Eduardo Paes sobre Eduardo Cunha: "se recebeu propina tem que ir para o xilindró


O medo generalizado que o meio político revelava sentir de Eduardo Cunha começa a se desfazer. A última forte estocada que o presidente da Câmara recebeu veio de uma importante liderança do PMDB do Rio, o prefeito Eduardo Paes. Confrontado com a notícia de que Cunha poderia ter recebido propina de empresas ligadas às obras das Olimpíadas, o prefeito não teve dúvidas: os envolvidos têm que ir para o "xilindró".

A base da declaração foi a Procuradoria-Geral da República (PGR), onde Cunha é acusado de receber dinheiro para atuar na concessão de benefícios a empreiteiras de obras da Rio-2016. A pedido de construtoras, segundo revela a notícia, ele negociou modificações no texto de uma Medida Provisória que concedeu isenções tributárias a empresas executoras de obras da Olimpíada. Teria cobrado R$ 1,9 milhão para atuar no caso.

"Tem que apurar, e se recebeu mesmo propina tem que prender quem recebeu e quem pagou. Assim que tem que funcionar as coisas no Brasil, mas as pessoas têm direito à defesa. Bandido que recebe propina tem que ir para a cadeia, para o xilindró. Na Olimpíada não tem Paulo Roberto", disse o prefeito, em referência ao ex-diretor da Petrobras que foi preso na Operação Lava Jato.

Paes defendeu ainda um esforço para a unificação do PMDB, após racha contra o movimento golpista de Cunha e Temer:

"Há um esforço permanente nosso de buscar entendimento. Acho que a posição do PMDB do Rio é em defesa dessa união. A gente acha que foi uma violência a retirada do deputado Leonardo Picciani da liderança do PMDB. Essa liderança foi recuperada e o presidente Michel Temer tem sido sempre uma pessoa muito equilibrada na condução do PMDB. Vamos manter assim. É um esforço de diálogo, não dá para o partido ficar dividido", afirmou.

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