Adoção de animais de rua rende desconto nos impostos dos italianos


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Abandono de animais pelas ruas é um problema no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde estima que, somente no Brasil, existam mais de 30 milhões de animais abandonados, sendo 20 milhões de cachorros e 10 milhões de gatos. Assustador, não? Ainda mais se pensarmos que existem milhares de lares que poderiam ajudar a resolver o problema.
Com o intuito de tentar amenizá-lo, algumas cidades italianas criaram uma estratégia para incentivar a adoção de cachorros: quem oferecer casa e cuidados a um cão ganhadesconto no imposto do lixo.
Em Mascalucia, cidade na região da Sicília com cerca de 30 mil habitantes, a Câmara de Vereadores local aprovou o projeto por unanimidade. O desconto é de 50% na conta de coleta de lixo para quem adotar nos canis da prefeitura. O incentivo fiscal começa a partir do dia seguinte da adoção e dura por três anos.
A arrecadação de impostos da prefeitura cai com a iniciativa. Mas a cidade economiza com a manutenção de canis. Por ano, a cidade de Mascalucia gasta o equivalente a 500 mil reais em abrigos para animais abandonados.
Solário, também na Sicília, foi a pioneira a dar bônus para adotantes de cachorros. Para evitar que alguém adira à campanha só para conseguir desconto, a prefeitura fiscaliza a casa e o bicho duas vezes por ano. Assim, garante que não houve abandono ou maus-tratos.
O incentivo fiscal também acontece em outras regiões italianas como Ligúria, Sardenha, Campânia, entre outras. Em Fiumicino, na província de Roma, o incentivo fiscal vale desde 2014 e é ainda mais legal, pois também vale para quem quiser adotar gatos dos abrigos locais.
Nessas cidades, a proposta tem funcionado e é uma ótima forma de melhorar a vida dos animais de rua. As famílias ganham um companheiro, e o animal ganha qualidade de vida. Bem que essa ‘moda’ podia pegar no Brasil…
Já noticiamos aqui no Planeta Sustentável que na cidade de Araquari, em Santa Catarina, quem adotar um animal de rua ganha desconto no IPTU. Por lá, a iniciativa funciona com ajuda de uma ONG de proteção aos animais. Agentes da prefeitura visitam as casas e, caso haja sinal de maus-tratos, o benefício é suspenso.
Foto: Alexis/Pixabay/Domínio Público

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