Maria Callas, a maior soprano do canto lírico

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·         RIO - Maria Callas morreu em setembro de 1977, prematuramente, aos 53 anos, de infarto. Deixou de cantar óperas completas em 1965, por causa da saúde fragilizada. Isso há quase meio século. E, ainda assim, a soprano continua a exercer um imenso fascínio. Encantamento gerado por um talento sem par, unido ao temperamento difícil e à vida de glórias e tristezas. A mistura ajudou a eternizar Maria Callas como um mito, revestido da mesma aura das heroínas trágicas que habitavam as óperas que ela representou.
Nascida em Nova York, Maria Cecilia Sofia Anna Kalogeropoulou, filha de pais gregos, foi obrigada a partir para a Grécia com a família, por razões econômicas. Lá, construiu a sólida base musical que a levaria, mais tarde, a se tornar não só a prima donna do La Scala de Milão (debutou na Itália em 1947), mas a maior cantora lírica da história, dona de versatilidade que a levaria a defender, com igual desenvoltura, os grandes papéis do repertório lírico. Callas era temperamental. Difícil de trabalhar. Arranjava desavenças com diretores, mantinha uma rivalidade pública com a soprano Renata Tebaldi, tinha uma relação para lá de complicada com a mãe. No trabalho, era muito exigente consigo mesma. Ensaiava horas a fio. Mas não cuidava só da voz. Oferecia a mesma atenção à parte dramática. Em cena,não era apenas dona de voz sublime e distinta, com tessitura, timbre e alcance únicos. Ela interpretava seus personagens com tamanha entrega que, não raro,terminava as récitas fisicamente esgotada.
A mesma paixão dedicou ao milionário grego Aristóteles Onassis, que conheceu no final da década de 1950. Por ele, abandonou o primeiro marido, o empresário Giovanni Battista Menegghini, e viu sua disciplina diminuir. Callas cancelou apresentações, deixou de ensaiar para frequentar festas e eventos sociais.
A falta de rigor colaborou para o declínio de sua saúde e de sua voz, que já não encontrava o mesmo alcance e sustentação. Em1965, ao interpretar Norma, não aguentou ir até o fim, desmaiando na terceira parte. A partir daí, não cantou mais em óperas encenadas.A vida amorosa também entrou em derrocada, após ser abandonada por Onassis.
A última apresentação de Callas foi em 1974, no Japão. O resto de seus dias ela passou reclusa, em seu apartamento em Paris, na Avenue Georges Mandel. Com sua morte, deixou de ser só diva para virar mito.

Fonte. Yahoo.

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