terça-feira, 14 de abril de 2015

Cinco cidades surreais por natureza que vale a pena visitar


Kandovan, no Irã, e suas casas com aspecto de formigueiro
O mundo do turismo sobrevive em grande parte das atrações e experiências criadas pelo homem: da arte à arquitetura, da gastronomia à música, da história à cultura.
Mas, às vezes, alguns dos lugares mais intrigantes do mundo são aqueles que foram esculpidos pela natureza – sempre de maneira incrivelmente bonita e até surreal.
Para encontrar alguns desses destinos de paisagem natural estonteante onde também há pessoas morando, recorremos ao site tira-dúvidas Quora, perguntando: "Quais as cidades mais interessantes do mundo do ponto de vista geográfico e topográfico?"
De casas em cavernas a uma vila inteiramente construída dentro de uma cratera de meteorito, aqui estão lugares que a maioria dos viajantes jamais viu de perto.

Kandovan, Irã

No século 13, ou talvez antes disso, os moradores desse vilarejo esculpiram casas em formas de cone nas rochas vulcânicas da região – uma herança de erupções antigas do vulcão Monte Sahand, hoje inativo. Localizada a 55 km ao sul de Tabriz, capital da província, a vila parece um formigueiro gigante.
Além de seu aspecto surreal, as casas também oferecem ventilação e aquecimento naturais, segundo o usuário do Quora Kaushik Parashar, de Gujarati, na Índia. "O material vulcânico endurecido oferece um isolamento térmico perfeito para o clima da região, que sofre com invernos rigorosos e verões escaldantes".
Os próprios turistas podem experimentar como é viver uma dessas casas, ficando em hotéis como o Kandovan Laleh Rocky Hotel, que tem dez suítes escavadas nas pedras, completas com banheiras de hidromassagem e piso aquecido.

Lago Titicaca, Peru e Bolívia

Ilha no Lago Titicaca
Ilhas feitas com fibra de totora flutuam no Lago Titicaca
O que teria levado os povos uros do Lago Titicaca a construir ilhotas inteiras para estabelecer ali seus vilarejos? Em uma resposta curta: os incas.
Por volta do século 13, os ataques frequentes dos incas levaram os uros a construir 42 ilhas com ramos de totora, planta fibrosa cujo denso sistema de raízes atua como uma base natural.
Cada ilha podia ser deslocada, como uma enorme jangada, se os uros vislumbrassem um ataque iminente.
Algumas centenas de descedentes dos uros ainda vivem nas ilhotas. Muitos trabalham no turismo, setor que fornece oportunidades financeiras mas que esgota o delicado ambiente das ilhas.
"Como a palha no fundo das ilhas apodrece rapidamente, uma nova leva é acrescentada de tempos em tempos", explica o internauta Parashar.

Estocolmo, Suécia

Vista aérea de Estocolmo
A capital da Suécia se espalha por 25 mil ilhas de vários tamanhos
Enquanto a maioria dos turistas já ouviu falar das muitas atrações históricas e culturais de Estocolmo, poucos sabem que a capital sueca, fundada em 1252, é na realidade um arquipélago formado por 25 mil ilhotas no Mar Báltico.
Tanto que o usuário do Quora Andy Warwick dá a dica: "Uma das melhores maneiras de curtir a cidade é fazer um passeio de barco por seus extensos quilômetros de rios, enseadas e portos naturais. Acrescente a isso o fato de os prédios terem permanecido relativamente baixos e você terá uma das cidades mais bonitas da Europa".
As ilhas foram formadas por geleiras que se deslocavam pela região há milhares de anos, deixando para trás enormes placas de granito.
Os locais chamam o arquipélago de Estocolmo de "Skagarden", literalmente "jardim de recifes", em referência à quantidade de formações que despontam do mar.

Guadix, Espanha

Guadix
A 50 km de Granada, Guadix surpreende visitantes com suas casas em cavernas
Viajantes que ousem sair das rotas mais conhecidas da Espanha vão se sentir premiados ao conhecer Guadix, localizada 50 quilômetros a oeste de Granada.
"Muitas das pessoas ali moram em casas dentro de cavernas subterrâneas, sob a sombra das montanhas da Sierra Nevada", conta Chang Liu, agente de viagens em Londres.
Acredita-se que o labirinto principal com mais de 2 mil cavernas tenha sido construído por volta do século 16, quando mouros que temiam a perseguição por invasores cristãos fugiram para as montanhas e escavaram suas casas no arenito.
Hoje, a maioria dessas casas está modernizada, com água corrente, eletricidade, piso de mármore e até internet.
Em meio à paisagem seca e desértica, as chaminés e portas caiadas das cavernas oferecem um agradável refúgio do calor intenso. No verão, quando as temperaturas chegam a 40ºC, as cavernas mantêm uma temperatura de cerca de 20ºC ao longo do ano.

Nordlingen, Alemanha

Nordlingen
Nordlingen se estabeleceu no século 1º dentro de cratera com 25 km de diâmetro
Uma cidade como nenhuma outra, Nordlingen "fica dentro de uma enorme cratera criada por um meteorito", diz o internauta Parashar.
O vilarejo inteiro, com uma população de cerca de 20 mil habitantes, está situado dentro da cratera, que tem 25 quilômetros de diâmetro e é chamada Nordlinger Ries.
Fundada em 898, essa cidade tão singular, com seus telhados vermelhos e suas igrejas góticas, é completamente redonda. Até suas românticas alamedas saem do centro como os raios de um círculo.
Nos anos 60, cientistas descobriram quartzo deformado na cratera – um tipo de rocha formada apenas pela pressão associada ao impacto de um meteorito. Só então os moradores conheceram a verdadeira origem do lugar.
Acredita-se que a cratera tenha sido aberta há 14,5 milhões de anos, quando um meteoro de 1,5 quilômetro de diâmetro se chocou com a Terra.
Fonte. http://www.bbc.co.uk/

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