Foi triste mas valeu a lição.

AGORA QUE A POEIRA mais do que assentou, posso falar sobre Anderson Silva. Durante os 7 anos que manteve o cinturão, o campeão era cobiçado por TODAS as agências de publicidade, programas de TV, jornais, revistas, empresas dos mais diversos segmentos... Era o ídolo da criançada, que inocentemente brinca de ser forte e dar socos. Era o sonho de consumo de 95% das mulheres, que sonhavam com os braços e a barriga sarada do negro de sucesso. Para os homens, era o ícone da masculinidade, da virilidade, por derrubar os adversários na pancada e com direito a "tirar onda" com a cara dos derrotados. De repente, 01 nocaute. Um porradão na cara... e "o cara" sumiu. Passou de herói a vilão. De amado a execrado pelo Brasil. Tudo por causa de 01 ERRO. Sim, ele errou. Não por achar-se invencível. Errou ao exagerar e confiar demais em uma de suar marcas registradas como lutador: o deboche, como agente desestabilizador. Mas, no minuto seguinte ao final da luta, TODOS NÓS ERRAMOS. Sim, 170 MILHÕES DE "LUTADORES DE UFC" (ou seja lá qual for a denominação) erramos ao esquecer todas as glórias que Anderson conquistou. Todos os prazeres que tivemos ao ver suas porradas estourando nas caras de outros, alguns dos quais ofenderam a ele, à família dele... e até aos brasileiros de modo geral, com declarações infâmes. Quando o inimigo que debocha é derrotado por nós é a glória máxima a ser aplaudida e SOMOS TODOS HERÓIS INVENCÍVEIS. Quando o deboche nos leva à lona, o vilão é único. Tem nome, sobrenome e uma frase depreciativa, que apaga da memória culturalmente fraca e joga no lixo tudo de bom e vitorioso que se fez: ANDERSON SILVA, O BABACÃO DEBOCHADO. Espero vê-lo de volta logo. Foi triste. Mas foi uma lição que deveria valer para todos. Não apenas para o campeão.

Fonte; facebook de Marcelo Negrão