma das agressoras, mostra o momento em que as garotas batem, repetidamente, na cabeça da aluna e de sua mãe, a cabeleireira Viviane Aguiar. As jovens puxam os cabelos da menina e sua mãe chega a levar uma chave de perna de uma das adolescentes. Um ciclista, que para para tentar ajudar, também apanha. Após assistir à agressão, o suposto padrasto de uma das adolescentes diz: “chega, filha”.
Segundo Viviane, a briga começou pois uma das meninas alega que sua filha teria postado, numa rede social, um convite para o confronto — mas isso seria mentira.
As vítimas foram levadas para o Hospital Regional do Vale da Paraíba e liberadas no mesmo dia, mas continuam tomando medicamentos
Via Jornal Extra
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