sexta-feira, 8 de agosto de 2014

OMS: epidemia de ebola é emergência de saúde pública mundial

(Foto: AP) A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou hoje (8) que a epidemia de febre hemorrágica pelo vírus ebola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública de alcance mundial. "A OMS aceitou as conclusões" da Comissão de Emergência Sanitária, que esteve reunida quarta (6) e quinta-feira desta semana em Genebra, informou a diretora-geral da organização, Margaret Chan. Segundo ela, a comissão foi unânime em considerar que se verificam as condições de uma emergência de saúde pública de alcance mundial. Diante de uma situação que continua a agravar-se, é necessária uma resposta internacional coordenada para "travar e fazer recuar a propagação internacional do ebola", acrescentou.
A epidemia de ebola, que já causou a morte de cerca de mil pessoas desde o início do ano, com mais de 1.700 casos suspeitos, é a mais mais grave das últimas quatro décadas, destacou Chan. Leia também: Para autoridade dos EUA, disseminação do Ebola no país é 'inevitável' Novos casos de Ebola despertam temor de epidemia fora de controle Ela disse que os países da África Ocidental mais atingidos - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - não têm meios para responder sozinhos à doença e pediu à comunidade internacional que forneça o apoio necessário. A comissão alertou que os Estados devem estar preparados para detectar e tratar casos de ebola, além de facilitar a retirada de cidadãos, em particular pessoal médico, que estiveram expostos ao vírus da febre hemorrágica. A comissão lembrou que os chefes de Estado dos países afetados devem "decretar estado de emergência" e "dirigir-se pessoalmente à nação para fornecer informações sobre a situação".
O responsável da OMS para a epidemia, Keiji Fukuda, adjunto de Margaret Chan, disse que a quarentena de pessoas suspeitas de infecção deve ser 30 dias, já que o tempo de incubação é 21 dias. As pessoas que estiveram em contato com os doentes, à exceção do pessoal médico equipado com roupa protetora, não devem ser autorizadas a viajar. Keiji Fukuda lembrou ainda que as tripulações de voos comerciais, que se desloquem a países afetados, devem receber formação específica e material médico para proteção pessoal e dos passageiros.

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