O adeus a Lola Batalhão
Adriana Galisteu entrevista Lola Batalhão, na baile de Gala do Copacabana Palace
Vítima de complicações pulmonares, depois de vários dias internado, morreu Lola Batalhão na madrugada de hoje, aos 58 anos, o ator, diretor, aderecista, produtor de moda e personagem do carnaval Arthur Araújo de Moura Filho, nascido no Rio de Janeiro e morador na Tijuca. Lola era uma drag queen caricata que se destacou durante anos nos desfiles da Banda de Ipanema, e nas apresentações das escolas do Grupo Especial no Sambódromo. Fez durante muitos anos apresentações na maior parte das casas noturnas do eixo Rio- São Paulo e criou o troféu com seu nome, Lola Batalhão, homenageando os artistas e personalidades da vida noturna carioca.
Destacado artista pela sua criatividade, ele iniciou sua vida artística como ator, integrando o elenco do musical "Beleléu Existe Mesmo", ao lado da atriz Myrian Pérsia e de outros atores. Era também conhecido pela produção de reportagens especiais de carnaval em revistas semanais como "Manchete", "Fatos & Fotos" e outras publicações, tendo sido um dos criadores da Banda da Carmen Miranda, em Ipanema.
Uma das mais conhecidas performances de Lola Batalhão ocorreu logo após a fuga do traficante José Carlos Ensina, o Escadinha, que escapou num helicóptero do extinto presídio da Ilha Grande, no Rio. Lola apareceu num dos desfiles da Banda de Ipanema como "A noiva do Escadinha" que tinha um enorme helicóptero de brinquedo na cabeça.
Arthur estava internado há vários dias no Hospital São Francisco de Paula, onde chegou a receber a visita na UTi de Dom Orani, que lhe entregou uma medalha benta de São Sebastião. Ao seu velório, realizado na capela I do cemitério Memorial do Carmo, compareceram vários amigos de carreira, como Isabelita dos Patins e Eula Rocha. Foi sepultado às 19h desta sexta-feira no Jazigo 5539, na Ala 8 do Memorial.
Jornal O globo de 17/01/2014
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